sábado, 16 de setembro de 2017

"No 150º aniversário de 'O Capital', ainda vale a pena ler Marx"


Principal obra do filósofo alemão é possivelmente uma das mais citadas mundo afora – mas não necessariamente a mais lida. Em entrevista à DW, jornalista econômico aponta os prós e contras do livro na era da globalização.

 Karl Marx

Karl Marx nasceu em Trier, na Alemanha, em 1818

Há exatos 150 anos era lançado O capital, de Karl Marx (1818-1883), um obra que hoje tem um status quase mítico. Com base em seu conteúdo – ou pelo menos em seu nome – travaram-se revoluções e ergueram-se sistemas político-sociais. Ainda hoje, o gigantesco retrato de Marx ocupa lugar de honra na principal praça de Pequim, ao lado de outros pensadores do comunismo. Mas que relevância ainda podem ter as ideias marxistas no mundo contemporâneo?

O jornalista alemão Bernd Ziesemer, autor do livro Karl Marx für jedermann (Karl Marx para todo o mundo), publicado em 2012, defende a tese que Marx pode ser visto como teórico pioneiro da globalização.
Em entrevista à DW, Ziesemer, que foi editor-chefe do jornal econômico Handelsblatt, considera, porém, que O capital se baseia num erro de raciocínio e não é necessariamente a obra marxista de leitura obrigatória.

DW: Em 2012 o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) publicou uma série com o fim de aproximar grandes economistas do cidadão comum. Quem ficou encarregado de Karl Marx foi justamente o senhor, um defensor do livre-mercado. Como isso ocorreu?

Bernd Ziesemer: "Há trechos em 'O Capital' em que Marx diz que vitória mundial do capitalismo fará desaparecer velhas tradições e resquícios feudalistas"

Bernd Ziesemer: Há dois motivos: na minha juventude eu não era liberal econômico, mas sim comunista, e na época lia Karl Marx com os óculos ideológicos de um esquerdista. Mais tarde, de fato, me desenvolvi como liberal e conservador e sempre tive a intenção de me ocupar dos livros que havia lido na juventude. E foi o que eu fiz. Na época, disse ao FAZ: "Provavelmente sou a única pessoa na Alemanha que leu as principais obras de Marx duas vezes."

Na China, aprendi na disciplina escolar Economia Política que o operário vende sua força de trabalho ao capitalista e recebe um salário em troca. A diferença entre o valor que ele gerou e o seu ordenado é a mais-valia. O capitalista tenta manter o salário tão baixo quanto possível, a fim de maximizar a mais-valia. Em algum momento, essa exploração fica tão insuportável que os operários se rebelam e derrubam o capitalismo. Isso vale como um resumo aproximado de O capital?

Pode-se dizer que sim, embora O capital seja uma obra incrivelmente ramificada. Mas a tese central é, de fato, que os trabalhadores são explorados, que a única saída é a revolução. Quando Karl Marx escreveu O capital, ele tinha duas metas: queria contradizer a economia clássica num ponto central, e queria dar ao movimento operário uma base teórica para a derrubada do capitalismo.

Durante toda a vida, Marx de fato esperou o colapso do capitalismo e profetizou a vitória do comunismo. Nenhum dos dois ocorreu. Qual foi seu erro de raciocínio?

Acho que toda a teoria dele se baseia num erro de raciocínio. Ele viu na mão de obra como a única fonte de valia, deixando de perceber que o capitalismo não funciona através da exploração dos trabalhadores, mas sim de um constante avanço tecnológico. No cerne de sua teoria, ele subestimou as outras fontes de riqueza, ou seja, a inovação, a iniciativa empresarial e o progresso tecnológico.


É interessante que há trechos em O Capital, ou também no Manifesto comunista, em que ele diz que a vitória mundial do capitalismo fará desaparecer todas as velhas tradições e resquícios feudalistas. Por isso avancei a tese que podemos entender Karl Marx como primeiro verdadeiro teórico da globalização.
Karl Marx teria sido melhor economista se não se visse um revolucionário praticante?

