sexta-feira, 30 de junho de 2017

A decisão de Marco Aurélio confirma a tese de que o PSDB segue ileso. O mais problemático é que mostra o quanto o STF é uma instituição seletiva. Suas decisões apenas ratificam o comportamento de uma elite que está também envolvida nos processos que alimentam uma República do privilégio, da impunidade, quando se trata principalmente de envolvidos em crimes pertencentes a fatia mais rica deste país. O STF age de acordo com os interesses da classe que representa. Crimes de colarinho branco quase sempre que foram e chegaram a ser julgados por esta corte foram absolvidos. Esta é uma corte que envergonha o país. Se alguém ainda acha que a saída desta crise e a justiça virá desta corte está completamente enganado. Desde que começou a operação Lava Jato, alguém sabe me informar quantos foram condenados pelo STF? O STF é um corte de privilégios, que alimenta, por suas práticas, injustiças sociais e desigualdades, além de práticas criminosas por sujeitos envolvidos em atos ilícitos. Esta é a corte que condena, provavelmente, alguém ao roubar alimento; e muito provavelmente não condenará aquele que trafica pasta base em aviões. A justiça tem partido e assume posturas condizentes com os valores da classe que representa. A justiça não é neutra e muito menos imparcial. O STF é a corte que tem legitimado práticas e os cortes promovidos por um governo envolvido em diversos atos de corrupção.

Marciano Monteiro
Uma das funções da Justiça é personificar o sentimento de frustração da sociedade. Quando a Justiça inocenta alguém que juramos ser culpado, essa suposta culpa passa para um segundo plano. Já não mais dizemos "aquele criminoso merece cadeia", mas sim "essa é a Justiça desse país", ou "juiz comprado", entre outros maldizeres. O sentimento acusador fica difuso, perde força. O crime que antes víamos com clareza se torna quase uma miragem. O dedo que apontava para o investigado, denunciado ou réu, passa a ser direcionado para a Justiça. Vale dizer, para o nada, já que a Justiça é uma entidade distante em tudo, inclusive nas roupas que usa e na língua que fala. Eis mais um motivo para Aécio e Rocha Loures brindarem o dia de hoje com seus vinhos preferidos.

Marcelo Amorim

1934: Regime nazista começou a intervir na Justiça




No dia 5 de dezembro de 1934, Hitler mandou fechar as secretarias estaduais da Justiça, iniciando a perseguição dos juristas e a imposição dos ditames nazistas.


 Deutschland Richter am Volksgerichtshof Hitlergruß (picture-alliance/akg-images)
A transformação da Justiça liberal e soberana da República de Weimar em instrumento dos detentores do poder do Terceiro Reich começou logo depois que os nazistas assumiram o governo alemão. A perseguição de juízes de origem judaica e funcionários do Judiciário foi apenas o começo.

No dia 22 de abril de 1933, o advogado Hans Frank foi nomeado "comissário do Reich para a submissão da Justiça nos Estados e para a renovação da ordem de Direito". Uma de suas primeiras medidas atingiu os representantes do próprio Judiciário, substituindo as associações existentes pela Aliança dos Juristas Nacional-Socialistas Alemães.

O controle da Justiça pelo regime de Hitler visava principalmente os juízes, que a partir deste momento tinham que representar a causa nazista. Grande parte dos juristas, cuja maioria era de origem burguesa conservadora, adaptou-se aos ditames do governo. Mesmo assim, houve muitas demissões, perseguições e proibições de exercer a profissão por motivos políticos e racistas.

Direito instrumentalizado pela repressão

Apenas os homens possuíam permissão para trabalhar no aparelho do Judiciário. Para as mulheres, a atividade profissional no setor virou tabu. A ordem jurídica do Estado foi adaptada às imposições nazistas e Hitler era o líder supremo de um sistema que alegava defender "a ordem, o Direito e a liberdade". O Direito acabou virando instrumento de repressão contra as minorias étnicas e a oposição.

A prova de força decisiva aconteceu em junho de 1934, quando Adolf Hitler decidiu acabar radicalmente com o poder da SA (Sturmabteilung). A tropa de choque organizada e comandada por Ernst Röhm era uma espécie de força paramilitar privada de Hitler.

Para tranquilizar as Forças Armadas, preocupadas com o poder paralelo, Hitler concordou com a eliminação de Röhm e de seus principais auxiliares no massacre que ficou conhecido como "a noite dos longos punhais".

No final do ano de 1935, estava encerrado o processo de vinculação da Justiça ao Estado nazista. Ainda em 1934, havia sido criado em Leipzig o Volksgerichtshof (Tribunal Popular), que se tornou um importante instrumento de terror na Segunda Guerra, a partir de 1939.


1934: Hitler manda executar Ernst Röhm
No dia 30 de junho de 1934, foi preso Ernst Röhm, um ex-colaborador de Hitler. Ele queria transformar a SA (Tropa de Assalto) num exército, sob seu poder. 

Autoria Sabine Kinkartz (rw)


Link permanente http://p.dw.com/p/2sug

1920: Nacional-socialistas criam tropa de segurança


A tropa de segurança do NSDAP (Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores) foi criada no dia 12 de novembro de 1920, transformando-se mais tarde na SA (Seção de Assalto) da organização.

Seção de assalto, suporte do terror nazista

Gritando palavras de ordem, uniformizados e usando coturnos pesados, os integrantes da tropa de segurança do NSDAP (Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, o partido nazista) marchavam pelas ruas das cidades alemãs. Na sua maioria, eram recrutados entre os jovens desempregados, para os quais a nova República de Weimar não tinha mais qualquer sentido.

A Alemanha tinha sido derrotada na Primeira Guerra Mundial. O desemprego era catastrófico. Quinhentos quatrilhões de marcos estavam em circulação, mas as pessoas não tinham dinheiro suficiente no bolso – nem mesmo para comprar manteiga para o pão.

A situação era propícia para um demagogo como Adolf Hitler, que pôde facilmente incutir nos jovens inseguros e insatisfeitos a sua ideologia, da mesma forma como os convencia a vestir as camisas marrons, que tinham sido o uniforme das tropas imperiais alemãs na África oriental. A tropa de segurança do NSDAP foi criada no dia 12 de novembro de 1920, transformando-se mais tarde na SA (Seção de Assalto) da organização.

"Camaradas, agora vamos juntar até a última força. O coração tremendo, o peito erguido, o punho cerrado, o sangue fervendo. O ódio e a raiva nos movem. Nós temos de vencer. O inimigo tem de ser derrotado. Nós nos mantemos coesos: homem por homem", ditava o juramento de lealdade dessa tropa armada de combate, segurança e propaganda.

Assembleias em cervejarias

O berço da posterior organização de massa nazista foi Munique. O partido de Adolf Hitler começou a promover assembleias cada vez mais concorridas nas cervejarias da cidade. E, como os outros partidos, necessitava de uma tropa de segurança para fazer frente aos que perturbavam as reuniões. Desde o seu início, a SA foi um dos suportes do terror nazista. Tumultos, agitações de caráter antissemita, badernas na rua e em espaços fechados, lutas contra comunistas e social-democratas e até homicídios eram as armas da organização.

Conluios entre membros da SA e criminosos eram fatos corriqueiros. Em 1930, um líder da organização, Horst Wessel, frequentador assíduo da zona de prostituição de Berlim, foi assassinado a tiros durante uma briga. A SA aproveitou a situação, transformando-o em mártir: "Vamos vingar a morte do nosso Horst Wessel e de todos os que eles tiraram de nossas linhas de combate. Que seu espírito nos guie, para que possamos conseguir aquilo pelo qual eles deram suas vidas."

Em 30 de janeiro de 1933, o dia em que o idoso presidente Paul von Hindenburg passou o poder para as mãos de Adolf Hitler, 300 mil homens usavam as camisas marrons da SA. Daí em diante, o número de membros da organização cresceu vertiginosamente. Mais de quatro milhões de pessoas passaram, com o tempo, a fazer parte da maior organização de massa do Terceiro Reich.

Último líder ativo na política até 1961

Seu tempo de glória, no entanto, já havia passado. Depois que o novo regime se estabeleceu, as camisas marrons tornaram-se uma pedra no caminho dos governantes nazistas. Hitler queria demonstrar seriedade e tentava aproximar-se dos conservadores.

Nesse contexto, não era adequada uma tropa de assalto, que dizia palavras de ordem do tipo: "Mesmo que o inimigo ainda reaja de forma feroz e busque ajuda até do diabo; mesmo que ele se contorça como uma cobra, cuspindo veneno. Nós não nos deixamos enganar: a tempestade começa, o dia amanhece. Milhões de homens, que querem vencer ou morrer, apresentam-se armados para entrar em ação."

Em 1934, Hitler mandou executar o líder da organização, Ernst Röhm. A partir de então, a SA passou a exercer apenas um papel secundário no sistema nazista. Seu último líder, Wilhelm Schepmann, escapou de uma condenação pela Justiça alemã do pós-guerra. Como muitos outros colaboradores menores do regime nazista, ele acabou trabalhando, discretamente, para o governo de Konrad Adenauer, o primeiro eleito democraticamente na Alemanha do pós-guerra.

Talvez Schepmann acreditasse que tinha razão. Pois, afinal, tinha obrigado seus correligionários a jurar: "Então vai chegar de novo o dia da liberdade, em que um novo povo ressurgirá. Canções alemãs ecoarão e as terras alemãs serão libertadas." Ele atuou como político regional do partido BHE, que representava os alemães expulsos da Europa oriental, e só se retirou da política no ano de 1961, quando as críticas a seu passado se tornaram públicas e veementes.

