segunda-feira, 9 de novembro de 2015
1943: Goebbels declara guerra total
Em 18 de fevereiro de 1943, Joseph Goebbels, o ministro da
Propaganda de Hitler, proclamou a guerra total num discurso à nação em que
apelava ao nacionalismo.
Joseph Goebbels fala para 100 mil alemães, em Zweibrücken
"Eu lhes pergunto: Vocês querem a guerra total?"
Interrompido por aplausos e gritos de "sim", o orador insistiu na
pergunta. "Vocês a querem, se necessário, mais total e radical do que a
podemos imaginar hoje?". E recebeu nova ovação e um decidido
"sim" da plateia. Este foi o auge do discurso do chefe da propaganda
nazista, Joseph Goebbels (1897-1945), no dia 18 de fevereiro de 1943, diante de
14 mil pessoas reunidas no Palácio dos Esportes, em Berlim.
Essa mistura de ambição pelo poder e desprezo pelo ser
humano era típica do oportunista Goebbels. A Alemanha encontrava-se em ruínas e
a Segunda Guerra já estava decidida quando Goebbels tentou evocar, pela última
vez, o mito da "comunidade do povo" (Volksgemeinschaft).
O discurso no Palácio dos Esportes não passou de encenação,
gravada para transmissão por rádio e nos cinemas. A ideia lhe ocorrera em
outubro de 1942, quando se delineara a derrota de Stalingrado. A intenção era
não só entusiasmar os ouvintes, mas também os soldados nas frentes de batalha.
Apesar disso, Goebbels referiu-se à plateia que o ouvia ao
vivo como sendo "uma amostra da sociedade em seu todo". O sucesso do
rádio empolgou as multidões, por se tratar de um acontecimento fabuloso da
mídia na época. Seu efeito sugestivo foi enfatizado pelo suposto imediatismo e
a impressão de ser ao vivo. O programa, porém, havia sido gravado durante o dia
e só foi ao ar à noite.
Goebbels ressaltou ameaças judia e bolchevique
O discurso expressou a convicção pelos nazistas de sua
causa. Goebbels ainda aperfeiçoou tecnicamente os aplausos, para que tivessem o
efeito esperado no país e no exterior. Ressaltando a ameaça bolchevique, o
ministro da Propaganda tentou conquistar os países neutros e os aliados
ocidentais para uma luta conjunta contra a União Soviética. Insistiu também na
campanha de perseguição aos judeus. "A Alemanha não pretende se curvar à
ameaça judaica e, sim, enfrentá-la, se necessário, com o extermínio total e
radical do judaísmo", disse sob aplausos.
Goebbels ambicionava melhorar sua posição no comando
nazista. Nos anos 1930, ele havia sido uma figura marginal. Fora relegado a
segundo plano nas decisões que antecederam o início da Segunda Guerra Mundial.
Apesar disso, era considerado um importante representante do regime nazista,
tanto no país como no exterior. Seu papel era propagar o culto ao Führer e
maquiar o caráter terrorista do regime de Hitler com a visão da
"comunidade do povo" (Volksgemeinschaft). Goebbels estava ligado ao
centro do poder através da propaganda.
Apelo veemente ao nacionalismo
O discurso de 18 de fevereiro de 1943 teve diferentes
repercussões no exterior. Hitler classificou-o como "obra-prima da
propaganda", uma advertência fatídica que combinava fascínio e violência
sutil. Nunca antes Goebbels havia apelado com tanta veemência ao nacionalismo,
à esperança e à perseverança de milhões de alemães.
Suas táticas para manipulação das massas, porém, já eram
conhecidas. Em 1938, alertara para a "crescente insatisfação do povo
alemão" com o Tratado de Versalhes. Com inédita habilidade, usou o rádio,
a fotografia e o cinema para propagar os ideais do nazismo. Tramou também a
chamada Noite dos Cristais de 9 de novembro de 1938, uma operação brutal
montada para vingar o assassinato de um diplomata alemão em Paris por um jovem
comunista judeu.