Ele praticamente viveu três vidas. A mais importante delas era, para ele, a de revolucionário. Em segundo lugar, foi economista, e em terceiro, filósofo. Durante o trabalho em O capital, que se prolongou por mais de dez anos, em algum momento ele notou que chegara a um beco sem saída, que não conseguia dar o grande lance. Não se deve esquecer que O capital foi planejado em três volumes, mas só o primeiro foi publicado durante a vida do autor. O segundo volume, Friedrich Engels conseguiu até certo ponto concluir, com base nos esboços preliminares. O terceiro é, na verdade, só um aglomerado de pensamentos formulados pela metade. Nesse sentido, não existe uma obra econômica conclusa de Karl Marx.

É verdade que Marx não tinha nem o dinheiro para enviar a primeira parte de O Capital ao editor pelo correio?

Correto. Em cartas a Engels, ele escreveu diversas vezes: o açougueiro está à porta e quer que as contas sejam pagas, e nós não temos um só shilling em casa. E se não me enviares dinheiro imediatamente, vou ter que ir para a prisão. Também ao escrever O capital, ele tinha bem pouco dinheiro à disposição. Sua situação econômica só mudou mais tarde, quando Engels recebeu a herança da família e praticamente concedeu uma espécie de pensão a Marx. Nos últimos anos de vida, Marx podia contar com um rendimento relativamente garantido, mas no meio tempo houve essas fases da mais amarga pobreza.


Primeira edição de "O capital", escrito numa época de penúria na vida de Marx

Ele certamente não poderia imaginar que, 150 anos depois da publicação de O capital, ainda seria reverenciado num país bem distante. O retrato de Marx continua pendurado na Praça da Paz Celestial de Pequim. Como o senhor vê o papel dele na China?

Acho que o marxismo chinês se desenvolveu, em grande parte, sem conhecimento preciso da obra de Karl Marx. A meu ver, nos primórdios do Partido Comunista da China, muitas das ideias marxistas não tiveram a menor influência; parte de suas obras nem havia sido traduzida. Minha impressão é que existe uma veneração a Karl Marx na China, mas que ela não se baseia num conhecimento difundido da obra dele.
Estudantes de economia devem ler O capital? Quão atual é Karl Marx?


Não é preciso ler Marx para ser um bom economista. A maioria de suas teorias ou ficou superada com o passar do tempo ou já era equivocada desde o início. No entanto ainda vale a pena ler Karl Marx, pois há um grande número de pensamentos interessantes. Se tem necessariamente que ser O capital, não sei, pois, sobretudo nos primeiros capítulos, é uma leitura bem árida e maçante. Na verdade, eu sempre recomendaria que se leia o Manifesto comunista, que é muito bem escrito e faz parte do cânon da literatura na Alemanha. Portanto eu o recomendaria mais do que O capital.

1916: Primeiro tanque de guerra em ação


Em 15 de setembro de 1916, um tanque de guerra foi usado pela primeira vez na história militar em uma frente de batalha, no norte da França.



 15 Sep 1916 Die ersten Panzer Mark I tank (C.19 Clan Leslie) (picture-alliance/Photoshot)

Tanque inglês em 15 de setembro de 1916

Em setembro de 1916, as tropas alemãs combatiam em Flers, na França, numa das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra Mundial, que deixou um saldo de mais de um milhão de soldados mortos. Durante a chamada Batalha do Somme, alemães e aliados enfrentaram-se durante semanas numa frente de combate de mais de 40 quilômetros de extensão.

Na luta por alguns metros de terreno, foram cavadas longas trincheiras, e cercas de arame farpado protegiam os soldados de ataques repentinos do inimigo. Trocas de tiros e ataques diretos alternavam-se, sem que nebhuma das partes conseguisse levar vantagem.

