sábado, 6 de abril de 2019

A Mulher Monstro


A peça teatral mais discutida no Festival de Teatro de Curitiba desse ano é "A Mulher Monstro". A peça foi vetada pela Prefeitura de Curitiba e será apresentada em livre espaço público, nas Ruínas de São Francisco, de 4 a 7 de abril, 19 horas. Não existe fascismo e autoritarismo sem a conversão de mulheres "normais" em bestas fascistas. Todos nós conhecemos mulheres com limitada cultura e educação, que se metamorfosearam em "mulheres monstros". "Conges" de muitas falsas autoridades golpistas por aí, eram advogadas, gerentes de marketing, pastoras, policiais, pensionistas das forças armadas, pequenas lojistas, empresárias do agronegócio latifundiário, médicas, socialites, a lista é longa e extensa na deformação de um pensamento se trogloditizando, espumando ódio irracional na luta de classes, espelhos de confusões mentais e ideológicas na defesa ensandecida de seus pretensos privilégios e vantagens sociais. Falsa religiosidade cristã, intolerância, hipocrisia e peçonha. Como todo o resto do conjunto do bolsonarismo não é prova de força social, moral, de hegemonia cultural e política, mas prova de desespero e falência existencial porque sabem que o seu velho mundo de falcatruas e enganações pode desmoronar. Vale a pena.

Ricardo Costa de Oliveira

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