terça-feira, 21 de janeiro de 2014
L I M E R I C K_4_L I A M
Lil' Boy Liam had a huge lion
And rode the beast roarin' to Wyom'
He strode into town
With a golden crown
With all his toys marchin' behind him!
by Jason Cummins & L. R. Guedes
II
O segredo voa
Nas volutas
Do hálito do amado .
Estou presa
Da cadeia de seus lábios
.
Mas ainda que se abrissem
Para dizer : “És livre”,
Escolheria ser triturada
Entre seus dentes .
(poema de Flávia Savary
(1956) poeta carioca, escritora, ilustradora e dramaturga. Trabalha com
literatura infanto-juvenil há mais de 30 anos.)
História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão ao Sol da Onça Caetana
“Eu precisaria de alguém que me ‘ouvisse’, mas que me
ouvisse sentindo cada palavra como um tiro ou uma facada. Porque é assim que eu
ouço as palavras ligadas a esta história. Cada uma tem seu significado
sangrento, no estranho ‘Sertão’ que venho edificando aos poucos, ao som
castanho e rouco do meu canto, como um Castelo de pedra erguido a partir do
Sertão real.”
- Ariano Suassuna, em “História d’O Rei Degolado nas
Caatingas do Sertão ao Sol da Onça Caetana”. Rio de Janeiro: José Olympio,
1977, p. 80.
V
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
PABLO NERUDA
La escuela de vulva
(Carolee Schneemann, trad. León Félix Batista)
a. Vulva va a la escuela y descubre que ella no existe...
Vulva va a la iglesia y descubre que es obscena
Vulva descifra a Lacan y aBraudrillard y descubre que ella
es solo un signo, una significación del vacío, de la ausencia, de lo que no es
masculino... (se le entrega un lápiz para que tome nota...)
b. Vulva decodifica la semiótica constructivista feminista y
se da cuenta que ella no tiene ningún sentir auténtico; hasta sus sensaciones
eróticas han sido construidas por proyecciones patriarcales, imposiciones y
condicionamientos...
Vulva lee biología y comprende que ella es una amalgama de
proteínas y hormonas, de oxitocinas que gobiernan todos sus deseos...
c. Vulva estudia a Freud y se da cuenta que tendrá que
transferir sus orgasmos clitóricos a su vagina...
Vulva lee a Masters y Johnson y comprende que sus orgasmos
vaginales no han sido medidos por instrumento alguno y que ella sólo va a
experimentar orgasmos en el clítoris...
d. Vulva lee Of our backs y explora lo tribal; entonces
suspira por las ásperas barbas de dos días del otro género, sus manos largas y
su insistente verga...
Vulva lee a Gramsci y a Marx para examinar los privilegios
de su condición cultural...
e. Vulva interpreta los textos del feminismo esencialista y
pinta su rostro con su sangre menstrual, aullando cuando hay luna llena...
Vulva reconoce sus símbolos y nombres en los graffiti bajo
los caballetes de las ferrovías: raja, tajo, enchilada, conejo, rabo, semilla,
coño y tajada...
f. Vulva se desnuda, llena su boca y concha con pintura y
brochas, y corre al Cedar Bar a medianoche para espantar los fantasmas de De
Kooning, Pollock, Kline...
Vulva aprende a analizar la política preguntando ¿Esto es
bueno para vulva?
HOJE
O que menos quero pro meu dia
polidez,boas maneiras.
Por certo,
um Professor de Etiquetas
não presenciou o ato em que fui concebido.
Quando nasci, nasci nu,
ignaro da colocação correta dos dois pontos,
do ponto e vírgula,
e, principalmente, das reticências.
(Como toda gente, aliás...)
Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito.
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.
Não está prevista a emissão
de nenhuma “Ordem do dia”.
Está prescrito o protocolo da diplomacia.
AGITPROP – Agitação e propaganda:
Ritmo é o que mais quero pro meu dia-a-dia.
Ápice do ápice.
Alguém acha que ritmo jorra fácil,
pronto rebento do espontaneísmo?
Meu ritmo só é ritmo
quando temperado com ironia.
Respingos de modernidade tardia?
E os pingos d’água
dão saltos bruscos do cano da torneira
e
passam de um ritmo regular
para uma turbulência
aleatória.
Waly Salomão
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