Na manhã do dia 15 de setembro de 1916, os alemães aguardavam os costumeiros ataques das tropas inglesas de infantaria. Para surpresa geral, no lugar de combatentes, surgiram à distância o que alguns soldados acreditaram tratar-se de tratores.

"Movidos por forças sobrenaturais"

Um correspondente de guerra relatou o fato da seguinte forma: "Sobre as crateras vinham dois gigantes. Os monstros aproximavam-se hesitantes e vacilantes, mas chegavam cada vez mais perto. Para eles, que pareciam movidos por forças sobrenaturais, não havia obstáculos. Os disparos das nossas metralhadoras e das nossas armas de mão ricocheteavam neles. Assim, eles conseguiram liquidar, sem esforço, os granadeiros das trincheiras avançadas".

O que os estupefatos alemães presenciaram era a ação dos primeiros tanques de guerra da história da humanidade – a nova arma que ingleses e franceses haviam construído em sigilo absoluto. Essa arma recebeu dos militares aliados o codinome tank, tanque em inglês, para que os inimigos pensassem em reservatórios de água ou de combustível, caso extravasasse alguma informação sobre o projeto secreto.

Os novos tanques de guerra desencadearam a situação mais fatídica ocorrida até então numa frente de combate. Os "monstros" superavam obstáculos, em função dos quais milhares de soldados tinham morrido antes. Armas, trincheiras ou cercas de arame farpado – nada conseguia deter os poderosos veículos.

 Die ersten Panzer Mark I Tank September 1916 (Imago/United Archives)

Tanque Mark 1º na batalha pela conquista de Flers e Courcelette

Um tanque inglês avariado foi descrito da seguinte forma pelos militares alemães que conseguiram tomá-lo: "Nos lados, ele tem chapa de blindagem de dois centímetros e meio de espessura e uma torre giratória de canhão, do formato de um ninho de andorinha. É dirigido através de uma peça traseira de articulação que pode ser movida para cima e para baixo. O veículo é tão pesado, que um vagão de trem sucumbiu sob o seu peso. Eles transportam muita munição, alimentos e uma gaiola com pombos-correio".

Os primeiros tanques eram consideravelmente lentos, perfazendo apenas seis quilômetros por hora, além de serem bastantes difíceis de manobrar. Dos 49 tanques de guerra da primeira geração, que foram usados em Flers, poucos retornaram a seus postos de origem.

Elogios à coragem alemã

Grande parte deles foi abandonada no caminho em função de panes no motor ou na esteira de rodagem ou acabou atolada em algum buraco ou lamaçal profundo. Nove tanques foram destruídos pelos alemães. Depois de superar o susto inicial, os soldados alemães passaram a atacar os tanques com granadas de mão e armas de fogo.

Segundo um correspondente de guerra inglês, "a coragem dos alemães era fora do comum. Ignorando o fogo das metralhadoras dos veículos, eles tentavam, com uma fúria desesperada, assaltar os tanques e matar sua tripulação. Eles se alçavam reciprocamente ao teto do tanque, procuravam escotilha ou fendas e atiravam com revólveres nas frestas".

O número consideravelmente alto de baixas dos tanques de guerra levou o Exército alemão a acreditar que a artilharia seria sempre superior à nova invenção, o que foi considerado um erro estratégico alguns anos mais tarde.

Enquanto franceses e ingleses trabalharam na melhoria da qualidade dos seus tanques, chegando a ter no último ano da guerra alguns milhares deles, os alemães só tinham produzido 45 unidades até então. Um desequilíbrio que se tornou cada vez mais visível e acelerou a derrota alemã na Primeira Guerra.

Autoria Rachel Gessat



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1861: Krupp aciona maior martelo de forja do mundo


No dia 16 de setembro de 1861, a Fundição Friedrich Krupp colocou em funcionamento "Fritz", apresentado como o maior martelo de forja do mundo e que se tornaria um símbolo da empresa.
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Em 1811, o negociante Friedrich Krupp, da cidade de Essen, fundou "uma fábrica para a produção do aço fundido inglês e de todos os artigos derivados". No início, sua fábrica só contava sete empregados, mas cresceu rapidamente, tornando-se logo a maior usina de aço alemã e, em seguida, de todo o mundo. O nome Krupp tornou-se praticamente sinônimo para ferro e aço.


