Passo... deixo-te a vez.
Quem sabe teu grito
consiga, modo infinito,
ecoar pelas paredes dos quartos
das casas e das coisas entrincheiradas
em nossos próprios interiores?
A felicidade talvez seja mais vibrante
no exato instante,
em que o nosso senso pensa, modo intenso,
que ela não existe.
E aí o que persiste?
Simplesmente aquela vontade
de mirar as flores multicores,
dos jardins fadados a desaparecer.
Um grito mudo...
uma solidão pernóstica
dando vazão a uma ilógica
vontade de fazer-ser não perceber.
Um grito mudo
que representa o tudo
do imenso nada,
onde a grande maioria
- no que se faz abrumado dia -
sonha, chora e vive...
Josemir Tadeu Souza
13 de setembro de 2011 09:41