segunda-feira, 10 de maio de 2010
Hibridismo linguístico
Katyuscia Carvalho
Sou discípula das palavras subversivas
da língua insubmissa pela própria natureza
que não se dobra a doutrinas castradoras
nem cala a boca para as sentenças normativas.
Falo na língua que tem sangue nas veias
- que língua sem sangue ou sem pigmentação
não tem história: é língua-pálida, língua-amorfa!
E eu me pinto em dialetos da minha miscigeNAÇÃO.
Tenho na boca um idioma que dança,
que batuca, que se alegra e que se enfeita
com cocais, com colares, com sotaques
com as sílabas todas desta gente bra-si-lei-ra
Sou discípula das palavras subversivas
da língua insubmissa pela própria natureza
que não se dobra a doutrinas castradoras
nem cala a boca para as sentenças normativas.
Falo na língua que tem sangue nas veias
- que língua sem sangue ou sem pigmentação
não tem história: é língua-pálida, língua-amorfa!
E eu me pinto em dialetos da minha miscigeNAÇÃO.
Tenho na boca um idioma que dança,
que batuca, que se alegra e que se enfeita
com cocais, com colares, com sotaques
com as sílabas todas desta gente bra-si-lei-ra
Juracy Ribeiro – Blog Releituras
Jurássica
quando estou naqueles dias
é brabo deixar de escrever cartas
pode ser fatal
nos meus dias jurássicos
toda pedra no caminho
é um enorme dinossauro
toda corda bamba
é uma serpente
pra me enfocar
e me devolver
ao remetente
toda lembrança
de seu beijo
é tábua
de salvação
Minha crueldade
no ritual de purificação
eu sou uma borboleta
que Deus segura
pelas pontas das asas
com dois dedos
sobre a vela
acesa.
Juracy participou do livro “Mulheres de São José – Outros poemas”, 1996, de onde extraímos os poemas ora apresentados (p. 67 e 69 )
fonte: blog leituras favre
Jurássica
quando estou naqueles dias
é brabo deixar de escrever cartas
pode ser fatal
nos meus dias jurássicos
toda pedra no caminho
é um enorme dinossauro
toda corda bamba
é uma serpente
pra me enfocar
e me devolver
ao remetente
toda lembrança
de seu beijo
é tábua
de salvação
Minha crueldade
no ritual de purificação
eu sou uma borboleta
que Deus segura
pelas pontas das asas
com dois dedos
sobre a vela
acesa.
Juracy participou do livro “Mulheres de São José – Outros poemas”, 1996, de onde extraímos os poemas ora apresentados (p. 67 e 69 )
fonte: blog leituras favre
A barca Silenciosa
foto : Helmut Newton
« Le suicide est certainement la ligne ultime sur laquelle peut venir s’écrire la liberté humaine. Elle en est peut-être le point final.
Le droit de mourir n’est pas inscrit dans les droits de l’Homme
Comme l’individualisme n’y est pas inscrit
Comme l’amour fou n’y est pas inscrit
Comme l’athéisme n’y est pas inscrit ; Ces possibilités humaines sont trop extrêmes. Elles sont trop antisociales pour être admises dans le code qui prétend régir les sociétés. »
Pascal Quignard in « La barque silencieuse », Seuil, 237p.
http://www.lecrownlyrique.wordpress.com/
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