J. Blackstone
Pela manhã cinzenta
caminho até a liberdade,
uma praça qualquer.
Comendo maçãs sedentas
da minha língua, minha carne,
como as daquela mulher.
Aos passos poucos,
nos semáforos,
motoristas loucos.
Rumo à liberdade,
uma praça florida,
que aos poucos some
ante a falsa majestade
da honra corroída
que lhe traz o palácio
de mesmo nome.
De lá os despachos:
intolerância e repressão.
Traços que se acham
no parto da violação.
Pelas manhãs
restam apenas
loucos e maçãs.
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