quinta-feira, 30 de agosto de 2018

A tradição militar política brasileira do século XX


A tradição militar política brasileira do século XX foi forjada no Colégio Militar de Porto Alegre, o "Colégio dos Presidentes". Sete presidentes da república passaram por lá: Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Humberto de Alencar Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista de Oliveira Figueiredo. Esta tradição autoritária e militar de Estado Nacional-Desenvolvimentista se encerrou definitivamente com as pesadas derrotas eleitorais da Arena e do PDS na virada da década de 70-80. A atual mistura bastarda entre neoliberalismo, autoritarismo e militarismo nunca encontrou raízes históricas na nossa tradição luso-brasileira. Por isso é que só podia vir de São Paulo, de certa origem nefasta associada aos derrotados em 1842, em 1932 e nas últimas quatro eleições presidenciais, em que a política paulista e as oligarquias políticas familiares do atraso nacional foram derrotadas pelo voto popular nacional. A derrota da cultura do PSDB privatizante que governa São Paulo há muito tempo, hoje passa para a extrema direita, com gente lá criada e como consequências de imigrações estrangeiras associadas ao fascismo italiano, movimento produzido na política de ex-militares exóticos, banidos do Exército e completamente dissociados da tradição brasileira anterior. Trata-se de fenômeno mais afim ao militarismo hispânico do Cone Sul, a mistura entre ditadura militar cucaracha associada com Chicago Boys, cujo pior exemplo foi o golpe de Pinochet e também aspectos da ditadura militar argentina, quando verdadeiras máfias de rapinas dentro de organizações militares promoviam o saque, banditismo e intensa repressão contra a sociedade, episódios pouco vistos na ditadura militar brasileira, fora os elementos que passaram para o jogo do bicho, a contravenção e o contrabando no Rio de Janeiro, sendo inclusive desmantelados pelo próprio Exército, na ação do meu parente, o Coronel Aloísio Alves Borges. O modelo corrupto de um Pinochet só pode operar com intensa violência, saque e rapina promovidos por bandos criminosos associando dominação internacional, neoliberalismo, autoritarismo e militarismo, todos profundamente incompatíveis com a democracia, a nação e com a intelligentsia nacional nas universidades, na cultura, na mídia, nas artes e na vida civilizada mais elaborada. Pelo voto jamais chegariam no poder com este coquetel de parvoíces da extrema direita.

RCO

A manobra do TSE


"A manobra do TSE que ameaça impedir a campanha de Lula na TV - uma candidatura registrada e, até o momento, perfeitamente regular, já que não houve julgamento do pedido de impugnação - mostra o grau de desespero do golpismo. Não há nenhuma intenção sequer de manter as aparências. Se depender deles, a eleição de outubro será algo parecido com as eleições indiretas da ditadura militar: um mero ritual, desprovido de qualquer capacidade de legitimar um novo governo."

Luis Felipe Miguel

quarta-feira, 29 de agosto de 2018


Domingo de sol e friozinho em Curitiba. Como fazemos há décadas fomos ao maior restaurante de massas, polenta e frango em Santa Felicidade.Trânsito engarrafado e logo na entrada dos restaurantes um grande comitê da Vic, deputada estadual, filha da governadora Cida e do ex-ministro da falta de saúde golpista, o deputado federal Ricardo Barros - dois anos de golpe e aumento da mortalidade infantil. Na entrada militantes de candidatos da extrema direita estatal, egressos da bancada da segurança, sempre falando mal do Estado quando tem uma vida inteira dentro do Estado e sem produzirem nada de relevante em termos de projetos, políticas públicas e cultura, só produzem discursos vazios, preconceituosos e depois de dois anos sabem que vão perder as eleições. Neste tipo de restaurante, com mesas próximas, acabamos tendo de escutar parte da conversa das pessoas do lado. Nesta conjuntura as famílias conversam sobre as eleições no almoço do domingo. Sempre impressiona a ignorância convicta e fascistóide de muitos discursos ao redor, vale como análise do discurso, ouvir os horrores e limitações mentais, políticas e ideológicas. Estão em pânico ao saberem que Lula está bem na frente da presidência e Requião na frente do senado. Sempre é um alívio quando os que falam mais alto terminam e saem ! No salão do café fomos todos interrompidos por um trabalhador humilde e suas crianças, falou que tinha vindo de São Paulo procurar parentes e não conseguiu nada, estava com fome, frio e precisava desesperadamente de ajuda. Demos um dinheiro e mais uma vez a grave crise social do golpe entra nas vidas da classe média e alta curitibana em seu café. A família pobre, depois andava no meio de carrões, era mais uma grave lembrança de como aumentou a pobreza, a desigualdade social e o fascismo com o golpe dos mais ricos em 2016 e as tendências antidemocráticas de uma gente profundamente ignara e inculta, com mais recursos econômicos, mas incapazes de viver em uma sociedade moderna e incapazes de almoçarem em paz.
RCO



