quinta-feira, 17 de março de 2016

14 de março às 06:31 ·

Moradora do Centro de Curitiba, ontem ouvi, infelizmente, mais de uma vez, as piores grosserias generalizadas e dirigidas não apenas à Presidente da nação, eleita pelo voto em uma dita democracia.
Ouvi xingamentos para minorias, em especial a população carente do País. Triste demais!
Se era para ser uma manifestação contra a corrupção, acabou sendo um episódio lamentável onde todo o preconceito latente ficou bem claro.
Presenciei o absurdo de um grupo de senhoras muito bem vestidas vindas da direção da Batel, mandarem uma senhora que é pedinte contumaz da Emiliano, portadora de necessidades especiais, a levantar a bunda da cadeira para tomar um banho e trabalhar ...
Não sei onde vai parar, gostaria que fosse por um Brasil melhor, governado para o bem de todo o povo e não por grandes corporações .... mas ...

É uma vergonha saber que somos formados também por uma população de humanos tão pequenos e mesquinhos, dormindo em edredons macios enquanto acreditam que os menos favorecidos devem se sentir satisfeitos com uma caixa de papelão e um chinelo de dedo sem meias no frio ....

Barbara Kirchner

A delação de Delcídio e a ovelha de Rodrigo Hilbert

André Castelo Branco Machado

Entre na política e faça diferente. É a única saída. Não adianta indignação seletiva, personificação do bem ou do mal e uma surpresa pueril sobre como as instituições funcionam. É assim e só vai mudar com nossa participação, através dos partidos políticos, da disputa institucional e da militância política.
Mesmo que a delação do Delcídio precise ser provada, e a palavra deste homem não tenha muito valor (opinião que sempre tive), acredito fundamental a reflexão da Professora do curso de Direito da UFPR, 
Eneida Desiree Salgado:

"A delação de Delcídio e a ovelha de Rodrigo Hilbert


As discussões da semana giram em torno de duas "revelações": a política brasileira se faz pelo tráfico de interesses nada republicanos e é preciso matar um animal para que a gente possa comer carne. Não são exatamente novidades, mas a maioria das pessoas preferia ignorar esses fatos, apesar de viver da política (de maneira direta ou indireta - como todos vivemos) e ser carnívoro. Tudo bem consumir os produtos, desde que não se saiba como eles são produzidos. Junte-se aí uma capacidade impressionante de negar fatos (de um lado e de outro e principalmente da imprensa), os admiradores do Rodrigo Hilbert e do PT ("tá, a gente sabia que algumas pessoas faziam assim, mas até ele?") e estamos diante de um público estupefato consigo mesmo. Espero que a "surpresa" passe e comece um debate sério sobre os temas: é possível fazer política de maneira diferente? é um problema de desenho institucional ou de mau-caratismo dos políticos que estão aí? a demonização da política e da classe política agrava ou resolve a questão? devemos esperar um animal morrer sozinho para só então comermos sua carne? O que não dá é apenas protestar em homenagem à pobre ovelha sacrificada em um programa de televisão e esquecer de todos os outros animais que são mortos todos os dias para nos alimentar. Ou achar que é só prender os "petralhas", tirar o PT do poder, e tudo vai melhorar. Não vai: vai continuar como antes, só que isso não estará sendo esfregado na nossa cara. Podemos voltar a ignorar os fatos ou virar vegetariano e entrar na política para fazer diferente. Para (re)fundar a República, apenas a segunda alternativa é válida".

As pessoas têm o direito de achar que o Lula é o pior dos bandidos. Mas não podem concluir que ele é bandido só porque acham isso dele.

Ele está sob investigação. Pode vir a ser réu ou não. Pode ser condenado ou não. Mas, na condição de investigado, ele não é culpado de nenhum crime e, logo, não está impedido de ser nomeado como Ministro da Dilma. Se é moralmente certo ou errado, fica a critério de cada um avaliar. Mas, ninguém é obrigado a avaliar o mesmo que você, sob a pena de ser considerado um conivente com o banditismo somente por pensar diferente. Calma lá.