1933: Aprovação da Lei Plenipotenciária
A 23 de março de 1933, o Reichstag aprovou a Lei Plenipotenciária, com a resistência dos social-democratas. Com ela, o regime nazista pôde impor leis sem aprovação prévia do parlamento. Era o início da ditadura.  
1934: Hitler manda executar Ernst Röhm
No dia 30 de junho de 1934, foi preso Ernst Röhm, um ex-colaborador de Hitler. Ele queria transformar a SA (Tropa de Assalto) num exército, sob seu poder. 
1936: Abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim
No dia 1º de agosto de 1936, o líder nazista e chanceler do Reich, Adolf Hitler, abria oficialmente os Jogos Olímpicos de Berlim. 
1938: Noite dos Cristais
Em 9 de novembro de 1938, nazistas à paisana mataram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração. 
1939: Primeiro atentado contra Hitler
No dia 8 de novembro de 1939, Hitler escapou por pouco de um atentado que matou oito pessoas. 
1942: Tropas alemãs invadem o sul da França
A 11 de novembro de 1942, alemães e italianos invadiram o território francês, quebrando o armistício de 1940. Um dia antes, Hitler havia em vão convidado a França a lutar contra ingleses e norte-americanos. 

Link permanente http://p.dw.com/p/1MXq

Autoria Gerda Gericke (sv)
Redação DW Brasil

© 2017 Deutsche Welle | Proteção de dados |

1942: Resistência antinazista "Rosa Branca" distribui panfletos




A partir de 27 de junho de 1942, nas caixas de correio de grandes cidades do sul da Alemanha e da Áustria, começaram a ser distribuídos panfletos contra o regime nazista pelo movimento de resistência "Rosa Branca".

 Os irmãos Hans e Sophie Scholl fundaram o movimento de resistência Rosa Branca
Hans e Sophie Scholl, fundadores do movimento de resistência Rosa Branca
O Rosa Branca (Weisse Rose), atuante em Munique e em Hamburgo, foi o movimento de resistência de jovens alemães mais conhecido durante o Terceiro Reich. Seu núcleo era formado por universitários de 21 a 25 anos de idade, entre ele os irmãos Hans e Sophie Scholl, Alexander Schmorell, Willi Graf e Christoph Probst.
Os panfletos, que começaram a ser distribuídos nas caixas de correio de intelectuais dos grandes centros na Baviera e na Áustria, condenavam a resistência passiva contra a guerra e a opressão intelectual pelos nazistas. Os textos revelavam o alto nível cultural de seus redatores e apelavam a valores religiosos.

Nos quatro primeiros panfletos, distribuídos entre 27 de junho e 12 de julho de 1942, foram usados em profusão trechos apocalípticos da Bíblia. Os dois últimos folhetos, entretanto, tiveram um estilo completamente adverso. Em linguagem direta, apresentavam planos concretos para a Alemanha pós-guerra, dirigindo-se a todas as camadas da população.

Primeira derrota chocou a população alemã

A morte de 300 mil alemães na batalha de Stalingrado, em fevereiro de 1943, representou uma reviravolta na Segunda Guerra Mundial. A primeira derrota alemã alimentou a resistência em todas as cidades europeias ocupadas pelos nazistas e ao mesmo tempo chocou a população do país.

Willi Graf, Alexander Schmorell e Hans Scholl passaram a noite pichando Abaixo Hitler e Liberdade nas paredes da universidade e de prédios vizinhos. O grupo Rosa Branca aproveitou a ocasião, publicando um novo panfleto. A estratégia era redigir os textos em máquinas de escrever, copiá-los e enviá-los pelo correio a partir de cidades diferentes.

Descobertos enquanto depositavam suas mensagens nos corredores do prédio principal da Universidade de Munique, os irmãos Hans e Sophie Scholl foram presos pela Gestapo, a polícia política de Hitler.

Junto com Christoph Probst, foram julgados no dia 22 do mesmo mês. Em pouco mais de três horas de julgamento, foram condenados à morte e executados no mesmo dia. Os demais membros do grupo de resistência Rosa Branca de Munique foram executados após julgamentos sumários, entre abril e outubro de 1943.

Mais indignação que ideologia

O objetivo dos panfletos era abalar a confiança dos alemães no Führer, despertar ao menos um mínimo de dúvidas sobre a veracidade da propaganda feita pelo regime e alimentar eventuais células de resistência no próprio povo alemão. O movimento surgiu menos de uma ideologia política e mais da indignação com a forma como os alemães aceitavam o nazismo e a guerra feita em seu nome.

A coragem dos membros do Rosa Branca ficou conhecida em toda a Alemanha ainda no decorrer da Segunda Guerra. O escritor Thomas Mann reconheceu seus méritos publicamente, num pronunciamento transmitido pela BBC no dia 27 de junho de 1943. Reproduções do último panfleto da resistência estudantil, feitas na Inglaterra, foram jogadas pelos aviões britânicos sobre território alemão.

Durante o segundo semestre de 1943, a Gestapo descobriu em Hamburgo um grupo de resistência que divulgava os panfletos do movimento de Munique. Dos 50 participantes, oito universitários foram condenados à morte: Hans Konrad Leipelt, Greta Rothe, Reinhold Meyer, Frederick Gaussenheimer, Käte Leipelt, Elisabeth Lange, Curt Ledien e Margarete Mrosek.


Link permanente http://p.dw.com/p/2RkL

1934: Hitler manda executar Ernst Röhm



O capitão Ernst Röhm, organizador da tropa de assalto SA (Sturmabteilung) do partido nazista, não imaginava qual seria seu destino após cair em desgraça com Hitler. O Führer havia decidido matá-lo.
Faltando apenas um dia para o fim das férias coletivas dos integrantes da SA, o próprio chanceler alemão deu início ao massacre de seus ex-aliados, num episódio de incrível brutalidade e traição que ficou conhecido como a Noite dos Longos Punhais.

Röhm, um típico representante da chamada "geração perdida" da Primeira Guerra Mundial, acreditava no ideário nazista quando aderiu ao partido em 1918. Logo no ano seguinte, passou a integrar o privilegiado grupo de amigos pessoais de Hitler.

Ferido três vezes na Primeira Guerra Mundial, lembrava com nostalgia da camaradagem dos soldados nas frentes de batalha. A isso, adicionava-se uma porção de energia criminosa, disfarçada sob a máscara de um nacionalista revolucionário.

Treinos na Bolívia

Ele demonstrava um desprezo profundo pelo que chamava de "farisaísmo e hipocrisia burguesa". Nos primórdios do movimento nazista, revelara-se um organizador talentoso, atraindo um grande número de adeptos para o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (NSDAP).

Em 1924, elegeu-se para o Reichstag (Parlamento) pelo Partido Liberal Popular Alemão e foi encarregado de organizar o batalhão nazista Frontbann. A partir de 1928 passou dois anos treinando soldados na Bolívia e, em 1930, foi nomeado para o posto de comandante da SA.

Röhm transformou a SA – inicialmente uma espécie de força paramilitar privada de Hitler – numa milícia popular formada por combatentes de rua, capangas e arruaceiros. Do seu ponto de vista, foi "bem sucedido": o número de integrantes da SA subiu de 70 mil para 170 mil em apenas 18 meses.

As fileiras da milícia eram engrossadas, principalmente, por desempregados, mas eram recrutados também ladrões e assassinos. Para Ernst Röhm, esse "exército plebeu" era o núcleo do movimento nazista, "a encarnação e garantia da revolução permanente", baseada no "socialismo de caserna" que ele experimentara durante a Primeira Guerra Mundial.

De fato, a SA desempenhou um papel decisivo na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933, através da intimidação de adversários políticos.

Mas em 1933, quando já contava com milhões de integrantes, a organização passou por uma pequena decepção. Seus líderes, que aspiravam à supremacia dos quartéis sobre a classe política, irritavam-se com a crescente burocratização do movimento nazista.

O sonho de Ernst Röhm era ser o comandante supremo de uma enorme força armada, resultante da fusão da SA com o exército regular. Hitler seria então "apenas" o chefe político.

Como comandante da SA, ministro sem pasta e secretário estadual na Baviera, Röhm ocupava cargos de destaque no final de 1933, mas desperdiçou todos os seus trunfos.

Empecilho aos planos de Hitler

Ele se opunha ao plano de Hitler de realizar uma revolução sob o manto da legalidade e passou a falar publicamente de um iminente golpe de Estado. Sua demagogia populista era rejeitada pela classe média e preocupava os militares e industriais, que formavam a base do regime nazista. A reivindicação de Röhm de transformar a SA numa milícia autônoma alarmou os generais, indispensáveis para os planos de longo prazo de Hitler.

Como o chanceler demorasse a agir, o Exército lhe deu um ultimato, dizendo que, se uma medida enérgica não fosse tomada, um golpe de Estado militar tiraria os nazistas do poder. Foi aí que Hitler decidiu liquidar "Röhm e seus rebeldes".

Sem a menor suspeita da chacina que estava sendo tramada, Röhm foi preso na noite de 30 de junho de 1934 num hotel junto ao lago Tegernsee (Baviera), onde festejava com outros líderes da SA.
Levado para a prisão de Stadelheim, negou-se a cometer suicídio e foi fuzilado dois dias depois. Na chamada Noite dos Longos Punhais, os nazistas executaram sumariamente 85 pessoas, muitas delas sem qualquer ligação com Röhm.

Oficialmente, o governo alemão alegou que a SA estava preparando um golpe contra o Reich. Na prática, porém, Hitler concretizava apenas mais uma de suas estratégias de poder: após o massacre, ele não tinha mais rivais e podia celebrar o domínio absoluto sobre o partido nazista.

Data 30.06.2017

Autoria Doris Bulau (gh)

Link permanente http://p.dw.com/p/1FV0


O próximo passo é Rocha Loures, Aécio e Temer pedirem vultosas indenizações por terem suas límpidas imagens de pessoas idôneas, com morais ilibadas e reputações irrepreensíveis atingidas levianamente no episódio das malas ! Com esse judiciário devem receber muitos milhões de compensações por terem seus direitos de roubarem sido questionados momentaneamente. Agora todos ministros do STF e todos políticos do governo golpista podem usufruir suas deliciosas e luxuosas férias de julho, quase sempre em boas companhias empresariais, em viagens, resorts, condomínios e ambientes caríssimos, no país e no exterior, gastando as polpudas remunerações obtidas do extrativismo estatal semestral, enquanto milhões de trabalhadores brasileiros se consomem com salários miseráveis, em ônibus lotadíssimos de passagens caríssimas, nas pobres periferias miseráveis e violentas, tudo sob a guarda e jurisdição desses podres poderes políticos e jurídicos hereditários. Gira mundo.

