Quando os sindicatos dos servidores solicitaram ao Greca que
estabelecesse uma mesa de negociação para debater os projetos que afetam as
carreiras e retiram diretos dos trabalhadores municipais, o prefeito mandou que
debatessem na Câmara, pois as medidas já estavam em tramitação no parlamento.
Quando os sindicatos buscaram estabelecer um diálogo com os
vereadores, para que debatessem os projetos antes de vota-los, a maioria dos
parlamentares não deu nenhuma importância, pondo em regime de urgência as
medidas, sem aceitar qualquer conversa, e queriam impor as mudanças sem
negociação.
Até aí, nenhum pio dos editores da Gazeta.
Daí, quando os servidores se organizam, fazem uma greve e
fecham as portas da Câmara, exigindo respeito e diálogo, os editores do jornais
os chamam de "fascistas".
A reação dos servidores ao autoritarismo da prefeitura e da
maioria dos vereadores não tem nada de "fascismo". Trata-se da maior
expressão da democracia, que somente pode se estabelecer quando há interlocução
e diálogo. Se não há, os trabalhadores tem todo direito e razão em utilizar os
seus instrumentos coletivos de luta para se defender.
A Gazeta se transformou em uma Veja piorada, assumindo o
mesmo papel de inverter valores e atacar sempre os trabalhadores, se
transformando em apenas no panfleto de uma elite retrógrada
ACBM