quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Estado de exceção

“Nos últimos dez anos a PM do Rio de Janeiro matou cerca de dez mil pessoas, a maioria jovens e negros. Em 2012 só em São Paulo foram 5,3 mil internações involuntárias para ‘tratar’ dependentes químicos. Desde 2003, 500 índios assassinados no país. Entre 2010 e 2011, um aumento de 177,6% no número de camponeses ameaçados de morte. Não como exceção, como regra, ração diária de barbárie, exercício sistemático de arbitrariedade. Em todos os casos com aparatos legais e parâmetros jurídicos e institucionais estabelecidos...”


Mauro Iasi reflete sobre o uso da expressão “Estado de exceção” diante da repressão trazida à tona nas manifestações brasileiras, no Blog da Boitempo: http://wp.me/pB9tZ-28B

Revolução Russa de 1905


Em 12 de dezembro de 1905, o Conselho de Deputados Trabalhadores da cidade russa de Novorossiysk, sob influência da agitação revolucionária e acompanhado por soldados e cossacos da guarnição local, proclamou a República de Novorossiysk. O controle da cidade foi, no entanto, retomado pelos exércitos czaristas em 25 de dezembro daquele ano, e os responsáveis pelo movimento separatista foram condenados a longos anos de trabalhos forçados. O episódio de Novorossiysk, tida como a maior cidade portuária da Rússia, faz parte do que ficou conhecido como Revolução Russa de 1905. Geralmente, esta revolução é considerada o marco inicial das mudanças sociais que culminaram com a Revolução de 1917.


O Eterno Retorno.

''E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"


F. W. Nietzsche