RCO

sábado, 24 de junho de 2017

RECEITA INFALÍVEL


1. Fale sobre matar alguém antes que este alguém pense em delatar
2. Peça dinheiro sujo a um mega empresário - em malas de dinheiro previamente preparadas
3. Utilize um parente, de preferência um primo, para pegar o dinheiro sujo
4. Use a própria irmã como testa de ferro de crimes múltiplos
5. Faça tudo isso e de preferência com gravações da áudio e vídeo que circulem por todo o território nacional
Quem cumprir com essa receita poderá dormir tranquilamente e ser absolvido de forma sumária no Senado Federal.
Este país de Aécio, Cunha e Temer virou de fato um pária internacional.

Diogo Costa
Não há nada mais raso que o homem bem-sucedido. Ele tem dinheiro, ele tem um Camaro na garagem, ele tem fotos de Istambul, Qatar e Orlando no seu Facebook. Ele só não tem profundidade. Quando abre a boca só sai vantagens. Pois pra ele a vida se resume a acumular milhas, mulheres e vantagens. Ele nada sabe dos lobos que uivam. Ele nada sabe da solidão das estrelas. Ele nada sabe dos mistérios da vida. Pra ele a vida é só epiderme. Só aquilo que pode ser fotografado e postado. Só aquilo que pode ser acumulado e contabilizado. Não, não há nada mais raso que o homem bem sucedido. Comparável a ele só mesmo a mulher bem-sucedida.

OLW
As Ordenações já afirmavam que pessoas do estatuto de Aécio não podem mesmo ser presas assim. O que define poder e prisão no Brasil são os capitais sociais familiares e sua genealogia. Quem os têm não vai preso com muitos motivos e quem não os têm vai preso sem nenhum motivo. Enquanto o Brasil continuar nessa lógica do "Antigo Regime", esses absurdos de castas e classes do passado continuarão a condenar os indivíduos independentemente de provas ou méritos.

RCO

quinta-feira, 22 de junho de 2017

O que é que a esposa do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a secretária de Estado e primeira-dama do Estado do Paraná, o presidente anterior da Sociedade Rural Brasileira e os maiores latifundiários devastadores da Amazônia possuem em comum ? Luzia Helena Junqueira Pamplona Skaf, Fernanda Vieira Richa, Gustavo Diniz Junqueira e os Junqueira Vilela são descendentes da família Junqueira, originalmente de Minas Gerais, se espalhando por São Paulo e pelo país. Mais uma das inúmeras e típicas genealogias da classe dominante rural brasileira do século XVIII. Eu calculei, no meu doutorado, cerca de 500 dessas famílias históricas derivadas do período colonial em todo o Brasil. Observem que atravessam todas as regiões, indústria e agricultura, política e empresariado, público e privado, moderno e arcaico, ao incorporarem ao seu "ethos e habitus de classe" os imigrantes ascendentes, no caso da imigração libanesa (Skaf e Richa). Atuam dos bairros mais ricos de São Paulo até as fronteiras do desmatamento e das condições análogas à escravidão da Amazônia. Boa parte da elite empresarial e política brasileira ainda reproduz os velhos valores golpistas da classe dominante tradicional pela sua cultura política, práticas e casamentos.


RCO

sábado, 17 de junho de 2017

não se constroem nada num cemitério...

Jessica Alves __________________Te amo Lula, e pt, mas precisamos de um projeto novo de pais. Precisamos de uma ação direta, e que todas as decisões sejam debatidas por toda a população. Não adianta nada vocês entrarem lá pra ter que dançar a musica da corrupção, ter que fazer coligação com partidos conservadores e levar um governo neoliberal centrista. Seu mandato foi um grande passo no caminho da verdadeira independência, porque foram anos de muito investimento em educação. Parabéns!

Jose Luiz da Filho_______________ Jessica, acontece que em lugar nenhum do mundo , nem da história , a política foi feita de cima para baixo.Quando acontece é porque acontece duas coisas: uma indiferença brutal da sociedade em relação ao seu próprio destino , junto com a crença de que só votar define o papel de toda sociedade.Um projeto para o país , necessariamente tem que abarcar o maior numero de atores possíveis ,independentes das ideologias envolvidas.O que deve unir é projeto que coloque o país num rumo de auto-desenvolvimento e seja qual grupo ideológico que vier a controlar o executivo,tenha que seguir aprofundando este projeto.O que acontece no brasil é quase uma sala de jantar no inferno de dante : em nome de um ódio construído em cima do pt ,onde integram pessoas da própria sociedade( irmãos, amigos, inimigos,vizinhos e etc...) permitem se se destruir todos os processos de identidade nacional e internacional que o governo lula e Dilma ,estavam construindo, em nome a um ódio ao pt, as pessoas estão indo a rua, agora ruminando em casa e entre amigos,permitindo todo um desmonte de um país que estava crescendo e favorecendo a todo o cidadão brasileiro (seja lá o que esse termo defina) e tudo isso ostentado sem nenhum projeto de construção de país, mesmo de um ponto de vista conservador.Na verdade a maioria silenciosa do povo brasileiro , estão assistindo bestializadas o enterro de qualquer sonho possível de existir nas décadas vindouras qualquer país decente,sequer soberano.Assistimos assombrados os atores destas tragédias sendo reverenciados como heróis.É importante ressaltar, que não se constroem nada num cemitério...



Teoria da conspiração? Não. Apenas a verdade que a matrix não quer que você veja.


Por Thomas de Toledo:

Quando se observam os golpes de Estado mundo afora, nota-se uma engenharia padrão que começa com protestos difusos e termina com a "mudança de regime". Por detrás deles, estão sempre os Estados Unidos, seus serviços de inteligência (CIA e NSA) e a mala preta bilionária do NED, que financia a oposição. Foi assim nas "revoluções coloridas" de leste europeu, na "primavera árabe". Depois em Honduras, Paraguai e Brasil, combinando o parlamento e o judiciário. Na Síria e na Venezuela, apesar dos fracassos golpistas, a luta se radicalizou. Agora, os Estados Unidos lançam uma operação ousada contra a Rússia. As associações com o Brasil são inevitáveis, vide que até o símbolo do movimento é um pato amarelo. Como em qualquer lugar, os Estados Unidos fabricam seus títeres​. Na Rússia, apostam numa liderança no estilo Macri-Macron-Dória, um blogueiro que como a cubana imperialista Yoanne Sanchez, recebe dinheiro para promover a desmoralização do próprio país. Para realizar esse tipo de golpe, é preciso ter o controle da mídia e das redes sociais para fabricar a narrativa oficiosa. Derrubar o governo é apenas o primeiro passo. Precisa-se, em seguida, controlar os recursos locais através das privatizações e ocupar o território com a construção de bases militares. Segue no alvo todos os países que outrora os Estados Unidos chamavam de "eixo do mal" e aqueles de economia emergente. No entanto, se acha que tudo não passa de conspiração, conheça os documentos dos Estados Unidos que clamam pelo "Full Aspect Dominance", ou "Dominação de Aspecto Total". Leiam as denúncias de Snowden e Assange. Comparem os padrões repetidos em diferentes países e a quais interesses os golpes atendem. Só assim ficará claro que já vivemos uma guerra mundial de 4a geração, na qual se tenta instaurar uma ditadura militar planetária sob o comando estadunidense, para atender aos interesses do grande capital financeiro internacional. Aqueles que têm no topo os 8 homens que sozinhos têm metade da riqueza mundial, mas ainda querem mais.




1773: O Edito da Tolerância da czarina russa


A tolerância a todas as religiões, prevista pelo edito de 17 de junho de 1773, na Rússia, é a imagem de uma monarquia esclarecida e moderna.


Catarina II, a Grande, considerada símbolo do despotismo esclarecido
Catarina 2ª influenciou os rumos da história russa como ninguém. Levando à frente a política expansionista de Pedro, o Grande, esta filha de príncipes alemães transformou a Rússia na maior potência da Europa Oriental. Influenciada pelos pensadores iluministas da Revolução Francesa, Catarina, "a déspota esclarecida", conduziu uma série de reformas na política interna russa.

A 17 de junho de 1773, tornou público seu Edito da Tolerância, que instituiu a liberdade religiosa. Leitora de Montesquieu e Voltaire, a monarca procurava passar uma imagem moderna. Catarina reformou o sistema de educação, dinamizou a vida cultural e atraiu colonos alemães para a região próxima ao Rio Volga. Durante seu reinado, São Petersburgo transformou-se numa das cidades mais bonitas da Europa.

A imperatriz ficou conhecida pela sua perspicácia política e extrema ganância pelo poder. Vários de seus amantes, pertencentes aos círculos nobres russos, tentaram influenciá-la. Em 1762, Catarina conspirou contra seu próprio marido, Pedro 3º, tendo assumido o trono a seguir. O assassinato do czar não foi ordenado por ela, embora nada conste que Catarina tenha feito algo para impedir o fato. Após a morte de Pedro, nenhum obstáculo impediu o domínio absoluto da monarca.

Discípula dos iluministas franceses

Catarina conduziu duas guerras vitoriosas contra o Império Otomano e anexou parte da Polônia à Rússia, que cresceu assustadoramente durante seu reinado.

Ao contrário do que pregava sua imagem de discípula dos iluministas franceses, Catarina governou com punhos de ferro. Apesar de alguns sinais de modernização, suas reformas não trouxeram mudanças essenciais para o conjunto da sociedade russa. Sob seu domínio, as desigualdades sociais tornaram-se ainda mais gritantes.

