A política hoje em dia, em todas as suas instâncias, sofre
um processo crescente de carnavalização. Ou seja, é o simulacro do simulacro do
simulacro, onde são seus atores, os ditos políticos profissionais, que parodiam
o povo, o criticam e o ridicularizam.
A categorização da classe artística como vagabunda, sendo
que é a arte, a partir dos elementos culturais, que constantemente redefine e
critica a noção de identidade, é própria de um sistema carnavalizado pelo poder
onde numa oficial democracia o voto do cidadão é deslegitimado.
A metáfora mais propícia da carnavalização política é um Rei
Momo de uma província qualquer, que ao ser coroado, decreta a extinção do
Carnaval.
Ricardo Alejandro Pozzo