Por Thomas de Toledo:
Quando se observam os golpes de Estado mundo afora, nota-se
uma engenharia padrão que começa com protestos difusos e termina com a
"mudança de regime". Por detrás deles, estão sempre os Estados
Unidos, seus serviços de inteligência (CIA e NSA) e a mala preta bilionária do
NED, que financia a oposição. Foi assim nas "revoluções coloridas" de
leste europeu, na "primavera árabe". Depois em Honduras, Paraguai e
Brasil, combinando o parlamento e o judiciário. Na Síria e na Venezuela, apesar
dos fracassos golpistas, a luta se radicalizou. Agora, os Estados Unidos lançam
uma operação ousada contra a Rússia. As associações com o Brasil são
inevitáveis, vide que até o símbolo do movimento é um pato amarelo. Como em
qualquer lugar, os Estados Unidos fabricam seus títeres. Na Rússia, apostam
numa liderança no estilo Macri-Macron-Dória, um blogueiro que como a cubana
imperialista Yoanne Sanchez, recebe dinheiro para promover a desmoralização do
próprio país. Para realizar esse tipo de golpe, é preciso ter o controle da
mídia e das redes sociais para fabricar a narrativa oficiosa. Derrubar o
governo é apenas o primeiro passo. Precisa-se, em seguida, controlar os
recursos locais através das privatizações e ocupar o território com a construção
de bases militares. Segue no alvo todos os países que outrora os Estados Unidos
chamavam de "eixo do mal" e aqueles de economia emergente. No
entanto, se acha que tudo não passa de conspiração, conheça os documentos dos
Estados Unidos que clamam pelo "Full Aspect Dominance", ou
"Dominação de Aspecto Total". Leiam as denúncias de Snowden e
Assange. Comparem os padrões repetidos em diferentes países e a quais
interesses os golpes atendem. Só assim ficará claro que já vivemos uma guerra
mundial de 4a geração, na qual se tenta instaurar uma ditadura militar
planetária sob o comando estadunidense, para atender aos interesses do grande
capital financeiro internacional. Aqueles que têm no topo os 8 homens que
sozinhos têm metade da riqueza mundial, mas ainda querem mais.
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