sábado, 21 de outubro de 2017

1985: Wallraff lança "Cabeça de Turco"


No dia 21 de outubro de 1985, o escritor e jornalista alemão Günter Wallraff lançou o livro "Cabeça de Turco", em que descreveu as dificuldades enfrentadas pela mão de obra estrangeira na Alemanha.
 Künstler rufen zur Verteidigung des Urheberrechts auf – Aktion: Wir sind die Urheber (dapd)
"Estrangeiro forte procura emprego. Pode ser trabalho pesado, sujo e mal pago." Com este anúncio, publicado em vários jornais alemães em março de 1983, o jornalista Günter Wallraff começou uma investigação que iria abalar a Alemanha.

Foi o início da longa reportagem publicada no livro Cabeça de Turco, em 1985. Disfarçado de turco, Wallraff sentiu na pele e denunciou de forma contundente a discriminação contra os imigrantes no cotidiano alemão.

O autor descreveu detalhadamente o que vivenciou, sob o pseudônimo Ali, em uma empresa mediadora de mão de obra, na metalúrgica Thyssen e num restaurante McDonald's.

Ele desceu ao submundo da sociedade alemã para denunciar as brutais jornadas de trabalho de 16 a 24 horas por dia impostas aos estrangeiros na época, o tratamento desumano dispensado a trabalhadores braçais e pouco qualificados e a falta de segurança nos locais de trabalho, principalmente para operários turcos.

Ignorado pela mãe

Seu disfarce foi tão perfeito que Wallraff sequer foi reconhecido pela mãe. O resultado foi um "livro-bomba", que já nas seis primeiras semanas após o lançamento vendeu mais de um milhão de exemplares. A Promotoria Pública alemã abriu inquérito contra o grupo Thyssen, desencadeando uma verdadeira avalanche de processos contra empresas que discriminavam ou maltravam imigrantes.

Na época do lançamento, Cabeça de Turco foi considerado "o melhor livro alemão do pós-guerra". O livro não só foi um sucesso inédito de vendas como teve consequências em vários países europeus. Por sugestão de Wallraff, jornalistas franceses escreveram uma obra semelhante, denunciando o racismo contra os trabalhadores árabes na França. A mesma linha investigativa norteou uma publicação sobre a situação da mão de obra estrangeira na Holanda.

Denúncias de efeito regional

Na Dinamarca, o Parlamento criou uma comissão para investigar a situação dos estrangeiros no país, o que provocou uma série de transformações. Era o que o autor esperava que acontecesse também na Alemanha. "Mas, aqui, as denúncias tiveram apenas efeito regional. Por empenho pessoal, o secretário de Trabalho e Assistência Social da Renânia do Norte-Vestfália, por exemplo, descobriu dezenas, centenas de casos graves de discriminação. Talvez fosse necessário publicar uma obra destas por ano", comenta o jornalista.
O método de investigação jornalística usado por Wallraff foi sido criticado desde o início. Muitos adversários ou empresas denunciadas – como Thyssen e McDonald's – o enfrentaram até por via judicial, mas, salvo raras exceções, o autor saiu vitorioso dos processos. Desde a publicação de Cabeça de Turco, o nome Günter Wallraff é sinônimo de jornalismo investigativo na Alemanha.

Um dos precursores do estilo de Cabeça de Turco foi o escritor inglês Graham Greene (1904–91). Na crônica "Tocando Realejo" (1928), em que relata sua perambulação por Hertfordshire disfarçado de mendigo, ele fez uma espécie de antecipação do jornalismo praticado por Wallraff.

Antes da publicação do livro alemão, também o jornalista brasileiro José Hamilton Ribeiro já havia usado a técnica do disfarce para desvendar a realidade dos operários do ABC paulista, em reportagens para a revista Realidade.

Autoria Maren Hellwege (gh)


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Kakistocracia é o conceito mundial do momento.

 Kakistocracia significa o governo dos piores, dos maus, perversos, vis, sujos, rasteiros e nocivos. Kakistos é o superlativo de Kakos, este conjunto de termos extremamente negativos e sórdidos. Ainda pensamos com os léxicos gregos clássicos, ainda bem que temos a democracia e a política na arena de lutas. O filósofo Michelangelo Bovero já alertava no começo do século XXI, depois da empulhação italiana das "Mãos Limpas" resultando no governo dos mais corruptos e criminosos, com um farsante tipo Berlusconi, no livro "Contra O Governo dos Piores: Uma Gramática da Democracia". No Brasil só é pior devido ao nosso nepotismo e nossa imensa histórica desigualdade social. A farsa a jato é um produto da nossa justiça elitista, oligárquico-familiar e de classe alta, um produto político da mesma classe social com origem nas famílias da alta burocracia, gente do poder e com apoio da mídia oligárquico-familiar, grupos que sempre controlaram a maior parte dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Agora nos condenam à plena Kakistocracia do desgoverno de Temer, com as três características apresentadas no livro: Governo com oligarquia, tirania e demagogia. Temer é o nosso Berlusconi advindo da farsa a jato, tal como na Itália foi o charlatão Berlusconi. O problema para a hegemonia oligárquica da classe dominante é que pela democracia não conseguirão manter a Kakistocracia deles. O destino do Brasil por muitos anos se definirá no ano que vem na luta pela democracia e pelas eleições. Democracia Popular contra a Kakistocracia golpista.
RCO


Direitos Humanos significam a rigorosa e justa aplicação das Leis para todos.

