domingo, 27 de outubro de 2013

Exercícios de fé | Dominical



i.
Preciso que Deus me guie até o seu paiol
e que do alto dos ocasos
brilhe a pedra fundamental
onde me lavo
em fogo, estrela
bruta e ampla -
crer que meus pés caminham
até a próxima explosão.

ii.
Todo domingo. Uma confissão
de que todo domingo
é uma fraude
sem missais.

iii.
Preciso que o deus venha
áspero, desesperançado
nuns olhos de Clarice.

iv.
Que se redescubra o fogo.
Roberta Tostes Daniel



Вечерняя песня (Слушай Ленинград)

Stalingrad 2013 - Trailer #2 (HD)

Palabra De Borges

Вечерняя песня (Слушай Ленинград)



Музыка: В.Соловьев-Седой
Слова: А.Чуркин

Город над вольной Невой,
Город нашей славы трудовой
Слушай, Ленинград,
Я тебе спою
Задушевную песню мою

Здесь проходила, друзья,
Юность комсомольская моя.
За родимый край
С песни молодой
Шли ровесники рядом со мной

С этой поры огневой
Где-бы вы не встретились со мной,
Старые друзья,
В вас я узнаю
Беспокойную юность свою

Песня летит над Невой,
Засыпает город дорогой,
В парках и садах
Липы шелестят,
Доброй ночи, родной Ленинград.

Песни о городах




Lavoura arcaica

"O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava provocadoramente, era um tempo só de esperas, me guardando na casa velha por dias inteiros; era um tempo também de sobressaltos, me embaralhando ruídos, confundindo minhas antenas, me levando a ouvir claramente acenos imaginários, me despertando com a gravidade de um julgamento mais áspero, eu estou louco!"


- Raduan Nassar, in: Lavoura arcaica, 1975.

Pastores da Noite

 “E, se não fôssemos nós, pontais ao crepúsculo, vagarosos caminhantes dos prados do luar, como iria a noite – suas estrelas acendidas, suas esgarçadas nuvens, seu manto de negrume – como iria ela, perdida e solitária, acertar os caminhos tortuosos dessa cidade de becos e ladeiras? Em cada ladeira um ebó, em cada esquina um mistério, em cada coração noturno grito de súplica, uma pena de amor, gosto de fome nas bocas de silêncio, e Exu solto na perigosa hora das encruzilhadas.”

- Jorge Amado