A peça teatral mais discutida no Festival de Teatro de
Curitiba desse ano é "A Mulher Monstro". A peça foi vetada pela
Prefeitura de Curitiba e será apresentada em livre espaço público, nas Ruínas
de São Francisco, de 4 a 7 de abril, 19 horas. Não existe fascismo e autoritarismo
sem a conversão de mulheres "normais" em bestas fascistas. Todos nós
conhecemos mulheres com limitada cultura e educação, que se metamorfosearam em
"mulheres monstros". "Conges" de muitas falsas autoridades
golpistas por aí, eram advogadas, gerentes de marketing, pastoras, policiais,
pensionistas das forças armadas, pequenas lojistas, empresárias do agronegócio
latifundiário, médicas, socialites, a lista é longa e extensa na deformação de
um pensamento se trogloditizando, espumando ódio irracional na luta de classes,
espelhos de confusões mentais e ideológicas na defesa ensandecida de seus
pretensos privilégios e vantagens sociais. Falsa religiosidade cristã,
intolerância, hipocrisia e peçonha. Como todo o resto do conjunto do
bolsonarismo não é prova de força social, moral, de hegemonia cultural e
política, mas prova de desespero e falência existencial porque sabem que o seu
velho mundo de falcatruas e enganações pode desmoronar. Vale a pena.
Ricardo Costa de Oliveira
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