Os áudios vazados ilegalmente pelo Moro para a Rede Globo também não atestam nenhum crime, mesmo que a emissora queira dar essa conotação.

Deste modo, qual é o problema de fundo?

Na realidade, algumas pessoas não toleram que o Lula assuma a Casa Civil por dois motivos:

Primeiro, porque não querem, desde o dia 27 de outubro de 2014, que a Dilma governe e encontre um caminho para seu governo (se o Lula será esse caminho ou não, é outra história). Ela é a presidente eleita, mesmo que a oposição não reconheça e já pedisse seu impeachment no segundo mês de governo. Ela tem a obrigação de apontar a solução para superar a crise econômica e política do Brasil. Não dá pra aceitar o "quanto pior, melhor". Se ela acha que o Lula é parte desta solução, tem legitimidade para fazer.

Segundo, porque querem que o Lula seja preso, independente de qualquer prova objetiva que o incrimine, pois já o condenaram previamente nas suas cabeças. "O Lula é um bandido" e pronto. Não tem nem conversa, não tem razão ou argumento. São justiceiros e tem a verdade absoluta, inquestionável. E sabem, com razão, que o Sergio Moro vai prender o Lula, mesmo que não tenha provas. O problema é que creem que isso é fazer justiça, afinal são convictos de que o Lula "é bandido".

Mas isso, sinto dizer, não é justiça. Mesmo que o Lula, ao aceitar ser Ministro, estivesse fugindo do Moro, como a oposição o acusa, as ações do juiz somente justificariam esse suposto temor do ex-presidente, já que ninguém quer ser vítima de uma injustiça.

Lembro que a investigação do Lula será conduzida pelo STF, que julgou e condenou o Dirceu e o Genoíno, do PT. Esse papo que ele vai livrar a cara é somente para agitar os ânimos das pessoas para paralisar o país.

O que talvez não ocorra, para o bem da democracia, é a parceria que o Moro estabeleceu com a Rede Globo e uma certeza de condenação prévia. Afinal, o que se espera no Estado democrático de direito é um julgamento justo, o amplo direito à defesa, do contraditório e, o mais importante, que ninguém seja previamente culpado. Isso serve para mim, para o meu melhor amigo e para o meu pior inimigo.

André Castelo Branco Machado

Diante da avalanche de informações (informações manipuladas com muita arte, diga-se de passagem) e quaisquer que sejam as consequências políticas (que certamente serão graves, ou gravíssimas), só me resta dizer o seguinte: embora não tenha vivido as maquinações contra Getúlio e contra Jango, duvido que tenham atingido o grau das que há mais de dez anos atingem o PT. E que hoje atingiram o auge, ou ainda não.

Que ingenuidade achar que podemos ter amigos a torto e a direito, à esquerda e à direita, que podemos contentar a todos! Que besteira! As feras mostram sua verdadeira face a cada dia, a cada minuto. A questão é saber se vamos ser ovelhinhas aguardando o momento do sacrifício , ou se vamos optar por ser feras ainda mais terríveis, prontas para defender cada centímetro de território.

Roberto Elias Salomão
Meus amigos, a situação ganha contornos preocupantes no país. Há depredação às organizações de trabalhadores e violência contra qualquer pessoa identificada com a esquerda nas ruas. Estão insuflando uma massa desorganizada e autoritária, que age com uma convicção absoluta de sua missão purificadora. E não estão limpando nada. Estão apenas criando as condições para a deposição da Dilma e a imposição de um governo reacionário da maioria corrupta desse congresso. Torna-se urgente que as pessoas de bom senso percebam as consequências desastrosas desse processo e saiam às ruas amanhã para defender a democracia.

