Último dia do ano. Voltei há poucos dias da Filadélfia.
Ainda não tenho uma rotina organizada e satisfatória. Estou tirando um tempo de
folga de mim mesma e minhas intensidades. Pensar depois de viajar parece-me
essencial. Essencial também dizer que, mesmo não vendo ou não me encontrando
com as pessoas da minha vida, a minha estadia breve no exterior apenas reforçou
os meus sentimentos de solidariedade e cumplicidade com amigos, manteve a
certeza de que sempre é tempo de se amar as pessoas como se não houvesse
amanhã, que é possível aprender muito de si mesmo ao encontrar-se com os
outros, que sempre se pode encantar com as pessoas e fazer novos amigos ou
recuperar as intimidades com os antigos.
Por isso, se muito mudou, o que permanece é o meu desejo de
querer que as pessoas sejam aquilo tudo que elas são e que se envolvam de
coragem e amor para serem intensamente leves e integradas!
De resto, quero eu ser mais sujeito de meus verbos sem a
dureza da arrogância e dos julgamentos fáceis...
Ps: a propósito, terminei dois livros lindos que recomendo:
Inês de Minha alma (Isabel Alende) e O filho de mil homens (Valter Hugo Mãe).
Este último poesia pura em objetividade. Quanta alegria com essa literatura
portuguesa das várias regiões...
Louise Ronconi de Nazareno
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