O regime de servidão foi expandido até a Ucrânia e a política oficial deixou os servos à mercê da nobreza. A rebelião dos agricultores, em protesto contra as condições de miséria absoluta em que viviam, foi sufocada por Catarina no ano de 1774, à custa de muito sangue. O líder da revolta foi executado em praça pública. Além disso, os propósitos da czarina de descentralizar a administração não foram levados à frente.
Voltaire, no entanto, persistiu como um dos grandes admiradores da monarca, alimentando a ilusão de que ela seria a grande defensora dos direitos dos súditos, em nome do Iluminismo. A intenção da imperatriz de realizar uma reforma na legislação foi suficiente para o filósofo francês acreditar que Catarina promovia uma verdadeira revolução iluminista na Rússia.

Um reinado contraditório

A czarina usou de suas boas relações com Voltaire, que se tornou um aliado para seus planos e feitos, enquanto Diderot, que Catarina tentava também convencer de suas boas intenções, não se deixou levar.
O reinado de Catarina foi, em suma, bastante contraditório. Seu Edito da Tolerância, que proibia perseguições religiosas, foi aplicado apenas à parte da Igreja russa ortodoxa, que em meados do século 17 havia se separado oficialmente da Igreja estatal.

Enquanto isso, sob os domínios de Catarina, os judeus foram confinados à parte ocidental do território russo, na distante anexada Polônia. Ritos religiosos judaicos passaram a ser aceitos somente dentro das fronteiras deste território demarcado. A partir de 1791, formaram-se verdadeiros guetos na região.

Também a política expansionista e a ganância pelo poder absoluto da czarina eram contrárias às ideias de Voltaire e do Iluminismo francês. Mas foi exatamente por sua personalidade extremamente ambígua que Catarina, a Grande, tornou-se uma das figuras mais importantes da política mundial.

Autoria Barbara Fischer (am)


Link permanente http://p.dw.com/p/1JmC

sexta-feira, 16 de junho de 2017

1958: Execução do então primeiro-ministro húngaro Imre Nagy


No dia 16 de junho de 1958 foi executado o primeiro-ministro da Hungria, Imre Nagy. Durante a Revolução Húngara de 1956, ele defendeu a autonomia do país em relação à União Soviética e reformas democráticas.


Nascido em 7 de junho de 1896, o húngaro Imre Nagy participou do movimento revolucionário camponês em seu país, antes de emigrar para a União Soviética em 1929, onde viveu muitos anos.

Em 1944, ingressou no Politburo do Partido Comunista e, de volta à Hungria, assumiu o Ministério da Agricultura, realizando uma reforma agrária radical. Por simbolizar o "novo rumo" do socialismo humano, foi nomeado primeiro-ministro em 1953. Mas ocupou o cargo por pouco tempo: dois anos mais tarde, era derrubado pelos stalinistas.

Estudantes nas ruas

No início de 1956, o presidente soviético Nikita Kruchov condenou os métodos stalinistas, reacendendo as esperanças de maior autonomia nos países do bloco. Os trabalhadores poloneses começaram a protestar. Em solidariedade, estudantes húngaros saíram às ruas em 23 de outubro, derrubando uma enorme estátua de Stalin durante os protestos.
O protesto estudantil desembocou numa rebelião popular contra a ocupação soviética da Hungria. Até as Forças Armadas e a polícia participaram das manifestações. Com a revolução nas ruas, o governo caiu, e Nagy foi recolocado no cargo de premiê. Ele reconheceu a revolução no dia 28 de outubro, formou um governo suprapartidário e passou a defender uma democracia parlamentar e a neutralidade política para a Hungria.

Exército Vermelho reimpõe Pacto de Varsóvia

No começo de novembro, Nagy abriu as fronteiras, extinguiu a censura e anunciou a saída da Hungria do Pacto de Varsóvia, a aliança militar dos países do bloco comunista durante a Guerra Fria. Nesse momento, as tropas da repressão soviética já estavam a caminho de Budapeste. János Kádár, primeiro-secretário do PC húngaro e membro do gabinete de Nagy, começou a negociar com Moscou, revogando os poderes do primeiro-ministro.

A resistência contra o Exército Vermelho durou dois dias e custou a vida de 3 mil pessoas. Em 7 de novembro, Kádár chegou a Budapeste como novo chefe de governo. Nagy e alguns assessores e ministros fugiram para a embaixada da Iugoslávia, onde passaram três semanas cercados por tanques soviéticos. Eles só deixaram a embaixada porque Kádár prometeu que não haveria punição.

A promessa não se cumpriu. Nagy foi preso pela KGB e deportado para a Romênia, por se negar a renunciar ao cargo que ocupava em Budapeste. Num processo sumário, ele e alguns ministros foram condenados e executados em 16 de junho de 1958.

Para que ninguém o venerasse na sepultura, foi enterrado em sigilo. Imre Nagy só foi reabilitado em 1989, após o fim do regime Kádár.

Autoria Gábor Halázs

Link permanente http://p.dw.com/p/3bpx


1907: Criação da Corte de Haia



No dia 15 de junho de 1907, a segunda Conferência da Paz de Haia decidiu instaurar uma corte permanente para ajudar na resolução de conflitos internacionais.

Palácio da Paz, sede da corte

Já em 1899 o czar Nicolau 2° da Rússia havia convocado 26 países para uma conferência em Haia. Nesta Primeira Conferência da Paz, ele sugeriu a criação de uma corte arbitral, que mediaria conflitos antes que os países pegassem em armas. Neste sentido, uma "corte permanente" assume seus trabalhos em 1902. Mas ela seria insuficiente.

Somente na segunda Conferência da Paz em Haia é que foi decidida a criação de uma instância jurídica superior, que impusesse sentença aos acusados.

O tribunal seria constituído de juízes que representariam os diferentes sistemas jurídicos do mundo. Sua tarefa seria resolver conflitos entre países, baseando-se nos princípios do Direito Internacional.

A conferência de 1907 teve a participação do brasileiro Rui Barbosa, que em virtude de seu pronunciamento em defesa dos direitos dos países menores, propondo a igualdade entre todas as nações, ganhou o apelido de "Águia de Haia".

Criação da Corte Internacional de Justiça

Os trabalhos foram suspensos durante a Primeira Guerra Mundial, sendo retomados em 1922, ano de criação da Liga das Nações. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Liga deu lugar à Organização das Nações Unidas, e em 1946 a Corte Internacional de Justiça foi integrada à ONU.

Os temas que ocupam a corte são tão amplos que atingem desde questões legais da ocupação do espaço sideral até a exploração do mar profundo, sem contar a quantidade de leis que regulam o comércio, o transporte e as comunicações internacionais. O tribunal também ocupava-se do julgamento de criminosos de guerra, mas estes ganharam um novo fórum, o Tribunal Penal Internacional (TPI), empossado em março de 2003.

Autora: Catrin Möderler (rw)


Link permanente http://p.dw.com/p/3bd8

1946: Fim da Liga das Nações


No dia 18 de abril de 1946, foi dissolvida formalmente a Liga (ou Sociedade) das Nações. Surgida em consequência dos horrores da Primeira Guerra Mundial, na prática ela deixara de existir alguns anos antes.


A dissolução da Liga das Nações, no dia 18 de abril de 1946, não passou de uma formalidade. Na prática, ela deixara de existir alguns anos antes. Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) já havia iniciado suas atividades a 24 de outubro de 1945, como organismo sucessor da Liga.

A Liga (ou Sociedade) das Nações surgiu em consequência dos horrores da Primeira Guerra Mundial e foi a primeira tentativa de consolidar uma organização universal para a paz. Acreditava-se que futuros conflitos só poderiam ser impedidos se fosse criada uma instituição internacional permanente, encarregada de negociar e garantir a paz. O principal precursor da ideia fora o presidente norte-americano Woodrow Wilson (1856–1924).

Proposta do presidente dos EUA

Em janeiro de 1918, Wilson apresentou uma proposta de paz revolucionária, contida em 14 pontos: exigência da eliminação da diplomacia secreta em favor de acordos públicos; liberdade nos mares; abolição das barreiras econômicas entre os países; redução dos armamentos nacionais; redefinição da política colonialista, levando em consideração o interesse dos povos colonizados; e retirada dos exércitos de ocupação da Rússia.

Pretendia também a restauração da independência da Bélgica; restituição da Alsácia e Lorena à França; reformulação das fronteiras italianas; reconhecimento do direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria-Hungria; restauração da Romênia, da Sérvia e de Montenegro, assim como o direito de acesso ao mar para a Sérvia; reconhecimento da autonomia da Turquia a abertura permanente dos estreitos entre o Mar Negro e Mediterrâneo; independência da Polônia; e criação da Liga das Nações (League of Nations).
Após complicadas negociações, sobretudo com a França, que exigia da Alemanha reparações de guerra, foi aprovada em Paris uma versão reformulada do programa de 14 pontos, em 28 de abril de 1919. O estatuto da Liga das Nações foi assinado a 28 de junho do mesmo ano, como parte do Tratado de Versalhes, firmado com a Alemanha. A primeira conferência da nova organização, fundada pelos 32 países vencedores da Primeira Guerra Mundial, foi realizada em 1920, em Genebra.

Razões do fracasso

A Liga das Nações, porém, fracassou por defeitos de origem. Não dispunha de um poder executivo forte, nem contava com representantes da União Soviética e dos Estados Unidos – a nação de seu idealizador. O governo de Moscou não era aceito, e Washington não ingressou na organização por rejeitar o Tratado de Versalhes. Mesmo nos melhores tempos, o número de membros não passou de 50. Já em 1923, tornou-se evidente a fraqueza da Liga, quando os franceses invadiram a região alemã da Renânia, para cobrar reparações de guerra.

