Entendo quem, em tempos de refluxo dos movimentos de massa
com caráter progressista, não queira rediscutir o texto constitucional para reformar
as instituições públicas e o sistema político. O medo dessas pessoas é piorar a
Constituição, sobretudo a partir do crescimento de um fundamentalismo religioso
e de ideias reacionárias em nossa sociedade, o que poderia abrir caminho para a
pena de morte, a redução da maioridade penal, entre outros temas que ganham o
imaginário do povo como medidas "necessárias ".
Mas as condições políticas também são determinadas pelas
nossas ações. Me parece que a recusa de batalhar pela Constituinte se tornou
uma postura conservadora e covarde.
Afinal, se a atual estrutura política agudiza a
despolitização da sociedade e as pautas reacionárias vão se tornando
hegemônicas, daqui a pouco será inevitável a adoção das medidas que os
anti-Constituinte do nosso campo democrático tanto temem.
É melhor, agora, tentarmos mudar a regra do jogo e a agenda
de discussão da sociedade, para não sermos afogados pela nossa paralisia.
Por isso, defendo o Plebiscito Popular pela Constituinte
para a Reforma Política, que vai ocorrer de amanhã até o dia 07 de setembro.
Vote e participe!
André Castelo Branco Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário