“O homem transfere para o ídolo suas paixões e qualidades.
Quanto mais se empobrece, tanto maior e mais forte se torna o ídolo. Este é a
forma alienada da experiência que o homem tem de si mesmo. Ao cultuar o ídolo,
o homem cultua a si mesmo. Mas esse ‘eu’ é um aspecto parcial, limitado, do
homem: sua inteligência, sua força física, sua energia, fama etc.
identificando-se com um aspecto parcial de si mesmo, o homem limita-se a tal
aspecto; perde sua totalidade de ser humano e deixa de crescer. É dependente do
ídolo, já que somente na submissão a ele encontra a sombra, embora não a
substância de si mesmo.”
(Erich Fromm, “O Espírito de Liberdade”)
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