Um dos poucos êxitos da organização foi o pacto de segurança firmado entre Alemanha, França, Grã-Bretanha e Bélgica, além da resolução diplomática de alguns conflitos internacionais. Genebra, porém, nada pôde fazer para impedir a crise econômica mundial, no final da década de 20. A miséria geral impulsionou as forças nacionalistas que se opunham ao Tratado de Versalhes.

A invasão da Manchúria pelo Japão, em 1931, foi uma prova do fracasso da Liga das Nações. Condenado um ano e meio depois pelo ato de agressão, o Japão abandonou a organização. A Alemanha seguiu o mesmo caminho a 14 de outubro de 1933. Adolf Hitler, interessado apenas em armar seu país, usou uma série de pretextos para abandonar a conferência de desarmamento e ridicularizar a Liga das Nações.

As invasões da Abissínia pela Itália, em 1935, e da Finlândia, pela União Soviética, em 1939, revelaram que a Liga das Nações não passava de uma organização de fachada. Seu último ato foi expulsar a URSS, que havia sido admitida como membro em 1934. A esta altura, porém, a Segunda Guerra Mundial já estava a pleno caminho, o que frustrou de vez as intenções pacifistas dos idealizadores da Liga das Nações.

Autoria Oliver Ramme (gh)


Link permanente http://p.dw.com/p/1HrD

1920: Primeira assembleia da Liga das Nações


Em 15 de novembro de 1920, foi realizada em Genebra a primeira assembleia-geral da Liga das Nações – a precursora da ONU – com a presença dos representantes de 42 países.


Impedir as guerras, assegurar a paz, dialogar em vez de atirar, negociar em vez de matar – este era o objetivo principal da Liga das Nações, que se reuniu pela primeira vez no dia 15 de novembro de 1920. Havia terminado pouco antes a Primeira Guerra Mundial, que trouxera fome, sofrimento e destruição.

Em janeiro de 1919, as potências vencedoras do conflito reuniram-se em Versalhes, perto de Paris, para negociar um acordo de paz. Um dos pontos do amplo tratado referiu-se à criação de um grêmio internacional, cujo papel seria o de assegurar a paz.

Foi mais fácil falar do que fazer. O idealizador da Liga das Nações foi o presidente americano Woodrow Wilson. E exatamente os Estados Unidos não puderam participar da agremiação, pois o projeto do seu presidente não obteve a aprovação da maioria de dois terços do Congresso americano. Os republicanos temiam as consequências de uma tarefa de policiamento internacional para os EUA.

Alemanha não foi aceita

Tampouco a União Soviética, recém-fundada, quis participar da Liga das Nações. A Alemanha, clara derrotada da Primeira Guerra Mundial, não foi aceita: as potências vencedoras decidiram que o país teria, primeiro, de provar que merecia filiar-se à organização internacional.

O então ministro alemão do Exterior, Ulrich Graf von Brockdorff-Rantzau, ficou indignado com a decisão: "Os crimes na guerra podem ser imperdoáveis, mas eles ocorrem em busca da vitória, por preocupação com a subsistência nacional, numa paixão que torna insensível a consciência dos povos. Somente se as portas da Liga das Nações estiverem abertas a todos os países de boa vontade é que o objetivo será atingido. Somente assim, os mortos da guerra não terão dado as suas vidas em vão".

Durante seis anos, o governo da Alemanha lutou pela filiação à Liga das Nações. Não tanto para defender a paz e a compreensão dos povos, mas sim para atingir uma revisão dos Tratados de Versalhes, nos quais estava fixado, entre outras coisas, quantos milhões de marcos a Alemanha teria de pagar às potências vencedoras como reparação de guerra. E que o país não poderia mais produzir ou adquirir material bélico. Só em 1926, o país ingressaria na Liga das Nações.

A Liga das Nações obteve êxito especialmente no setor social. Ela se engajou de maneira efetiva pela melhoria das condições de trabalho, deu apoio aos países economicamente mais fracos, criou em Haia a Corte Internacional de Justiça e cuidou do problema dos refugiados. Mas a Liga fracassou inteiramente no tocante à garantia da paz mundial. Em 1932, deveria ser realizada uma grande conferência de desarmamento, com a participação dos EUA e da União Soviética.

Esperança de bom senso

O então chanceler alemão Hermann Brünning, extremamente pressionado pelos nazistas liderados por Adolf Hitler, ainda alimentava esperanças de uma vitória do bom senso: "Pela primeira vez na história, os governos se veem aqui confrontados com a tarefa inevitável de criar um plano sensato, justo e amplo para um completo desarmamento e de assegurar o seu cumprimento."

Mas o sonho não se realizou. Quando a conferência finalmente aconteceu, em 2 de fevereiro de 1933, Adolf Hitler já estava no poder na Alemanha há três dias. Ele queria a guerra e buscou um pretexto para fazer com que a conferência fracassasse: "Se o mundo decidir que determinadas armas terão de ser inteiramente destruídas, nós estaremos dispostos a abrir mão delas. Mas, se o mundo aceitar estas determinadas armas em alguns países, não estaremos dispostos a deixar-nos excluir, como um povo com emancipação limitada".

Em outubro de 1933, a Alemanha retirou-se da Liga das Nações e deu andamento à sua política armamentista, sem qualquer controle estrangeiro – tomando rumo direto à catástrofe da Segunda Guerra Mundial. Ainda no mesmo ano, o Japão seguiu o exemplo da Alemanha. A Itália retirou-se da organização em 1937. A Liga das Nações tornou-se assim um "tigre de papel", que se dissolveu após a fundação da ONU – Organização das Nações Unidas.

Autoria Gerda Gericke (am)


Link permanente http://p.dw.com/p/1Mqp

Matéria da Gazeta do Povo ridicularizando pesquisas na área de sociologia e, principalmente, antropologia.


Ridicularizando por que? apenas pelos títulos serem incomuns ou realmente não compreendidos pelo autor da matéria.
Por exemplo "A estética Funk Carioca: criação e conectividade em Mr. Catra". Esta tese de doutorado fala sobre socialidade, criação do social no Rio de Janeiro. Não é importante saber como, numa sociedade complexa como o Rio, se cria vida em um segmento da população? Eu tenho certeza que esse foi um investimento público muito bem feito.
Fui pesquisar o Lattes do Gabriel de Arruda Castro, o sujeito tem um mestrado em Administração pela University of Pennsylvania e NENHUMA publicação científica. NENHUMA!
Desculpe, mas o sujeito avaliou as pesquisas pelos títulos, não leu. MAS, se tivesse lido também não seria capaz de avaliar a qualidade científica dos trabalhos. Não possui nenhum tipo de formação acadêmica nas áreas de sociologia e antropologia. Administração??? sério! Que vergonha Gazeta do Povo! que vergonha!



 Simone Frigo 
No que se refere a politica tudo é possível e ,num "governo " de gangsteres tudo é passível, inclusive usar os instrumentos do estado para calar a ministra do Supremo, pior, fazê-la elogiá-lo, sabe-mo-lo os brasileiros o quão podre é essa administração e seu capo, que usa o recurso público que nega aos servidores públicos para comprar favores dos parasitas do parlamento. Que um ministro do supremo se presta a advogar em beneficio do golpista mor e depois , como juiz desconsidera as provas e como Minerva mantem o criminoso solto, aliás como soltara outros de menor calibre. Estamos vivendo num estado kafkiano e anômico.

Wilson Roberto Nogueira




Respeito todos os credos, até os mais distantes da realidade em geral. Mas a marcha de Jesus é um Ato Politico, que se declara "Apolítico", prega princípios aquém do cristianismo que conheço, reúne pobres p lutar por reformas contra seus próprios direitos em favor do "patrão". Fala de corrupção por um narrador nada probo o tal "Hernandes" e poupa os "amigos.da.igreja" nenhum Fora Temer p seu irmão de tabernáculo... Como se Cristo encenasse uma Paixão a favor dos romanos, pela prosperidade da acumulação e o mérito mesmo diante das opressões e injustiças...coisas como não pense, siga, não olhe a realidade. Ore...

