quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Último dia do ano. Voltei há poucos dias da Filadélfia. Ainda não tenho uma rotina organizada e satisfatória. Estou tirando um tempo de folga de mim mesma e minhas intensidades. Pensar depois de viajar parece-me essencial. Essencial também dizer que, mesmo não vendo ou não me encontrando com as pessoas da minha vida, a minha estadia breve no exterior apenas reforçou os meus sentimentos de solidariedade e cumplicidade com amigos, manteve a certeza de que sempre é tempo de se amar as pessoas como se não houvesse amanhã, que é possível aprender muito de si mesmo ao encontrar-se com os outros, que sempre se pode encantar com as pessoas e fazer novos amigos ou recuperar as intimidades com os antigos.
Por isso, se muito mudou, o que permanece é o meu desejo de querer que as pessoas sejam aquilo tudo que elas são e que se envolvam de coragem e amor para serem intensamente leves e integradas!
De resto, quero eu ser mais sujeito de meus verbos sem a dureza da arrogância e dos julgamentos fáceis...


Ps: a propósito, terminei dois livros lindos que recomendo: Inês de Minha alma (Isabel Alende) e O filho de mil homens (Valter Hugo Mãe). Este último poesia pura em objetividade. Quanta alegria com essa literatura portuguesa das várias regiões...


Louise Ronconi de Nazareno

 “É profundamente ridículo acreditar que existe uma afinidade eletiva entre o grande capitalismo (…) e a ‘democracia’ ou ‘liberdade’ (em todos os significados possíveis da palavra); a questão verdadeira deveria ser: como essas coisas podem ser mesmo ‘possíveis’, a longo prazo, sob a dominação capitalista?” Max Weber
"A historia do século XX parece confirmar essa opinião: em muitos momentos, quando o poder da classe dominante pareceu ameaçado pelo povo, a democracia foi jogada de lado como um luxo que não pode ser mantido, e substituída pelo fascismo — na Europa, nos anos 1920 e 1930 — ou por ditaduras militares, como na América Latina, entre os anos 1960 e 1970." 

Michel Löwy, em comentário à citação anterior


http://outraspalavras.net/…/lowy-quando-capitalismo-nao-ri…/

fonte : Otto Leopoldo Winck