Goebbels alegou que foi um protesto espontâneo das massas,
mas hoje sabe-se que a "Noite dos Cristais" marcou o início de uma
nova fase do regime hitlerista: o nacional-socialismo deixava as camuflagens
para assumir o terror.
Perdida a guerra, os dois principais mentores desse terror -
o Führer e seu chefe de propaganda - escolheram o mesmo destino: suicidaram-se
em 30 de abril de 1945. No testamento escrito pouco antes do suicídio, Hitler
ainda nomeara Goebbels para sucedê-lo no cargo de chanceler do 3º Reich.
Autoria Michael Marek (gh)
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1938: O pogrom da "Noite dos Cristais"
Em 9 de novembro de 1938, sinagogas foram incendiadas em
toda a Alemanha. Polícia e bombeiros foram impedidos de agir pelo governo
nazista.
Novemberpogrome 1938 Zerstörte jüdische
Geschäfte in Magdeburg
Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como
a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que
causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda
Guerra Mundial.
A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou
Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e
Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas
comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.
Série de proibições aos judeus
Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos
de concentração. A justificativa usada pelos nazistas foi o assassinato do
então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan,
de 17 anos, dois dias antes.
A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia
começado em abril de 1933, com a convocação aos cidadãos a boicotarem estabelecimentos
pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de freqüentar
estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.
No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus,
apontados como "inimigos dos alemães", atingiu outro ponto alto com a
chamada "Legislação Racista de Nurembergue". Enquanto o resto do
mundo parecia não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada sua política
de limpeza étnica.
Trajetória para o Holocausto já havia sido aberta
Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os
casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus.
Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para
famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.
Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas
e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e
estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939,
foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens
e Sarah para mulheres.
A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi
indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou
"as grandes perdas materiais" daquele 9 de novembro de 1938,
acrescentando: "Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de
destruir tantos objetos de valor!"
Autoria Doris Bulau (rw)
Fonte : Deutsche Welle
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¡Escribe!” Es la mejor receta contra las malos recuerdos
Publicado por Tes Nehuén 9 de noviembre de 2015
"¡Escribe!" Es la mejor receta contra las malos
recuerdosDesde tiempos antíquisimos el arte ha servido para dejar constancia de
nuestro paso por este mundo. No, para que hagamos de él un uso egocéntrico (que
también se puede) sino para que al exteriorizar nuestras experiencias podamos
empatizar con personas de otras edades y culturas. La escritura, es entre otras
artes, una herramienta ineludible de catarsis tanto para recuperar nuestro
propio equilibrio como para reflexionar en pos del equilibrio del mundo.
Podría decirse que la literatura fue y es para muchos un
canal de salvación frente a las miserias y las dificultades de la vida. Y así
ha quedado demostrado a lo largo de la historia, ya que muchísimos autores han
afirmado salvarse gracias al descubrimiento de las letras. La posibilidad de
ser otros, de vivir en otro lugar, en otros cuerpos, fue una de las grandes ayudas
que nos ofreció a muchos la lectura siendo niños, salvación que se extendió a
nuestra vida adulta a través del descubrimiento de la escritura. Tanto lectura
como escritura extienden nuestra vida imaginaria y nos ayudan a pasar por este
mundo de una forma más intensa, y a la vez, más fructífera. Sobre esa capacidad
de la literatura como método de salvación escribo en este texto.
Autores que no se ahogaron
La literatura tiene una doble función: por un lado puede ser
una fantástica herramienta de autoconocimiento y, por el otro, una forma de
abandonar la propia vida para recordar cómo eran otras sensaciones y tomar
impulso para mejorar nuestra realidad. En cualquiera de los dos casos, puede
ser una maravillosa forma de explicar(nos) las consecuencias que las
experiencias marcan en nuestra psique.
La escritura puede ser, según lo afirman muchísimos
psicólogos y especialistas de diferentes disciplinas vinculadas al cuidado de
la salud mental, una fantástica tabla de salvación: un método para enfrentar las
situaciones traumáticas del pasado y conocernos a nosotros mismos.