Eyrimar Fabiano Bortot

A IDÉIA DE UM BOM PREFEITO


Seria muito bom para a Cidade e também seria bom pra ele que o prefeito Rafael Greca de Macedo se abrisse para reais e efetivas negociações, com o seu Programa de Reformas sendo tomado como, apenas e não mais que, uma Hipótese inicial de um programa de mudanças.
A primeira condição seria naturalmente a de que desistisse de tocar nos 600 milhões da Previdência, matéria no plano jurídico altamente discutível e duvidosa e que leva jeito de esperteza e de afanação, de consequências drásticas e perigosas para a estabilidade presente e futura da Previdência municipal, consignada ao I.P.M.C..
A premissa de um Novo Trato para Curitiba tem que ser a de que a Crise, que não é apenas local, deve ser superada, sim, com os meios locais, até onde possível. Exercitar aqui uma não tímida nem fraca imaginação.
Segunda premissa, para o Novo Trato, estreitamente ligada à primeira, tem que ser a de que somente num novo ciclo de desenvolvimento econômico residem as soluções para o impasse da hora presente, novamente reafirmando o emprego dos meios locais. Bom exemplo deste tipo de iniciativa é o Vale do Pinhão.
Terceira premissa, a de que somente a demonstração cabal e insofismável de que um Aperto de Cinto está em efetivo andamento, com a indisfarçada enxugação dos cargos comissionados, hoje em franca expansão, pode e deve ser considerada como premissa para a quarta. a saber. Aguardam-se voluntários para a demissão.
Quarta premissa, a de que qualquer sacrifício dos direitos atuais do Serviço Público seja, primeiro, temporário, e, segundo, condicionado a um Plano de Ação que também os Servidores reconheçam como legítimo e efetivamente endereçado aos problemas atuais da Cidade.
Pede um sacrifício hoje, acena com uma compensação amanhã.
Falar nisso, qual é o Plano de Governo? Onde será gasto o
dim dim dos impostos?
Quinta premissa, a de um Código de Honra passará a reger o Serviço Público Municipal, acompanhado de garantias proporcionais ao conjunto de sacrifícios e empenhos a ser exigido do Servidor do Município de Curitiba.
Uma idéia nipônica. Vai pedir ao samurai o sacrifício último? Então trate-o como samurai.
A filosofia aqui tem que ser a de que os Servidores municipais não são o Problema de Curitiba, mas uma boa parte da Solução e a mais decisiva condição de sua vitoriosa e unânime Construção.
Noutras palavra, caro Rafael Greca de Macedo, a trilhar o sendeiro atual Vosmecê não vai chegar a lugar algum.
Contudo, o mandato conferido a Vosmecê pelo corpo de eleitores em 2016 significa que Vosmecê é e está reconhecido como Prefeito dos curitibanos.
O que significa que de nenhum outro cidadão a Cidade espera mais do que de Vosmecê.
Pelo caminho da marra, não vai alcançar senão um belo pé-de-guerra. As medidas podem até vir a passar, na Câmara. O Pier vem fazendo uma forte articulação. Do outro lado, é verdade, estão o Goura Nataraj e os outros sete Vereadores. Eles vão incomodar, ainda que isso seja só um detalhe.
Mas elas, as medidas, nos termos em que estão, são apenas a porta de um Pesadelo. Precisa detalhar?
Curitiba merece muito mais e melhor que esse triste beco-sem-saída.
Um cara que lidere a Cidade PRA FRENTE, prum novo ciclo de riqueza e prosperidade, arrimado e apoiado por um corpo do Serviço Público motivado, reconhecido e admirado, com metas claras e gerais, a serem estabelecidas por acordo geral, eis o Prefeito de que a Cidade precisa.
Juro que já não sei se Vosmecê ainda se encaixa no papel. A sequência robusta de decisões que chegam a ser incompreensíveis chega a abalar o velho Orgulho que sentimos pela Cidade.
Mas ainda torcemos por uma Virada.
Nada menos do que um Revolução de Conceitos na cabeça do intelectual Rafael Greca de Macedo, a ser resolvida só por ele, pode ainda devolver a Curitiba a idéia de um bom Prefeito.
Tenho cá as minhas dúvidas. Acho mesmo que vai prevalecer apenas o velho Orgulho, o auto-referenciamento obsessivo.
Mas tenho o dever de ter alguma esperança.


Jaques Brand

quinta-feira, 15 de junho de 2017

O Brasil inaugura uma nova e aprimorada forma de guerra civil. Não é mais os os injustiçados e excluídos que revoltam-se, são os regalados que por algum tipo de justiça esdrúxula rebelaram-se e com o aparato do estado que controlam tentam o suicídio e a destruição do país, destruindo suas indústrias e a base da sua pirâmide social, tudo o que os alimenta. Não deixa de ter algo de uma grotesca justiça poética. De pratico se salvarão uma centena de urubus dourados em exílio em qualquer outro lugar, aqui seremos ou pó ou inferno.

A era é evangélica, sugiro então recordarem o sonho de Nabucodonozor.

Inês Monguilhott

Quem são os "fascistas"?


Quando os sindicatos dos servidores solicitaram ao Greca que estabelecesse uma mesa de negociação para debater os projetos que afetam as carreiras e retiram diretos dos trabalhadores municipais, o prefeito mandou que debatessem na Câmara, pois as medidas já estavam em tramitação no parlamento.
Quando os sindicatos buscaram estabelecer um diálogo com os vereadores, para que debatessem os projetos antes de vota-los, a maioria dos parlamentares não deu nenhuma importância, pondo em regime de urgência as medidas, sem aceitar qualquer conversa, e queriam impor as mudanças sem negociação.
Até aí, nenhum pio dos editores da Gazeta.
Daí, quando os servidores se organizam, fazem uma greve e fecham as portas da Câmara, exigindo respeito e diálogo, os editores do jornais os chamam de "fascistas".
A reação dos servidores ao autoritarismo da prefeitura e da maioria dos vereadores não tem nada de "fascismo". Trata-se da maior expressão da democracia, que somente pode se estabelecer quando há interlocução e diálogo. Se não há, os trabalhadores tem todo direito e razão em utilizar os seus instrumentos coletivos de luta para se defender.
A Gazeta se transformou em uma Veja piorada, assumindo o mesmo papel de inverter valores e atacar sempre os trabalhadores, se transformando em apenas no panfleto de uma elite retrógrada


ACBM

terça-feira, 13 de junho de 2017

GERALDO ALCKMIN: O ESTRANHO APOIO A TEMER


De forma surpreendente, o Governador de São Paulo vem sendo o sustentáculo do presidente indireto dentro do PSDB. Quando Temer assumiu com a vitória da conspiração parlamentar, Alckmin declarou que não estava contra nem a favor. Agora fez dois discursos defendendo a permanência de Temer no Governo.

O primeiro, na sexta feira, logo depois da votação do TSE. O segundo, ontem, ainda mais conclusivo, considerando que Temer tem de terminar o mandato. (desde quando Michel Temer tem mandato com prazo para terminar, se ele não disputou eleição presidencial?)

Há 23 anos, toda a vida política e eleitoral de Alckmin se reduzem e se encerram no governo de São Paulo. Em 1994 foi vice de Mario Covas, candidato a governador de S.P.. Cumpridos os 4 anos, em 1998, disputaram a reeleição. Ganharam com Mario Covas quase sem poder tomar posse, extremamente doente. Morreria em 2001 com Alckmin, vice, assumindo o governo. Em 2002 se reelegeu. Em 2006 se desincompatibilizou , disputou a presidência da republica e foi derrotado.

Em 2010 foi novamente eleito governador, e reeleito em 2014. Considerava e considera que em 2018 a vez dentro do PSDB seria novamente dele, já que Serra fora derrotado duas vezes e Aécio em 2014. (tudo isso, antes da crise política, econômica e moral que domina o país).

Fica visível, nessa contradição política e eleitoral do Governador Alckmin, que ele admite que será muito melhor para a tão almejada candidatura dele, que Temer permaneça até 2018.



 Helio Fernandes

Fuga de muerte

“Fuga de muerte” (“Todesfuge”), escrito en 1948 y publicado en el volumen Amapola y memoria, de 1952.

Me voy a permitir transcribirla completa, en traducción de Jesús Munárriz:

Leche negra del alba la bebemos al atardecer
la bebemos al mediodía y a la mañana la bebemos de noche
bebemos y bebemos
cavamos una fosa en los aires allí no hay estrechez.

En la casa vive un hombre que juega con las serpientes que
    escribe
que escribe al oscurecer a Alemania tu cabello de oro Margarete
lo escribe y sale a la puerta de casa y brillan las estrellas silba
    llamando a sus perros
silba y salen sus judíos manda cavar una fosa en la tierra
nos ordena tocad ahora música de baile.

Leche negra del alba te bebemos de noche
te bebemos de mañana y al mediodía te bebemos al atardecer
bebemos y bebemos
un hombre vive en la casa tu cabello de oro Margarete tu cabello
    de ceniza Sulamita él juega con serpientes.

Grita tocad más dulcemente a la muerte la muerte es un amo de
    Alemania
grita tocad más sombríamente los violines luego subiréis como
    humo en el aire
luego tendréis una fosa en las nubes allí no hay estrechez.

Leche negra del alba te bebemos de noche
te bebemos al mediodía la muerte es un amo de Alemania
te bebemos al atardecer y a la mañana bebemos
y bebemos la muerte es un amo de Alemania su ojo es azul
te alcanza con bala de plomo te alcanza certero
un hombre vive en la casa tu cabello de oro Margarete
azuza sus perros contra nosotros nos regala una fosa en el aire
acosa con las serpientes y sueña la muerte es un amo de
    Alemania
tu cabello de oro Margarete
tu cabello de ceniza Sulamita1.
Paul Celan


Em 1944 muitos nazistas possuíam o ditado - Aproveitem o que resta da continuidade da guerra porque a paz será terrível para nazistas. O mesmo vale para golpistas do Brasil de 2017 - Aproveitem o que resta da continuidade do golpe porque o retorno da democracia será terrível para golpistas ! A constatação é que não há mais saída do golpe para Temer, Aécio, o PMDB e o PSDB. Vão afundar até o fim juntos com o golpe. Depois do que aconteceu com as malas da JBS, os golpistas Temer e Aécio já não respondem mais e nem se importam com o que resta de pressão da PGR, PF e STF sobre seus crimes, fingem normalidade com seus asseclas para continuarem governando, como se nada tivesse acontecido, administrando e ameaçando seus cúmplices nos vários poderes, o que só revela a textura moral, política e humana terminal deles e de seus apoiadores. O retrato desses dois chefes políticos é o retrato existencial das baixarias e falcatruas de sempre da elite brasileira, a baixa estatura civilizatória de grupos da classe dominante brasileira em sua medíocre existência de farsas. Quanto mais se debaterem e movimentarem, mais a lama movediça os tragará cada vez mais para o fundo enlameado.


Ricardo Costa de Oliveira

domingo, 11 de junho de 2017

Sérgio Braga______________Constatações de um grupo focal entre os cidadãos de bem. Esta semana fiz um curso de reciclagem no Detran, muito bom por sinal, e aproveitei para fazer uma espécie de "grupo focal" com o cidadão mediano infrator de trânsito sobre o processo político brasileiro contemporâneo. Dentre outras coisas que aprendi no curso, destaco as seguintes: (1) o discurso "anti-golpe" e do "estado de exceção" do oficialato petista não tem a menor aderência no eleitor mediano. Muitos consideram que se trata apenas de uma estratégia do PT para vitimar-se e unificar a "esquerda" em torno de si mesmo e do "lulismo", conservando sua hegemonia sobre o que resta de esquerdistas. O cidadão de bem considera que estamos vivemos numa democracia, embora corrupta, e que o impedimento de Dilma foi legal e legítimo, provocado pelas trapalhadas da própria presidenta e de Lula; (2) as acusações contra Aécio e outros tucanos de alto calibre impactaram fortemente o cidadão de bem, que se mostra perplexo e revoltado com as acusações. Entretanto, um argumento frequentemente utilizado é o de que "Nós punimos nossos corruptos e não os protegemos como os petistas"; (3) O cidadão de bem não tem a menor simpatia por Temer, mas considera que ele chegará até o final do governo, já que não há alternativas melhores colocados no presidente momento. O apoio à Lava Jato e aos "menudos de Curitiba" permanece forte, mas parece estar arrefecendo o ânimo de participar de manifestações públicas de apoio à mesma. (4) A raiva contra o PT também continua forte, mas estranhamento alguns outros esquerdistas são poupados e possuem menções positivas, tais como Aldo Rebelo, Flávio Dino e alguns outros. São apenas constatações sem o menor viés normativo, esclareço.

