“E, se não fôssemos nós, pontais ao crepúsculo, vagarosos
caminhantes dos prados do luar, como iria a noite – suas estrelas acendidas,
suas esgarçadas nuvens, seu manto de negrume – como iria ela, perdida e
solitária, acertar os caminhos tortuosos dessa cidade de becos e ladeiras? Em
cada ladeira um ebó, em cada esquina um mistério, em cada coração noturno grito
de súplica, uma pena de amor, gosto de fome nas bocas de silêncio, e Exu solto
na perigosa hora das encruzilhadas.”
- Jorge Amado, em "Pastores da Noite".
Nenhum comentário:
Postar um comentário