Seria muito bom para a Cidade e também seria bom pra ele que
o prefeito Rafael Greca de Macedo se abrisse para reais e efetivas negociações,
com o seu Programa de Reformas sendo tomado como, apenas e não mais que, uma
Hipótese inicial de um programa de mudanças.
A primeira condição seria naturalmente a de que desistisse
de tocar nos 600 milhões da Previdência, matéria no plano jurídico altamente
discutível e duvidosa e que leva jeito de esperteza e de afanação, de
consequências drásticas e perigosas para a estabilidade presente e futura da
Previdência municipal, consignada ao I.P.M.C..
A premissa de um Novo Trato para Curitiba tem que ser a de
que a Crise, que não é apenas local, deve ser superada, sim, com os meios
locais, até onde possível. Exercitar aqui uma não tímida nem fraca imaginação.
Segunda premissa, para o Novo Trato, estreitamente ligada à
primeira, tem que ser a de que somente num novo ciclo de desenvolvimento
econômico residem as soluções para o impasse da hora presente, novamente
reafirmando o emprego dos meios locais. Bom exemplo deste tipo de iniciativa é
o Vale do Pinhão.
Terceira premissa, a de que somente a demonstração cabal e
insofismável de que um Aperto de Cinto está em efetivo andamento, com a
indisfarçada enxugação dos cargos comissionados, hoje em franca expansão, pode
e deve ser considerada como premissa para a quarta. a saber. Aguardam-se
voluntários para a demissão.
Quarta premissa, a de que qualquer sacrifício dos direitos
atuais do Serviço Público seja, primeiro, temporário, e, segundo, condicionado
a um Plano de Ação que também os Servidores reconheçam como legítimo e
efetivamente endereçado aos problemas atuais da Cidade.
Pede um sacrifício hoje, acena com uma compensação amanhã.
Falar nisso, qual é o Plano de Governo? Onde será gasto o
dim dim dos impostos?
Quinta premissa, a de um Código de Honra passará a reger o
Serviço Público Municipal, acompanhado de garantias proporcionais ao conjunto
de sacrifícios e empenhos a ser exigido do Servidor do Município de Curitiba.
Uma idéia nipônica. Vai pedir ao samurai o sacrifício
último? Então trate-o como samurai.
A filosofia aqui tem que ser a de que os Servidores
municipais não são o Problema de Curitiba, mas uma boa parte da Solução e a
mais decisiva condição de sua vitoriosa e unânime Construção.
Noutras palavra, caro Rafael Greca de Macedo, a trilhar o
sendeiro atual Vosmecê não vai chegar a lugar algum.
Contudo, o mandato conferido a Vosmecê pelo corpo de
eleitores em 2016 significa que Vosmecê é e está reconhecido como Prefeito dos
curitibanos.
O que significa que de nenhum outro cidadão a Cidade espera
mais do que de Vosmecê.
Pelo caminho da marra, não vai alcançar senão um belo
pé-de-guerra. As medidas podem até vir a passar, na Câmara. O Pier vem fazendo
uma forte articulação. Do outro lado, é verdade, estão o Goura Nataraj e os
outros sete Vereadores. Eles vão incomodar, ainda que isso seja só um detalhe.
Mas elas, as medidas, nos termos em que estão, são apenas a
porta de um Pesadelo. Precisa detalhar?
Curitiba merece muito mais e melhor que esse triste
beco-sem-saída.
Um cara que lidere a Cidade PRA FRENTE, prum novo ciclo de
riqueza e prosperidade, arrimado e apoiado por um corpo do Serviço Público
motivado, reconhecido e admirado, com metas claras e gerais, a serem estabelecidas
por acordo geral, eis o Prefeito de que a Cidade precisa.
Juro que já não sei se Vosmecê ainda se encaixa no papel. A
sequência robusta de decisões que chegam a ser incompreensíveis chega a abalar
o velho Orgulho que sentimos pela Cidade.
Mas ainda torcemos por uma Virada.
Nada menos do que um Revolução de Conceitos na cabeça do
intelectual Rafael Greca de Macedo, a ser resolvida só por ele, pode ainda
devolver a Curitiba a idéia de um bom Prefeito.
Tenho cá as minhas dúvidas. Acho mesmo que vai prevalecer
apenas o velho Orgulho, o auto-referenciamento obsessivo.
Mas tenho o dever de ter alguma esperança.
Jaques Brand
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