sábado, 11 de janeiro de 2014

AO ANOITECER O MEU CORAÇÃO



Ao anoitecer ouve-se o grito dos morcegos,
Dois morzelos saltam no prado,
O ácer rubro sussurra.
Ao viandante surge-lhe a pequena tasca à beira do caminho.
Que bem sabem vinho novo e nozes,
Que bom: cambalear bêbado no bosque que escurece.
Pelos ramos negros soam sinos doridos,
Caem na cara gotas de orvalho.

Georg Trakl
Tradução: Paulo Quintela

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