sexta-feira, 22 de julho de 2016
Eine Fratze
A nossa doença é a nossa máscara.
A nossa doença é tédio sem fronteiras.
A nossa doença é como um extrato de acomodação e inquietação
perpétua .
A nossa doença é miséria.
A nossa doença é estar aprisionados a um lugar.
A nossa doença é nunca podermos estar sós.
A nossa doença é não termos profissão, e se tivessemos uma
[seria] a de a termos.
A nossa doença é desconfiarmos de nós, dos outros, do saber,
da arte.
A nossa doença é falta de seriedade, falsa serenidade,
sofrimento duplo. Alguém nos disse: como o vosso riso é estranho. Se esse
alguém soubesse que este riso é o reflexo do nosso inferno, o amargo contrário do:
"Le sage ne rit qu'en tremblant" de Baudelaire.
A nossa doença é a desobediência a Deus que nos impusemos a
nós próprios.
A nossa doença é dizer o oposto daquilo que gostaríamos de
dizer. Temos de nos torturar a nós próprios, observando as expressões fisionômicas
dos que nos ouvem.
A nossa doença é sermos inimigos do silêncio. (...)
A nossa doença. É provável que alguma coisa a pudesse curar:
o amor. Mas tínhamos de acabar por reconhecer que nós próprios nos havíamos
tornado demasiado doentes para amar. Uma coisa porém existe que é a nossa
saúde. Dizer três vezes "apesar disso", cuspir três vezes nas mãos
como um velho soldado, e continuar então a avançar pela nossa estrada fora,
como nuvens puxadas pelo vento do ocaso, em direção ao desconhecido.
_____________________ GEORG HEYM
[Do poema em prosa '' Eine Fratze '', '' Uma Careta'' .
Tradução : Anabela Mendes]
Escola sem partido?
FREI BETTO
Uma das falácias da direita é professar a ideologia de que
ela não tem ideologia. E a de seus opositores deve ser rechaçada. O que é
ideologia? É o óculos que temos atrás dos olhos. Ao encarar a realidade, não
vejo meus próprios óculos, mas são eles que me permitem enxergá-la. A ideologia
é esse conjunto de ideias incutidas em nossa cabeça e que fundamentam nossos
valores e motivam nossas atitudes.
Permanecemos abertos às contribuições, críticas e
sugestões... LEIA NA ÍNTEGRA: https://espacoacademico.wordpress.com/2016/07/20/escola-sem-partido/
Pedro Páramo
“El día que te fuiste entendí que no te volvería a ver. Ibas
teñida de rojo por el sol de la tarde, por el crepúsculo ensangrentado del
cielo. Sonreías. Dejabas atrás un pueblo del que muchas veces me dijiste: “Lo
quiero por ti; pero lo odio por todo lo demás, hasta por haber nacido en él.”
Pensé: “No regresará jamás; no volverá nunca."
Pero los caminos de ella eran más largos que todos los
caminos que yo había andado en mi vida y hasta se me ocurrió que nunca
terminaría de quererla.
Ese sueño que eres tú todavía dura. Durará siempre, porque
siento como que estás dentro de mi sangre y pasas por mi corazón a cada rato.
He aprendido a decir tu nombre mientras duermo. Lo he
aprendido a decir entre la noche iluminada. Lo han aprendido ya el árbol y la
tarde… y el viento lo ha llevado hasta los montes y lo ha puesto en las espigas
de los trigales. Y lo murmura el río… “ —
Juan Rulfo-(Fragmentos de Pedro Páramo).
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