André Castelo Branco Machado
Marcelo Semer: Presidente a Associação de Juristas pela Democracia, argumenta agora na USP.
O caminho para o Estado Policial está sendo cimentado. Prisões provisórias de pessoas pobres, jovens e negras das periferias são uma realidade. A Lava Jato, por sua vez, cria novas formas de prisão e de desrespeito à CF e quem imagina que a supressão de direitos para aí, não conhece a PF e o judiciário brasileiro. A espetacularização do processo judicial chegou às raias do insuportável. Hoje jornalistas do Brasil passaram o dia repercutindo conversas privadas obtidas ilegalmente.
Podemos até escolher entrar num Estado Policial, mas não podemos escolher quando sair dele. Devemos participar da resistência democrática. Quando um juiz ouve a voz das ruas, apenas ela, e silencia a Constituição, está criado o Estado Policial.Estado Policial é sempre seletivo; é rigoroso com alguns, enquanto outros se beneficiam dele.

Fonte : Valéria Arias


Não está morto quem peleja, afirma o ditado político Sulista. Lula ressurgiu no poder mais uma vez, depois dos adversários já terem comemorado a sua suposta prisão ilegal há alguns dias. A extrema-direita, nos editoriais jornalísticos conservadores e a ultra-esquerda, nas análises trotsquistas, erraram feio ao decretarem o fim precoce do Lulismo. Ainda não sabemos se este será um último capítulo, ou se será mais um de inúmeros volumes a serem escritos, na vida e trajetória deste polêmico gigante politico, sempre surpreendente. Lula com seus muitos apoiadores estão mais do que vivos nas lutas políticas e os seus detratores acuados sentiram o movimento. Fora da democracia e das instituições não há salvação. A indicação de Lula era a única alternativa legítima do Governo Dilma para superar as crises políticas e econômicas, com uma nova fase. Lula poderá ser melhor investigado pelas cortes superiores de justiça e não pela tendenciosidade, facciosismo e manipulação seletiva das rasteiras nas primeiras instâncias politizadas. O japa da PF, herói da direita, já caiu ontem no recurso condenado pelo STJ ! Viva a Democracia e o campo político tremeria de qualquer maneira, com ou sem Lula...

Sérgio Salomão Shecaria questiona super poderes POLÍTICOS de Sergio Moro, "ex-assessor de Rosa Weber, a quem parece controlar: como esse Senhor não conseguiu chegar a nenhuma conclusão no caso Bancop? Como age ao arrepio da lei? O judiciário está acovardado". Evento Juristas pela Legalidade e pela Democracia. Faculdade de Direito da USP. Largo de São Francisco.

Ricardo Costa de Oliveira
As instituições serão acionadas na forma da Lei 9.296, de 1996. Interceptação de comunicações telefônicas fora da lei é crime. Qualquer juiz agindo na ilegalidade, caso comprovado o vazamento para a Globo, deverá ser processado e afastado por justa causa. Será que o juiz quer tentar se tornar um Capriles ou Leopoldo Lopez brasileiro, o que parece ser o principal objetivo político do ativista militante, em sua tentativa de venezuelizar o processo político brasileiro com a ajuda da grande mídia. Acredito que o Conselho Nacional de Justiça, o Supremo Tribunal Federal e a Presidência da República debelarão o golpe jurídico-midiático. Vazamentos ilegais e completamente apócrifos não terão maiores fundamentos jurídicos, afora a mobilização de setores de extrema direita e sem nenhuma razão legal neste caso.
LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996.
Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.
Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Ricardo Costa de Oliveira


O Brasil é mesmo uma sociedade muito desigual e ainda dominada pelo seu passado lento. Os papeis políticos de substantivas partes do judiciário e da mídia ainda obedecem às vozes dos seus velhos donos. Neles os mesmos valores retrógrados de 1964 foram preservados. Eppur si muove ! Para não ficarmos pessimistas pensemos no que já mudou ? A universidade brasileira é uma instituição completamente diferente dos anos 60. Uma mudança quantitativa e principalmente qualitativa, tanto no social como nos conhecimentos. Ao contrário do sistema judicial, com suas mesmas reproduções, a universidade foi uma instituição com imensa renovação e democratização em todos os sentidos, ainda que muito tenha que ser feito para se criar uma nova inteligência nacional. A Universidade do Paraná é um exemplo. Uma das poucas universidades do mundo criada por um indvíiduo ainda possuidor de escravos nas suas origens, a Universidade se modernizou e avançou na ciência, tecnologia e alta cultura, apesar de alguns dos reitores. Hoje em dia é muito difícil encontrar algum professor doutor com parentes na mesma universidade nos anos 60 e muito mais difícil ainda encontrarmos universitários com o seu sobrenome na Genealogia Paranaense, por exemplo, nas raízes da velha ordem senhorial. Estes novos atores, mulheres, negros, pobres, hoje nas universidades, com ou sem cotas, farão as mudanças necessárias no Brasil do século XXI.