 Pois é, também me surpreendeu essa menção positiva, pois eu julgava que todas os comunistas comiam criancinhas. Entretanto, outros "vermelhos" também tiveram menção positiva, tais como Raul Jungman (muitos o consideram comunista, por ser do PPS), Chico Alencar etc. Marcelo FReixo é considerado um petralha enrustido (rs)...

Márcio Cunha Carlomagno_____________________ Estou impressionado com o cidadão mediano conhecer estes nomes, como Rebelo, Dino e Jungmann. Cá entre nós, não me parece que sejam exatamente "líderes nacionais" ou tenham forte apelo midiático fora de seus estados de origem.
Adriano Codato A Causa Operária continua sendo o único farol de racionalidade em meio a esse caos de paradigmas epistêmicos...

Adriano Codato http://causaoperaria.org.br/.../o-segundo-dia-julgamento.../

Adriano Codato Está aí uma análise que o professor Sérgio Braga assinaria.

Sérgio Braga Adriano Codato Eu preferiria dizer que são grupos estatutários weberianos ("elites burocráticas") orientados por interesses próprios de aquisição de status social e potência de mando (rs). Já está mais do que na hora de organizar uma dissidência desse nosso PCO aí, prof....
Adriano Codato Quem sabe um grupo de leitura de "Economia e Sociedade"?! ;)

Sérgio Braga Adriano Codato Depois da releitura de Talcott Parsons essa obra se tornou obsoleta. 

Firmino José Torres Ribeiro Sérgio Braga , deve ser o PCdo B do Ratinho, que abandonou o marxismo e aderiu ao queijo da burguesia

Dennison de Oliveira Parece ser uma amostra significativa. No mais é espantoso como a petralhada segue ignorando ou fazendo de conta que consegue ignorar o asco e repulsa que despertam entre pessoas comuns, em tudo similar à rejeição devotada aos milicos ao fim do regime deles

Sérgio Braga Também tenho essa impressão, Prof. Dennison de Oliveira, mas só o tempo dirá se ela é verdadeira. Espero que estejamos enganados. Agrego também a rejeição da população aos regimes do leste europeu e aos partidos comunistas a eles atrelados no final dos anos 80. Pelos meus cálculos, são necessárias três derrotas eleitorais consecutivas para que políticos desalojados do poder sofram um choque de realidade. Ainda faltam duas, portanto...

Camilo De Oliveira Aggio O cidadão de bem curitibano. Tratam-se de seres políticos bem singulares neste momento.



Escreva um comentário...

construção do Paraná Europeu

Ricardo Costa de Oliveira___________Uma das pesquisas atualmente desenvolvidas no Núcleo de Estudos Paranaenses (NEP-UFPR) é sobre a "construção do Paraná Europeu", de Leonardo Micheleto. Duas obras são essenciais: A Terra do Futuro, de Nestor Vitor (1913) e O Brasil Diferente, de Wilson Martins (1955). 

São "quase discursos oficiais", autorizados e subvencionados pelos interesses do poder estabelecido. Dentro da metodologia de investigação elaborada pelo NEP, uma sociologia política crítica dos intelectuais paranaenses tematiza os conceitos de classe social, espírito de família e genealogia, vide a importante obra de Maria Julieta Weber Cordova (Bento, Brasil e David: O discurso regional de formação social e histórica paranaense). Nestor Vitor era nascido em Paranaguá, com suas origens sociais, familiares e trajetória relativamente conhecidas. A novidade é que as origens de Wilson Martins, dado como nascido em São Paulo em 1921, eram invisibilizadas e serão decifradas, bem como a sua agenda social e política esclarecidas. O pai de Wilson Martins era professor de português e foi advogado provisionado em São Paulo. Veio fugindo da polícia e da justiça paulista para o Paraná. Aqui teve inserções profissionais, políticas e foi preso para ser julgado em São Paulo. O pai de Wilson Martins, Himelino Martins, nascido em Portugal, foi acusado na imprensa local de ter sido "polygamo, falsificador e sátiro". Como pode um filho de um imigrante português, brasileiro de primeira geração, como Wilson Martins, ter construído uma ideologia invisibilizando a experiência colonial portuguesa, os índios, africanos, negros e a própria centralidade da escravidão no Paraná, ao concluir "O Brasil Diferente: "Assim é o Paraná. Território que, do ponto de vista sociológico, acrescentou ao Brasil uma nova dimensão, a de uma civilização original construída com pedaços de todas as outras. Sem escravidão, sem negro, sem português e sem índio, dir-se-ia que a sua definição não é brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expansões temperamentais, despojado de adornos, sua história é a de uma construção modesta e sólida e tão profundamente brasileira que pôde, sem alardes, impor o predomínio de uma ideia nacional a tantas culturas antagônicas. E que pôde, sobretudo, numa experiência magnífica, harmonizá-las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que não ascendeu a própria Europa, de onde elas provieram. Assim é o Paraná.

(MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fenômenos de aculturação no Paraná. 2. ed. São Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.). Ideologias oficiais e burguesas, relativizando o racismo, a desigualdade social, estrutural e histórica protagonizada por algumas das mesmas famílias da classe dominante tradicional há séculos.

A Construção do Paraná "Europeu" | Micheleto | Revista NEP - Núcleo de Estudos Paranaenses da UFPR
A Construção do Paraná "Europeu"
REVISTAS.UFPR.BR

Uma das pesquisas atualmente desenvolvidas no Núcleo de Estudos Paranaenses (NEP-UFPR) é sobre a "construção do Paraná Europeu", de Leonardo Micheleto. Duas obras são essenciais: A Terra do Futuro, de Nestor Vitor (1913) e O Brasil Diferente, de Wilson Martins (1955). São "quase discursos oficiais", autorizados e subvencionados pelos interesses do poder estabelecido. Dentro da metodologia de investigação elaborada pelo NEP, uma sociologia política crítica dos intelectuais paranaenses tematiza os conceitos de classe social, espírito de família e genealogia, vide a importante obra de Maria Julieta Weber Cordova (Bento, Brasil e David: O discurso regional de formação social e histórica paranaense). Nestor Vitor era nascido em Paranaguá, com suas origens sociais, familiares e trajetória relativamente conhecidas. A novidade é que as origens de Wilson Martins, dado como nascido em São Paulo em 1921, eram invisibilizadas e serão decifradas, bem como a sua agenda social e política esclarecidas. O pai de Wilson Martins era professor de português e foi advogado provisionado em São Paulo. Veio fugindo da polícia e da justiça paulista para o Paraná. Aqui teve inserções profissionais, políticas e foi preso para ser julgado em São Paulo. O pai de Wilson Martins, Himelino Martins, nascido em Portugal, foi acusado na imprensa local de ter sido "polygamo, falsificador e sátiro". Como pode um filho de um imigrante português, brasileiro de primeira geração, como Wilson Martins, ter construído uma ideologia invisibilizando a experiência colonial portuguesa, os índios, africanos, negros e a própria centralidade da escravidão no Paraná, ao concluir "O Brasil Diferente: "Assim é o Paraná. Território que, do ponto de vista sociológico, acrescentou ao Brasil uma nova dimensão, a de uma civilização original construída com pedaços de todas as outras. Sem escravidão, sem negro, sem português e sem índio, dir-se-ia que a sua definição não é brasileira. Inimigo dos gestos espetaculares e das expansões temperamentais, despojado de adornos, sua história é a de uma construção modesta e sólida e tão profundamente brasileira que pôde, sem alardes, impor o predomínio de uma ideia nacional a tantas culturas antagônicas. E que pôde, sobretudo, numa experiência magnífica, harmonizá-las entre si, num exemplo de fraternidade humana a que não ascendeu a própria Europa, de onde elas provieram. Assim é o Paraná.
(MARTINS, W. Um Brasil diferente: ensaio sobre fenômenos de aculturação no Paraná. 2. ed. São Paulo: T. A Queiroz, 1989. p. 446.). Ideologias oficiais e burguesas, relativizando o racismo, a desigualdade social, estrutural e histórica protagonizada por algumas das mesmas famílias da classe dominante tradicional há séculos.

A Construção do Paraná "Europeu" | Micheleto | Revista NEP - Núcleo de Estudos Paranaenses da UFPR
A Construção do Paraná "Europeu"
REVISTAS.UFPR.BR 

Walmir Braga Júnior _____________________Um tema muito legal e que desafia a todos nós. Por sua enorme eficácia e penetração social, o mito de uma Curitiba europeia é o mais importante da história paranaense. Em minha dissertação, ao eleger como um dos níveis de análise a história de Curitiba, também esbarrei nele. Fiz duas observações: 1) como o mito foi moldado de modo a aproximar-se do self made man norte-americano, ao eleger o alemão protestante como símbolo da identidade paranaense; e 2) como, nos anos 1920, sua caracterologia irá se opor diametralmente a certos elementos valorizados em São Paulo (o que faz com que o "tipo paranaense" e Macunaíma sejam o diametral oposto um do outro). É interessante ver como esse mito sempre volta, aliando-se a grandes interesses políticos e econômicos. Nas entrevistas com Jaime Lerner e Greca sobre Poty, ele veio a contrabando. O estudo sobre o mito e sua caracterologia merecem ser aprofundados.

