sábado, 14 de maio de 2016

Conhecemos várias referências políticas para o tipo de golpe apresentado no Brasil, não apenas na teoria, mas também na cultura e nas artes. O tipo descarado de novo golpe "soft power" é conduzido pelos mais ricos, os mais corruptos, de dentro das estruturas mais conservadoras do Estado, com a participação de membros das burocracias públicas mais privilegiadas e dos magnatas da mídia. Protagonistas conhecidos por negociatas públicas, alguns com antigas genealogias do poder e bastante expertise nos meandros dos poderes estatais, formam os ativos bastidores do golpe, ao lado de empresários e interesses estrangeiros. Segmentos tradicionais, com vasta experiência no poder legislativo e no sistema judicial atuam de forma a ocultarem as suas flagrantes ilegalidades na condução do golpe no Brasil. Um dos melhores exemplos de golpe soft-power de dentro dos bastidores do "civil service" foi a série britânica de ficção "A Very British Coup", em que um popular líder trabalhista, uma mistura de Lula-Mujica, tenta ser derrubado por poderosos empresários e aristocratas, das altas burocracias públicas, que atuam de maneira ilegal nos bastidores da administração ao forjarem irregularidades de evidências financeiras contra o chefe trabalhista. Série televisiva baseada em livro anterior. No final somente eleições e mais democracia neutralizam os golpistas.
RCO

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