Em 9 de novembro de 1938, sinagogas foram incendiadas em
toda a Alemanha. Polícia e bombeiros foram impedidos de agir pelo governo
nazista.
Novemberpogrome 1938 Zerstörte jüdische
Geschäfte in Magdeburg
Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como
a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que
causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda
Guerra Mundial.
A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou
Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e
Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas
comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.
Série de proibições aos judeus
Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos
de concentração. A justificativa usada pelos nazistas foi o assassinato do
então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan,
de 17 anos, dois dias antes.
A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia
começado em abril de 1933, com a convocação aos cidadãos a boicotarem estabelecimentos
pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de freqüentar
estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.
No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus,
apontados como "inimigos dos alemães", atingiu outro ponto alto com a
chamada "Legislação Racista de Nurembergue". Enquanto o resto do
mundo parecia não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada sua política
de limpeza étnica.
Trajetória para o Holocausto já havia sido aberta
Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os
casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e não-judeus.
Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para
famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.
Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas
e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e
estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939,
foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens
e Sarah para mulheres.
A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi
indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou
"as grandes perdas materiais" daquele 9 de novembro de 1938,
acrescentando: "Preferia que tivessem assassinado 200 judeus em vez de
destruir tantos objetos de valor!"
Autoria Doris Bulau (rw)
Fonte : Deutsche Welle
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