Adriano Codato
Editorial de O Globo.
O velho e bom racismo de classe. Ao menos eles descobriram o óbvio. O que, para
a imprensa brasileira, já é uma revolução intelectual:
" O mesmo
fenômeno ocorreu com o PSDB, nos tempos de Planalto. O poder do Executivo
federal é tamanho na distribuição de recursos para estados e municípios, e no
assistencialismo, que a população dessas regiões, dependente de bolsas, é
sempre governista. Por isso são petistas."
O editorialista quer
fazer uma teoria geral sobre o perfil do eleitorado do PT olhando apenas para
as intenções de voto em Dilma segundo pesquisas eleitorais de 2014. A
realidade, naturalmente, é muito mais complexa. Por um lado, o PT governa os
seis maiores municípios da região metropolitana de São Paulo. Por outro lado,
os eleitores do que o editorialista chama de "grotões" não votam
apenas para presidente, votam também para governador, prefeito etc. Será que o
PT predomina nas intenções de voto desses locais, para esses níveis de governo?
Será que a "lógica" do voto identificada pelo editorialista é tão sui
generis que só funciona no voto dado para um partido (no caso o PT) e para um
cargo (no caso, as eleições presidenciais)? Claro está que o buraco analítico é
bem mais embaixo.
Guilherme Simões Reis
Hilária a interpretação de que o "voto dos grotões" no PT tem o mesmo
significado do que era dado na ARENA/PDS. Igualar isso ignora politicas
públicas.
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