HELIO
FERNANDES
A
sucessão começou com uma realidade, unânime e inabalável. O capitão Bolsonaro venceria no primeiro turno. E perderia para todos no segundo. Ninguém discordava dessa expectativa. Três candidatos (Ciro,Marina, Alckmin) disputavam o privilegio ou a satisfação de se transformar em presidente da Republica. Derrotando, sem a menor duvida o candidato da extrema direita, cujo estoque de votos não dava para ultrapassar o Rubicon.Alem
do mais, quem entrou na História por ter conquistado Roma, foi Julio Cesar, um dos três maiores generais, e não um capitão desconhecido e reconhecido por não ter se adaptado ao Exercito, e 30 anos depois (agora, acreditar que poderia ser presidente de 207 milhões de brasileiros.
Apesar
dessa convicção generalizada, faltavam muitos dados para completar a analise. Um deles, fundamental, era a participação no processo político e eleitoral, do nome do ex-presidente Lula. Nessa
condição, ele aparecia nas pesquisas sempre em primeiro lugar, na frente do capitão. Para poderem trabalhar, Datafolha e Ibope, usaram o recurso de publicar dois levantamentos: com Lula e sem Lula. O tempo passou, aconteceu o atentado com duas interpretações, surgiram naturalmente modificações visíveis atribuídas ao fato.
Mas
a grande transformação no processo eleitoral surgiu de uma decisão do TSE. Proibiu que Lula freqüentasse as pesquisas, e registrou a sua conseqüência: a candidatura de Fernando Haddad. Aí, sim, os fatos se ajustaram, vários candidatos se desajustaram, caíram no despenhadeiro da desilusão e desesperança, das INTENÇÕES de voto.
Muitos
dizem, "INTENÇÃO" não é "CONCRETIZAÇÃO", acreditam que o eleitor pode mudar de voto, de hoje a 7 de outubro. Depois para o histórico 28 de outubro, havendo ou não havendo o segundo turno.
(No
momento, as possibilidades de haver o segundo turno, podem ser calculadas em 50 por cento, creditadas ao espírito publico de Ciro Gomes. Está praticamente fora do jogo eleitoral. Mas não será
derrotado do ponto de vista ético e moral. Os outros 50 por cento contra o segundo turno, estão sendo tramados nos bastidores, sob a coordenação do general Mourão. Só não consegui confirmar, se o perigoso Bolsonaro percebeu o perigo que ameaça seu espetáculo. No hospital, finge atirar com balas de brinquedo, seu vice atira contra ele, com armas de verdade).
Por
enquanto só existem 2 nomes: Haddad, que na primeira pesquisa como candidato, pulou direto para o segundo lugar. E Bolsonaro, que desde o inicio da campanha assumiu o primeiro lugar, apenas nessa votação. Os adversários desaparecem e não vão reaparecer. Com exceção de Ciro, que ficou ESTAVEL, não perdeu nem ganhou voto.
È
lógico, claro e evidente, que Bolsonaro e Haddad precisam manter o ritmo e a ascensão verificada nas duas ultimas pesquisas. È imponderável mas não impossível. Mas a rejeição tende a tirar votos,
só não existe quem vai herdá-los. O grande perigo e até quase
pânico: se os derrotados antecipadamente, promoverem a polarização dacampanha.
Dois
exemplos de provável utilização. Lulistas e anti lulistas.
Militares contra civis.
PS-
Não parece, mas falta muito tempo, escreverei bastante sobre o assunto.
PS2-
E deixo um alerta. Se houver segundo turno, os DERROTADOS podem
apoiar os VENCEDORES, maculando a vontade do eleitor.
PS3-Qual
a duvida de Marina, Alckmin e outros menos votados, passarem
a trabalhar e apoiar Bolsonaro?