Gustav Krupp

A ascensão teve, naturalmente, os seus motivos. O mais óbvio foi o fato de que, com a industrialização e a disseminação das ferrovias e das máquinas a vapor, aumentou rapidamente a demanda de produtos de ferro e de aço.

Mas também a qualidade dos produtos era convincente: a Krupp fabricava um tipo especial de aço fundido, que era resistente, mas bem maleável. Mas a produção era difícil, pois o aço só alcançava as características desejadas com uma forjadura intensa do bloco, "sob o martelo".

Músculo já não bastava

A imagem que vem de imediato à mente é de homens musculosos, que forjam com um martelo o bloco de aço sobre uma bigorna. Mas isso é uma ilusão.

Com as dimensões das peças produzidas – por exemplo, os eixos forjados de locomotivas, eixos cardã para máquinas, chapas espessas para a construção naval e similares – também as dimensões das ferramentas necessárias à sua produção tinham de crescer: a força dos músculos já não era mais suficiente, necessitava-se de aparelhagem pesada, que era movida por máquinas a vapor.

A firma Krupp, na época comandada por Alfred Krupp, filho do fundador, assumiu o desafio. Até o ano de 1850, Krupp passava as encomendas de grandes peças a forjas mecânicas externas. Em 1851, começou a funcionar a primeira forja a vapor própria.

Estes primeiros "martelos de cabo" (Stielhämmer) eram relativamente pequenos: num cabo robusto era presa a cabeça do martelo, com um peso de cinco toneladas. Sob o cabo, havia um cilindro a vapor que movimentava o martelo para cima, para que caísse, movido pelo próprio peso.

Esses martelos, com as suas construções simples mas pesadonas, foram utilizados durante cerca de vinte anos. Contudo, já no final da década de 50 do século 19, surgiu a necessidade de martelos ainda maiores e mais pesados, para que se pudessem forjar blocos de aço ainda mais pesados.

Maior martelo a vapor

Alfred Krupp, a quem os contemporâneos atestavam ousadia e também uma tendência aos excessos, construiu um novo tipo de martelo a vapor, de um tamanho jamais visto.

A armação de sólidas vigas de ferro tinha muitos metros de altura. Nela estava presa com grossas correntes o peso de queda, apelidado de "urso" (Bär): inicialmente, ele tinha uma massa de 30 toneladas, sendo elevada posteriormente para 50 toneladas. Esse monstruoso martelo a vapor ganhou o nome quase despretensioso de "Fritz". No dia 16 de setembro de 1861, ele começou a funcionar, sendo então o maior martelo de forja do mundo.

"Fritz" tornou-se legendário e foi um símbolo da capacidade de inovação e de desempenho da firma Krupp. Surpreendia sobretudo a precisão com que se podia operar um martelo aparentemente tão grotesco.

Um acontecimento foi muito relatado na época: numa visita à usina Krupp em 1877, o imperador alemão pôs o seu precioso relógio sobre a bigorna e o "urso" desceu… Naturalmente, nada aconteceu, pois o martelo foi parado, com enorme precisão, a poucos milímetros do vidro do relógio.

A época do "Fritz" também terminou. Mas ele ainda chegou a receber a companhia de um outro martelo menor, com o nome de "Max". E, além disso, tinham sido feitos planos para um martelo ainda maior, que se chamaria "Hércules" e teria um "urso" de 150 toneladas.

Esses planos nunca foram realizados: já em meados da década de 70 do século 19, sabia-se que as prensas hidráulicas seriam ferramentas muito mais apropriadas e de muito melhor desempenho para forjar grandes blocos de aço. Quando "Fritz" foi desmontado, em 1911, ele já era uma relíquia dos tempos passados.

