domingo, 1 de fevereiro de 2015

Casi luz

La epidermis al aire de lavanda y tomillo.
No ha de dejar el viento su negra cabellera
oscilar en la noche sino busquen su noche
detrás de los cronómetros y encontrarán un péndulo
moviéndose sinuoso al compás de la aurora.
No el roce de ceniza la hiciera fuego fatuo
ni el agua de algún río simplemente la hiciera
atmósfera insaciable si bien no ceja en serlo
el delta que la añora desde la misma asfixia.

©Antonio Arroyo Silva


Desde o final dos anos 70 existem três maneiras "fáceis" de rápido enriquecimento: Entrar no tráfico de drogas, criar uma igreja evangélica e abrir um partido político (alguns brilham nas três atividades ou carreiras ao mesmo tempo, como é sabido). As eleições das mesas diretoras no Senado, Câmara e Assembleias representam um dos maiores espetáculos do festival de dinheiro fácil, sem fiscalização, na riquíssima ilha da fantasia do poder legislativo brasileiro. Alguns dos melhores livros sobre o ethos e a cultura parlamentar foram escritos por Lúcio Vaz - "A Ética da Malandragem" e os "Sanguessugas do Brasil", que deveriam ser atualizados após cada eleição legislativa. Um sistema partidário com quase 30 partidos no legislativo é o templo dos negócios e do fisiologismo no atacado, com presidentes reféns dos esquemas e a grande estrela partidária da fisiologia é o PMDB, um partido herdado da ditadura militar corrupta ao lado da antiga ARENA e do PDS (já extintos e sucedidos por outros partidos nas suas raízes clientelistas). Nenhuma democracia mundial tem quase 30 partidos no parlamento. Um partido político deve governar e ser situação porque venceu as eleições, já quem perdeu deve ser oposição, criticar e fiscalizar. No Congresso brasileiro e nas Assembleias estaduais existe o grande partido do corporativismo unido, quando todos se unem para usufruir as polpudas verbas e fortunas dos orçamentos superdimensionados do poder legislativo nas mesas diretoras. No Paraná o jogo já se definiu com o deputado Traiano e o apoio integral da bancada do PMDB, bem representativos da malfadada superficialidade incompetente da gestão Richa-PSDB . No Senado joga o campeão Renan, ex-ministro da justiça de FHC e na Câmara o atual símbolo magno do "sabotador da república" Eduardo Cunha, que até abriu um bar parlamentar de ocasião. Os chefes desfilam e comandam os processos no melhor estilo do PMDB velho de guerra. As tais das jornadas "progressistas" de junho de 2013 só produziram um parlamento ainda mais fisiológico e conservador em 2015.


Ricardo Costa de Oliveira