As musas cegas
(...)
Era tão violenta
a ideia de cantar sem fim,
até que a voz consumisse esta garganta sombreada
de estreitos vasos puros.
Herberto Helder. A Colher na boca (Poesia Toda I). Lisboa, Assírio&Alvim, 1990, pp.76.
«É preciso criar palavras, sons, palavras / vivas, obscuras, terríveis. / É preciso criar os mortos pela força / magnética das palavras.»
Herberto Helder. Ou o poema contínuo. 2ª ed. Assírio &Alvim, 2004.
«E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos, / e atiram-se, através deles,como jactos / para fora da terra.»
Herberto Helder. Ou o poema contínuo. 2ª ed. Assírio &Alvim, 2004., p. 48
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