Carsten Heinisch (am)


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1894: A POSSE DE PRUDENTE DE MORAES,A


AUSêNCIA ARROGANTE DE FLORIANO PEIXOTO

Num artigo escrito ha dias, contei o fato: Floriano Peixoto que era vice, acumulando com o Ministério da Guerra, derrubou o presidente Deodoro, assumiu no seu lugar. Sem comunicar a ninguém, ocupou o palácio presidencial, que era então no suntuoso, luxuoso, maravilhoso Itamaraty.
O caríssimo Edson Motta, citando conferencia antiga do respeitado Milton Temer, num texto magnifico, faz referencias aos dois personagens. Mas como eles foram vastamente importantes no governo inicial da Republica, muita coisa foi esquecida. Por exemplo: enquanto Deodoro e Floriano sem voto e sem povo, se apossavam do poder, Prudente era eleito diretamente Presidente do Senado.
Ficou 4 anos no cargo. O Senado (e a Câmara ) eram na Quinta da Boavista. Muito mais tarde mudou para uma transversal da Lavradio, e ha mais de 80 anos se chama rua do Senado. Depois foi para o Palácio Monroe, replica externa, apenas externa, do Capitólio. O "presidente" Geisel, mandou derruba-lo em 1976 e transforma-lo num estacionamento subterrâneo .
Floriano assumiu como se fosse ficar para sempre. Em 1894, Prudente foi eleito, não veio do palácio presidencial (que nem era em São Cristovão, e sim quase em frente á Central do Brasil), pois se não fora empossado, como estaria no palácio? Além do mais, os dois se atritaram e se hostilizaram, em virtude dos cargos que ocupavam.(Floriano sempre vetado pelo Senado).
Floriano não tomou a menor providencia para a transmissão, que aconteceu não em São Cristovão , mas na Praça da Republica. 15 de novembro, verão terrível, todos da casaca e cartola, chegando de Tilbury. Suando desesperadamente. Terminada a solenidade, foram a pé para o Itamaraty, que era do lado .E que só continuou palácio presidencial até l896. Prudente teve que ser operado com urgencia. Seu vice(sempre eles) comprou o Palácio do Catete e se mudou para lá, até á volta de Prudente, 8 meses depois.
Ainda existem contradições, equívocos, desacertos. Mas vou parar por aqui, chegando na parte em que o embaixador da Inglaterra "dá posse ao presidente do Brasil". È tão engraçado e despropositado que não é possível nem remendar. Só não conhecendo o personagem Prudente de Moraes, elegante, compreensível ,mas prezando acima tudo a autoridade. Em 1898, expulsou do Palácio do Catete(já na volta da operação)um Rotschild, que afrontosamente foi lhe cobrar a divida externa. Como se vê, são dois episódios diferentes, o que aconteceu de verdade, narrado aqui e o da conferencia do Milton Temer.

PS- Quanto ao fato de Floriano ir "para casa" de bonde, nessa época não existia bonde na região. Só começou em 1904, quando foi aberta a enorme  e  larguíssima  Avenida Central, que passou a se chamar Avenida Rio Branco em 1912,quando morreu o Barão chanceler
Obrigado e abraço discordante  mas não conflitante, para Edson e Temer.

Helio Fernandes

"Perder uma guerra, mesmo que seja uma batalha cultural, não faz bem ao organismo: eu era uma pessoa mais amável, antes de as nossas universidades se renderem a um suposto bem social e passarem a selecionar textos de leitura com base em origem racial, gênero, preferência sexual e filiações étnicas de Novos Autores, do passado e do presente, sem levar em conta o fato de eles saberem ou não escrever."

(BLOOM, Harold. "John Milton e o 'Paraíso perdido'". In: MILTON, John. Paraíso perdido. edição bilingue: tradução, posfácio e notas de Daniel Jonas; apresentação de Harold Bloom; ilustrações de Gustav Doré. São Paulo: Editora 34, 2015. p.10)