João Simões Lopes Filho ______________________Seria interessante um entendimento de como se formam grandes áreas socio-culturais dentro do Brasil e como cada unidade da federação constrói sua própria identidade, com o adicional de como essa identidade é vista pelas outras. Daí surgem estereótipos como o carioca, o paulista, o mineiro, o cearense, o nordestino, o caipira, etc.

A gente nota por exemplo uma sobreposição de duas grandes áreas "culturais" (me foge agora um termo mais adequado): o Brasil Bandeirante que de certa forma cobre quase todo o interior do Sul e Sudeste, e avança sobre o Centro-Oeste e vem colonizando áreas agrícolas de Rondônia, Pará e Roraima. É o país dos fazendeiros, dos sertanejos. Outra é a do Brasil Sulino Europeizado, que une a Região Sul, inclusive seus centros urbanos, avança para São Paulo e Mato Grosso. Na área urbana de São Paulo a identidade europeizada mais reforçada é a italiana que alemã. O importante dessa europeização brasileira sulista é que ela é fervorosamente anti-portuguesa, anti-ibérica e anti-latino-americana. Talvez chegue no Rio de Janeiro apenas em redutos de elite, eventualmente com raízes sulistas, ou em descendentes de imigração europeia mais recente. Esse Brasil Europeizado rejeita o ibérico, o latino-americano, o africano, o índio, o favelado, o nordestino, e em certa medida, o carioca como estereótipo do favelado-miscigenado-sambista.

Por outro lado há um certo Brasil Sulista Praiano, que vai do Espírito Santo até Rio Grande, que de certa forma rejeita o elemento "caipira" e também pode em sua elite almejar uma Europeização.


sábado, 10 de junho de 2017

Alexandrov Ensemble (Red Army Choir) - Whole Concert

Alexandrov Ensemble (Red Army Choir) - Whole Concert

Palavras ou termos russos

poshlost:  trivialidad, la vulgaridad, la promiscuidad sexual y la falta de alma”, explica la profesora Svetlana Boym

nadryv. . Esta palabra describe un arrebato emocional incontrolable, cuando una persona saca fuera sentimientos profundos y escondidos. implica una situación en la que el protagonista se entrega a un pensamiento: a encontrar su alma, que quizá ni tan siquiera exista.  Por eso eso el nadryv a menudo se expresa de manera exagerada y con sentimientos distorsionados.

“Jamstvo: rudeza, arrogancia e indolencia multiplicadas por la impunidad”.  es precisamente la impunidad la que nos aniquila completamente. Resulta imposible luchar contra ella y solo es posible la resignación.
Stushevatsya :ser menos apreciable, desplazarse hacia un segundo plano, perder un papel importante, quedarse confundido en una situación inesperada o extraña, volverse dócil.

Toská :Dolor emocional” o “melancolía”, pero estos términos no llegan a transmitir el significado completo. . Es un sentimiento de sufrimiento espiritual sin una causa particular. En un nivel menos doloroso se refiere a un confuso dolor del alma... a una vaga ansiedad, a la nostalgia, al anhelo amoroso”.

Bytie : palabra proviene del verbo  byt (existir). Este concepto filosófico se suele traducir como “existencia”, “ser”. Sin embargo no se refiere solamente a la vida o la existencia sino a "la existencia de una realidad objetiva independiente de la conciencia humana (el cosmos, la naturaleza, la materia)".

 Bespredel :El profesor de lenguas eslavas Eliot Borenstein explica bespredel literalmente: “sin restricciones o límite”. A menudo se traduce como “desmadre”, “ausencia de leyes”, pero también se refiere al comportamiento de una persona que no solo viola ley sino que carece de normas sociales o morales.

Avos:Resulta difícil explicar lo que significa esta palabra. Curiosamente mucha gente cree que avos es uno de los principales rasgos de Rusia. Tener esperanza en el avos significa hacer algo sin planear, por ventura, sin poner demasiado esfuerzo y esperando que tenga éxito.

 Yurodivi :En la antigua Rusia eran personas que renunciaban voluntariamente a los placeres en nombre de Cristo. Tenían el aspecto de locos vagabundos. Llevaban una vida que tenía como principal objetivo obtener la paz interior y la derrota de la principal fuente de pecado: el orgullo. Estaban valorados socialmente y considerados como cercanos a Dios. Se tomaban en cuenta sus profecías e incluso eran temidos.

 Podvig:A menudo se traduce al español como “gesta” o “hazaña” pero tiene otros sentidos. Podvig no solamente es el resultado de la consecución de un logro o un objetivo. Se trata de un acto valiente y heroico realizado en circunstancias difíciles. En ruso se habla de podvig militares o sociales pero también de científicos.

Es más, esta palabra es sinónimo de actos desinteresados, que pueden ser en nombre del amor.

Depois da implosão das grandes religiões institucionalizadas

Depois da implosão das grandes religiões institucionalizadas, restou-nos a autoajuda, a religião do capitalismo tardio, o simulacro religioso da pós-modernidade. Aqui não há opressão (nenhum faraó a ser vencido, nenhuma Babilônia a ser derrubada), nem mesmo pecado (pois se houvesse havia o risco de se atribuí-lo aos detentores do capital). Aqui há só que mentalizar de maneira correta e dizer as palavras certas -- e a portas do sucesso (profissional, financeiro, sexual) se abrirão de par em par para você. Há nessa nova religião algumas palavras-chave: foco, empreendedorismo e uma série de termos em inglês, o latim litúrgico do novo rito. Se o calvinismo, segundo Max Weber, foi a religião da aurora do capitalismo, a autoajuda é seu sucedâneo nesses tempos de decadência hipermoderna. Nada de virtude, nada de morigeração, nada de sacrifícios. O paraíso é agora. O céu está ao alcance de um clique. Basta mudar sua forma de pensar e de falar. E se não der certo? Aí azar o seu, meu irmão. Também não há misericórdia nessa religião. Nem purgatório. Só o inferno dos derrotados.

Otto Leopoldo Winck


ELEMENTAR MEU CARO WATSON, FRAUDE EXPLICA...

"Já repararam um " fenômeno" que ocorre no nosso judiciário que é a "genialidade" dos filhos de magistrados e procuradores de se perpetuar nas tetas da viúva em que pese os dificílimos concursos que não justifica a existência de tantas antas e jumentos lá dentro?
Porém como não existe controle externo desse poder monstruoso tranquilamente gabaritos ou números de matrículas privilegiados são aquinhoados para perpetrarem seus domínios desse poder aparentemente impune e inimputável de poucos e perpétuos donos.
As provas que eu tenho disso? Ora são bem mais robustas que as do Dallagnol contra o Lula no caso do triplex, são convicções extremas de domínio público e de amplo conhecimento que só a fraude explica tamanha sapiência hereditária como as capitanias."

Rubens Rubem Gonzalez
Temer o STJ
Temer o MP
Temer a mídia
Temer o silêncio da maioria
Temer o Temer


atw

O povo brasileiro é em sua maioria generoso e cordial

"O povo brasileiro é em sua maioria generoso e cordial. Violenta e repressiva é a elite brasileira. Sempre que ocorre algum avanço na base popular em termos de consciência de direitos e de busca de maior participação política, ocorre um golpe das oligarquias que colocam o povo no seu lugar, quer dizer, na marginalidade. Se não houver uma transformação nas estruturas econômicas e sociais que gerem um maior equilíbrio, jamais teremos paz social."
Leonardo Boff, via Roberto Pereira

Clóvis Manfrini Souto Calado ________________Discordo totalmente. A maioria do povo é conservador extremo e tende a repetir a truculência e violência da elite que a domina. Vamos parar de ignorar que hoje 1/5 da população, o que é muita gente, se identifica com o fascismo tupiniquim de Bolsonaro (e outros) e são conscientes disso. Essa mesma maioria sustentava conscientemente a Ditadura Militar que só caiu quando o bolso dessa maioria começou a esvaziar. Não criemos ilusões. Se um dia tivermos uma Revolução Social, vai faltar bala para aniquilar tanto/a filho/a da puta...

Otto Leopoldo Winck ______________________Até que ponto o povo é assim ou ficou assim por conta da lavagem diária da mídia e do massacre de uma sociedade do capitalismo arcaico?... Com a reposta os sociólogos e historiadores.

Clóvis Manfrini Souto Calado _________________Otto Leopoldo Winck Vejo mais como problemas na origem mesmo. Nós já começamos e continuamos com uma estrutura arcaica, medieval, principalmente o poder que o grande latifúndio ainda exerce, algo que países que romperam com o atraso no campo, reforma agrária por exemplo, conseguiram avançar e diminuir o conservadorismo. Mesmo a extrema-direita nos países desenvolvidos é mais avançada ideologicamente que nossa extrema-direita que elege um palhaço (Bolsonaro) como representante forte.

Otto Leopoldo Winck __________________Clóvis: sim, nem pela revolução burguesa passamos inteiramente. Nossa estrutura ainda é é semi-feudal. Nunca tivemos nem uma revolução meia-boca: tal não foi a Independência, nem a República. O mais perto de uma revolução (burguesa) foi a Revolução de 30, cujos modestos avanços estão sendo desmontados agora.


Clóvis Manfrini Souto Calado ______________Otto Leopoldo Winck Sim, mas a etapa próxima é a revolução das classes trabalhadoras (campo e cidade) e setores progressistas, hegemonizada pelos trabalhadores, para desenvolver esse país de fato e alicerçando para o socialismo. A burguesia já liderou vários processos reformistas e só tornaram o país mais desigual e atrasado, agora precisam sair de cena e deixar o protagonismo para as classes que citei. Quanto mais adiamos essa revolução que livraria de vez o Brasil dos resquícios feudais e coloniais, mais nos afundamos enquanto país e civilização.