Falo,
minha arte
comunica
Não quero preencher teus olhos
com místicas magas
mitológicas sereias
belas fadas
Nem quero
formular ritos
de um mosto mortal
Dito o escrito
em lama de vulcão
magma sonoro
terra candente
tal o turbilhão de águas primordiais
que anteviu a geração de tudo pela palavra
Venho romper teus tímpanos
vazar teu solo
encontrar o irrequieto centro
de teu desejo
convocar-te à paz nenhuma
Esta lábia
pronuncitada
baboseiras não baba
Pousa bálsamo versado
de um doce nardo
É verbo retado
transgressor de meus acomodados:
– ah! isso não tem jeito,
é sempre assim mesmo!
Eis meu dote
que dôo com graça
Sou nomeado favo monteiro
rico protetor e guerreiro
noviluminário do oeste
E antes que torne a mim:
– Aleijado, até aqui, não rasteje!
Fabio Freire
20 de agosto de 2011 13:57
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