De forma surpreendente, o Governador de São Paulo vem sendo
o sustentáculo do presidente indireto dentro do PSDB. Quando Temer assumiu com
a vitória da conspiração parlamentar, Alckmin declarou que não estava contra
nem a favor. Agora fez dois discursos defendendo a permanência de Temer no
Governo.
O primeiro, na sexta feira, logo depois da votação do TSE. O
segundo, ontem, ainda mais conclusivo, considerando que Temer tem de terminar o
mandato. (desde quando Michel Temer tem mandato com prazo para terminar, se ele
não disputou eleição presidencial?)
Há 23 anos, toda a vida política e eleitoral de Alckmin se
reduzem e se encerram no governo de São Paulo. Em 1994 foi vice de Mario Covas,
candidato a governador de S.P.. Cumpridos os 4 anos, em 1998, disputaram a
reeleição. Ganharam com Mario Covas quase sem poder tomar posse, extremamente
doente. Morreria em 2001 com Alckmin, vice, assumindo o governo. Em 2002 se
reelegeu. Em 2006 se desincompatibilizou , disputou a presidência da republica
e foi derrotado.
Em 2010 foi novamente eleito governador, e reeleito em 2014.
Considerava e considera que em 2018 a vez dentro do PSDB seria novamente dele,
já que Serra fora derrotado duas vezes e Aécio em 2014. (tudo isso, antes da
crise política, econômica e moral que domina o país).
Fica visível, nessa contradição política e eleitoral do
Governador Alckmin, que ele admite que será muito melhor para a tão almejada
candidatura dele, que Temer permaneça até 2018.
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