 Ricardo Costa de Oliveira

LULA!

Silva, você é apenas um Silva, não é um Neves, Alckimin ou Richa, não tem berço, não é de família politica tradicional Você não passa de um nordestino pobre que por sorte do destino chegou a presidente. Não importa, ter dado acesso aos negros e pobres ao curso superior se você não tem o seu diploma, e é uma pessoa inferior. Na ganancia do capitalismo ter tirado milhões da miséria, é uma afronta as pessoas de bem, de boas posses. Além disso, Silva ,você é feio, não tem pinta de galã e nem de intelectual.. Se fosse um Neves estaria no paraíso fiscal impune, se fosse um Alckmin poderia se fartar do desvio das verbas da merenda das crianças, e se fosse um Richa construiria um império com tijolos da desconstrução dos colégios do Estado. Você com sua mão aleijada de um dedo assinou leis de programas sociais para Silvas iguais a você. Mas você é uma aberração para a natureza politica. Silva você apenas um Silva.

Julio Damásio 

NEUTRALIDADE, O QUÊ?

Nem na ciência, muito menos na justiça, existe neutralidade; todos e tudo possuem seu lado.
Também não se defende o maniqueísmo, que é coisa de gente de mentalidade escrava (Nietzsche).

O que se afirma é a crítica ao senso comum, espezinhado pelo capital, que transforma em seu capacho e joguete.

Luiz Antonio Sypriano

A DEMOCRACIA DOS MOVIMENTOS

No sentido clássico, democracia quer dizer a participação cidadãos das coisas públicas.
Porém, em uma sociedade desigual e hegemônica de uma classe social que se mantém no poder econômico, será difícil, o senso republicano.
A classe que vive do capital, dificilmente irá socializar os meios de produção e, por conseguinte, a riqueza produzida.
O que faz, contudo, é tratar uma população como "boi de piranha", ou aqueles que carregam "o piano", para o seu bel prazer.

Então, o povo é prisioneiro de um en passant pela burguesia.

Luiz Antonio Sypriano

Hybris

Hybris (do grego ὕϐρις) é um conceito que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida, descomedimento". Geralmente alude a uma confiança exagerada, um orgulho excessivo, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência acaba em desgraça e opróbrio. Foi o que houve com Moro. Não teve o sangue frio necessário. A CIA errou de homem.

"Os deuses enlouquecem a quem querem destruir." Eurípedes

Otto Leopoldo Winck

ANÁLISE DA CONJUNTURA

A classe que vive do capital, que não detém o seu símbolo do poder político - que é o Estado -, que detém o privilégio da economia (os maiores lucros auferidos foram para os banqueiros, dos latifundiários e dos grandes empresários). Não é à toa que esta classe, hegemonicamente constituída, procurar tomar o Estado, custe o que custar. Para tanto, financia todos os eventos que lhe são favoráveis. Pois, os proprietários dos meios de produção, não vão se dispor a ficar de pé em manifestações.



 Luiz Antonio Sypriano

O NACIONALISMO DESSES MOVIMENTOS

Já se sabe que o capital não tem pátria nem mãe. Assim, esse movimento de cunho nacionalista nada mais são do que sustentáculo do capital, a nível internacional, que procuram defender o seu regime econômico.

Entretanto, a imbecilidade da população, não consegue visualizar a geopolítica do capital. Uma vez que este se esconde, manifestando-se apenas em sua moral, via população empobrecida.