 Muitos só entendem quando precisam para si próprios. Observei este fenômeno: Uma pessoa de extrema direita na sua parvoíce, o tolo tipo que votou no Richa, no Aécio, apoiou o golpe com Temer, agora nega tudo para ficar com Bolsonaro e amanhã com outro direitoso qualquer, esta pessoa ideológica "de bem" quer a "morte de qualquer bandido" e "bandido bom é bandido morto". Daí aparece um oficial de justiça atrás dessa mesma pessoa, por uma causa menor, e ela foge e se esconde. Se aplicasse as suas próprias regras estaria ameaçada pelo sistema. Agora também na tragédia de Goiás, o menino filho de oficial da PM não foi tratado de modo diferenciado, não aplicariam a execução sumária antes de chegar na delegacia porque não era negro, pobre, periférico, filho de analfabetos invisíveis e nem aplicariam direitos humanos somente para humanos direitos. Mesmo a extrema direita procurou racionalizar e aplicar a lei nesse caso. Direitos Humanos são universais e servem para todos nós. É uma forma de proteção e da lei contra bandidos transgressores dentro do Estado. Quando um funcionário público, policial ou militar se torna bandido devem entrar os Direitos Humanos. Surgiram com as Revoluções Burguesas, nos séculos XVII/XVIII e com raízes na compaixão Cristã do cristianismo primitivo. Desenvolveram-se nos Estados de Bem-estar Social no século XX. Alô Brasil, vamos entrar no século XVII pelo menos !
RCO


Além de salvar Aécio, o Senado passou uma forte mensagem para a Nação:

 Em épocas de fácil reprodutibilidade de aparelhos e gadgets, que nenhuma "pessoa qualquer ou comum", por mais importantes e ricos que sejam, tipo os novos ricos caipiras Joesley-Wesley Batista & Cias, jornalistas investigativos, cientistas sociais, dissidentes políticos, que ninguém jamais ouse tentar gravar, fotografar, rastrear ou denunciar nenhum parlamentar principal do nepotismo porque o "interesse de classe", o "espírito de corpo e de família", "a omertà institucional" jamais aceitarão ou permitirão a queda de um dos seus membros pertencentes ao núcleo duro. Vai se ferrar quem denunciar qualquer esquema como os irmãos Batista se ferraram, e como denunciantes da grossa corrupção é que acabaram presos e os poderosos denunciados gravados (Temer, Rocha Loures, Aécio e familiares) seguem livres e soltos, para continuarem fazendo o que melhor sabem fazer, que é roubar e mandar familiarmente na República de Bananas. Qualquer um que estudou minimamente o legislativo brasileiro, federal, estadual e municipal, nos últimos 50 anos sabe dos seus códigos, práticas e relações essenciais na economia política informal de várias atividades criminosas, narcotráfico, contrabando de mercadorias, armas, prostituição, venda de proteções, venda de licitações, desvio de orçamentos, tráfico de influências, subcontratações, superfaturamentos, cobrar pedágios de assessores e de comissionados a cargos políticos indicados, bem como as conhecidas formas variadas de extorsões organizadas, tudo junto com empresários privados ainda mais corruptos, sacanas e vorazes.

RCO

Por que o Bom e Progressista Papa Francisco escolheu a data de quinze de outubro para tornar Santos a dezenas de pacíficos brasileiros massacrados no período colonial ?

Por que o Bom e Progressista Papa Francisco escolheu a data de quinze de outubro para tornar Santos a dezenas de pacíficos brasileiros massacrados no período colonial ? Qual o profundo sentido político da canonização dos Mártires Brasileiros do Rio Grande do Norte ? Em 1645 estávamos imersos em profunda dominação estrangeira, guerras simultâneas contra o maior Império do mundo, a guerra contra a Espanha, desde a separação contra os castelhanos, em 1640 e a pior guerra contra o mais rico, o mais tecnologicamente avançado Império do mundo e suas companhias comerciais, a Holanda, desde 1630 invadindo, ocupando e massacrando o Brasil. Nos momentos de maior perigo e ameaça a força do povo sempre desperta na guerra popular. A guerra foi decidida em lugares como Guararapes. Não foi diferente quando os pobres camponeses e pastores do Noroeste Ibérico, os falantes do dialeto galaico-português da antiga Gallaecia, se rebelaram e enfrentaram o então todo poderoso Califado Islâmico nos anos anteriores ao ano 1000. Hoje, tal como em 1645, parece que estamos novamente submetidos e dominados por interesses estrangeiros como o ilegítimo Temer, pastores protestantes politiqueiros cometendo crimes e ricos banqueiros judeus, antes em Amsterdam e agora no Banco Central, todos saqueiam e empobrecem o povo brasileiro. Bonifácio Andrada nos mostra que o inimigo, o traidor político, também são as tradicionais oligarquias familiares políticas brasileiras, entreguistas e corruptas, católicas e de direita, muitas com ideologias estrangeiras e exóticas como a Opus Dei castelhana. A luta é entre um projeto elitista, autoritário, golpista, conservador, reacionário, excludente de direita e um projeto social, democrático, eleitoral, libertador, emancipador e includente, de esquerda para a Pátria. O despertar nacional acontecerá novamente? Assim afirmam os velhos messianismos tresloucados ? Os religiosos da Cruz e os políticos da Estrela Vermelha no coração do peito verde e amarelo ? O Brasil nunca caiu em abismos porque sempre é maior do que qualquer abismo.


RCO