segunda-feira, 11 de novembro de 2019


O ciclo do golpismo autoritário político-judicial no Brasil recebeu ontem decisiva derrota. Os bolsonaristas sentiram o tamanho da derrota e a perda no mando do jogo, um jogo que vinha sendo sempre roubado pelos juízes para eles durante muito tempo. Anos de escancaradas manobras e de pérfida manipulação jurídica com lawfare golpista. As derrotas do complexo político-judicial nesta semana com a recusa da prisão ilegal e arbitrária de Dilma, a decisão constitucional do STF de aplicar a própria CF88, a liberdade de Lula, Dirceu e de outros réus políticos revelam o fim do ciclo de espetacularização oportunista e tirânica do sistema judicial, que foram operações centrais no Golpe de 2016 e nas eleições fraudadas da família miliciana no poder. Este ciclo pode ser marcado bem antes da ilegal operação de condução coercitiva de Lula, em 4 de março de 2016. Na verdade o ciclo começou em 15 de novembro de 2013, em pleno feriado, com os caprichos persecutório-seletivos de Joaquim Barbosa prendendo arbitrariamente figuras nacionais do PT, sem o devido processo legal, o que não teve respaldo popular nas eleições presidenciais de 2014, porém abrindo a porteira autocrático-golpista para oportunistas ainda piores, como a bolha curitibana de operadores e famílias político-judiciais de extrema-direita, responsáveis por administrarem o caminho para os milicianos assaltarem o poder. A liberdade de Lula encerra este ciclo opressivo e despótico em que juizecos se julgavam acima das leis e rituais do campo político. Os bolsonaristas sentiram profundamente o que significa a liberdade de Lula e sabem que se fechou um ciclo prepotente deles. Moro, o antes todo-poderoso dos juízes ladrões, hoje é visto como uma figura patética e subalterna nas intrigas nepótico-palacianas do bolsonarismo, entrando em crise cada vez mais grave. Lula Livre é o resgate da democracia, o entusiasmo da oposição e o principal oponente para o frágil bloco golpista na atual conjuntura.

RCO

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