Luiz Antonio Sypriano

1942: Genocídio dos judeus poloneses

INSTANTÂNEOS: NAZIFASCISMO E 2ª GUERRA MUNDIAL
1933:
 Brecht foge da Alemanha : Repressão ao Partido Comunista da Alemanha: Aprovação da Lei Plenipotenciária : UFA demite funcionários judeus: Grande queima de livros pelos nazistas: DVP e DNVP se dissolvem: Hitler controlava a imprensa falada: Alemanha deixa a Liga das Nações

1934:
 Hitler manda executar Ernst Röhm: Nazistas assassinam ditador da Áustria: Regime nazista intervém na Justiça 

1935: Nazistas retiram a cidadania alemã de escritores e oposicionistas

1936: Abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim: Constituição do Eixo Berlim-Roma: Thomas Mann é expatriado

1938: O pogrom da "Noite dos Cristais"

1939: Assinado o Pacto de Não-Agressão: Eslováquia torna-se independente: Alemanha invade a Polônia9: Programa nazista de extermínio: Soviéticos invadem a Polônia: Primeiro atentado contra Hitler

1940: Alemanha inicia ofensiva ocidental: Armistício de Compiègne: Estreia do filme "O judeu Süss": Crianças alemãs refugiam-se dos bombardeios

1941: Selada aliança entre Londres e Moscou : EUA decidem construir a bomba atômica : Aberto o campo de concentração de Theresienstadt

 1942: A Conferência de Wannsee: Genocídio dos judeus poloneses: Judeus proibidos de ter animais domésticos: Ofensiva dos Aliados em El Alamein: Anne Frank inicia seu diário : Batalha de Tobruk: Panfletos da resistência antinazista "Rosa Branca": Pedagogo Janusz Korczak é deportado para Treblinka: Fracassa primeiro desembarque na Normandia: Tropas alemãs invadem o sul da França

1943: Goebbels declara guerra total

No dia 17 de março de 1942, começou a Operação Reinhard, que levou ao assassinato de mais de 2 milhões de judeus.

Deportação de judeus do Gueto de Varsóvia

O projeto de genocídio foi comandado pelo líder da SS e chefe da polícia de Liubliana, Odilo Globocnik. Tanto ele como o seu grande número de colaboradores eram austríacos. Nos três grandes centros de aniquilamento com câmaras de gás (Belzec, Sobibor e Treblinka), foram executados mais de 1,5 milhão de judeus e 50 mil ciganos entre março de 1942 e novembro de 1943. Ao todo, a operação levou à morte de mais de 2 milhões de judeus.

Os preparativos para a operação já haviam começado no final do ano de 1941, mas somente em meados de 1942 ela recebeu o nome de Reinhard Heydrich, que morreu num atentado em junho deste ano. Seu objetivo: o genocídio sistemático dos judeus poloneses e o confisco de seus bens.

Construção de campos de extermínio

O general Himmler havia encarregado Globocnik e outros cem homens de implementarem a operação (o grupo já havia participado das mortes por eutanásia na Alemanha nazista). No âmbito da operação, foram construídos três campos de extermínio: Belzec, Sobibor e Treblinka. A cada dia, os campos de extermínio recebiam um trem com 60 vagões lotados de passageiros destinados às câmaras de gás.

Os alemães abusavam da brutalidade: idosos, doentes e crianças geralmente já eram executados a tiros diretamente nos guetos. Os judeus iam direto para as câmaras da morte. Os três campos usavam monóxido de carbono, que matava em 20 minutos. Da chegada do trem até a completa remoção dos cadáveres, demorava de 60 a 90 minutos.

Os corpos eram depositados em enormes valas. Somente um ano depois, quando começaram a ser removidos os vestígios dos assassinatos, é que os cadáveres foram exumados e queimados. A Operação Reinhard foi encerrada em novembro de 1943, com um saldo de mais de 2 milhões de judeus mortos.

Autoria Rachel Gessat (rw)

Link permanente http://dw.com/p/1Hae