Para muchos autores la lectura fue una forma de huir de la
propia realidad para habitar otros mundos. Herta Müller ha narrado muchísimas
veces que mientras estaba siendo interrogada por la Securitae del régimen de
Ceaușescu se ausentaba del presente a través de la poesía: repetía versos y
poemas enteros que le ayudaban a blindar su mente y a mantenerse a salvo.
Similares fueron las vivencias de Mircea Catarescu quien aseguró que gracias a
la literatura se salvó en la infancia y durante la dictadura también fue la
literatura, esos libros que estaban censurados pero que leía de forma
clandestina, quienes le ayudaron a seguir confiando y a poner en palabras lo
que le rondaba dentro del cráneo.
La lista de autores que se aferraron a la literatura y
consiguieron mantenerse a salvo es larga. En su último libro, “Niños en el
tiempo” (Seix Barral, 2014), Ricardo Menéndez Salmón apoya esta idea de la
literatura como salvación, al presentar un relato que se ve atravesado por la
pérdida y donde la escritura emerge como un bote salvavidas.
También el famosísimo autor, Haruki Murakami ha dicho en
varias ocasiones que si no fuera por la escritura apenas sabría qué cosas
rondan su cabeza, ya que no las conoce hasta que no las pone por escrito. El
escritor peruano Mario Vargas Llosa, también manifestó que aprender a leer fue
una de las mejores cosas que le pasó en la vida y que su acercamiento a las
novelas de Flaubert fue una forma ineludible de aferrarse a la palabra como
instrumento de salvación. Y Alfredo Conte dice que ve la literatura como una
forma de salvarse y agrega que escribir y leer son formas de robarle tiempo a
la muerte.
"¡Escribe!" Es la mejor receta contra las malos
recuerdos
Escribir para no morir
Voltaire decía que la escritura era la pintura de la voz. Y
quizá, ninguna frase puede acercarse más a lo que la literatura implica para
quien la escribe: la posibilidad de trazar su propio camino, de escuchar su voz
y manifestarse con la certeza de que no hay terreno firme, que la única
seguridad que tenemos en esta vida es la posibilidad de estar de paso.
Escribir puede ser una excelente terapia para conquistar
terrenos nebulosos de nuestros miedos. Y no lo digo como una especie de fétida
terapia en la que nos refugiamos en la tristeza y sentimos compasión de
nosotros mismos y nuestras miserias. Sino más bien, en cuanto a que la
escritura puede ser una fantástica puerta de entrada para reflexionar sobre lo
que el mundo es más allá de nosotros; nos ayuda a convertirnos en observadores
capaces de volverse invisibles y observar la vida más allá de nuestras narices.
Aunque también, por otro lado, ese mirar hacia afuera nos lleva
indefectiblemente a regresar a nosotros y a nuestras experiencias para
convertirnos en personas más reflexivas y, en lo posible, más fuertes.
La lectura y la escritura son sin duda dos armas ineludibles
para llegar a conocernos y para entender qué cosas de nosotros no nos gustan,
cuáles deseamos cambiar y de qué forma creemos que podremos conseguirlo. Sin
duda, una maravillosa terapia para transformarnos en personas más satisfechas y
felices. ¿Qué me dicen?
CE
Louis Aragon
Todo empezará en el CE,
el puente que yo crucé.
Habla un romance perdido
del buen caballero herido;
de una rosa en la calzada
y una túnica soltada;
de un castillo misterioso
y albos cisnes en el foso,
y una pradera en que danza
la novia sin esperanza.
Como una noche de hielo,
el lay de glorias en duelo.
Se van con mis pensamientos
por el Loire los armamentos;
y los convoyes volcados
y llantos mal enjugados.
¡Oh Francia, mi bien amada!
¡Oh mi dulce abandonada!
qué sola yo te dejé
cruzando el puente de CE.
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