Realmente, muitas pessoas estão aplaudindo de pé as chacinas nos presídios, como disse o Francischini. São pessoas, como o próprio deputado, que se acham "pessoas de bem", mas estão comemorando (como bem pontuou o Galindo) a vitória do crime organizado, que mata dentro e fora dos presídios. Estão comemorando a falência do sistema prisional, que deveria ressocializar pessoas e serve apenas para inserir uma maioria condenada por crimes leves (ou sequer julgadas) no mundo da mais severa barbárie. Me parece que estão exatamente do mesmo lado daqueles que julgam combater.
Podem defender o ostracismo de todos os presos para uma ilha distante, a prisão perpétua ou a pena de morte, pensando que isso vai distancia-los da barbárie, mas o que estão produzindo é somente o fortalecimento dela. Afinal, os ícones da turma que pensa assim, como o Francischini ou o Bolsonaro, são os reacionários que estão de plantão em Brasília para defender os privilégios dos mais ricos e os cortes nos gastos sociais, fazendo somente aumentar as desigualdades sociais existentes hoje.
Daí o que sobra para os bolsões de miséria crescentes é a repressão, o encarceramento e a eliminação. "Pessoas de bem"? Não. Só se for "bem perversas".
ACBM