O poder judiciário no Brasil só pode ser entendido como negócio de famílias político-jurídicas. Ainda discutem sobre "a proibição de que juízes julguem processos nos quais atuem escritórios de advocacia de cônjuges ou familiares" ! "A ação, que ainda não tem data para ser julgada, está sob relatoria do ministro Edson Fachin", cuja família também possui um escritório de advocacia. Um sistema judicial moderno e com maior imparcialidade jamais permitiria que familiares de magistrados e procuradores atuassem com ricos escritórios de advocacia no sistema judicial. O velho nepotismo e suas múltiplas roupagens e poderosos códigos nos bastidores.
RCO

Novo que é velhíssimo


Novamente oligarquias velhas ocultas ! Genealogia política dentro do Estado do candidato neoliberal João Dionisio Filgueira Barreto Amoedo, filho de Armando Rocha Amoedo, médico radiologista pediátrico e funcionário público federal, do Pará, radicado no Rio de Janeiro e de Maria Elisa Souto Filgueira Barreto Amoedo, família citada nas conexões plutocráticas do Panama Papers e das principais oligarquias políticas familiares do Rio Grande do Norte. O casamento de Armando Amoedo e de Maria Elisa foi no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, em 1961, tendo o ex-Presidente e senador Juscelino Kubitschek de Oliveira e sua esposa, como padrinhos da noiva. João Amoedo é neto materno de Ciro Barreto de Paiva, advogado, grande empresário nos ramos da hotelaria, construção civil e investimentos no RN e no RJ e de Maria Luiza Souto Filgueira Barreto. Ciro Barreto também foi funcionário público e começou a sua escalada quando foi presidente da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Servidores Públicos no Rio Grande do Norte. Ciro Barreto de Paiva era filho do Desembargador Horácio Barreto de Paiva Cavalcanti, presidente do Tribunal de Justiça do RN e de Ubaldina Diógenes Barreto, neto do Cel. João Bernardino de Paiva Cavalcanti, deputado estadual e de Inácia de Albuquerque Barreto de Paiva, das mais antigas oligarquias familiares do Nordeste. O candidato presidencial João Dionisio Filgueira Barreto Amoedo é bisneto (o pai da avó materna) do também Desembargador João Dionísio Filgueira, de quem herda o nome, ex-presidente do tribunal de Justiça do RN, ex-deputado estadual, vice-governador do RN, assumiu o governo várias vezes e de Eliza Souto, ambos também das antigas oligarquias políticas da região. O irmãos da mãe, tios maternos, todos importantes na política regional: Luiz Sérgio Souto Filgueira Barreto foi presidente da CIDA (Companhia integrada de Desenvolvimento Agropecuário) e casou com Aldanira Ramalho Pereira, filha do Governador do RN, Radir Pereira. Alvaro Alberto Souto Filgueira Barreto foi presidente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, suplente do senador Agripino Maia. Depois na Companhia Hipotecária Brasileira. Elias Antonio Souto Filgueira Barreto casou com Luciana Pessoa Queiroz, da família do ex-presidente da República Velha, Epitácio Pessoa. Uma das lojas mais luxuosas e caras em Natal é de Tereza e de Maria Isabel Tinoco Souto Filgueira Barreto, a Bebel, da loja Tereza Tinoco, esposa de Mario Roberto Souto Filgueira Barreto. Como podemos analisar por esta breve análise genealógico-política, trata-se de mais uma das típicas famílias brasileiras do poder regional incrustadas historicamente no Estado ao longo dos séculos, desde antepassados na grande propriedade rural escravista do Antigo Regime, fazendo política o tempo todo dentro do extrativismo estatal, sempre usando o Estado e os cargos públicos ao máximo para enriquecerem e concentrarem renda, cada vez mais ricos, como João Amoedo declarou patrimônio de 425 milhões de reais, cerca de 220 milhões em aplicações ou fundos de renda fixa, muitas vezes aplicando em fundos públicos ligados ao mesmo Estado que querem diminuir para os outros - tudo para pregarem o (Estado)mínimo para os trabalhadores pobres e as maiorias historicamente excluídas da cidadania, os sem educação, saúde, segurança, justamente pela ação dessas oligarquias políticas familiares do atraso político e do neoliberalismo promotor de desigualdades sociais.
RCO

terça-feira, 28 de agosto de 2018


O poder judiciário no Brasil só pode ser entendido como negócio de famílias político-jurídicas. Ainda discutem sobre "a proibição de que juízes julguem processos nos quais atuem escritórios de advocacia de cônjuges ou familiares" ! "A ação, que ainda não tem data para ser julgada, está sob relatoria do ministro Edson Fachin", cuja família também possui um escritório de advocacia. Um sistema judicial moderno e com maior imparcialidade jamais permitiria que familiares de magistrados e procuradores atuassem com ricos escritórios de advocacia no sistema judicial. O velho nepotismo e suas múltiplas roupagens e poderosos códigos nos bastidores.
RCO

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

As teses sobre o conceito de história


"A presa, como sempre de costume, é conduzida no cortejo triunfante. Chamam-na bens culturais. Eles terão que contar, no materialismo histórico, com um observador distanciado, pois o que ele, com seu olhar, abarca como bens culturais atesta, sem exceção, uma proveniência que ele não pode considerar sem horror. Sua existência não se deve somente ao esforço dos grandes gênios, seus criadores, mas também à corveia sem nome de seus contemporâneos. Nunca há um documento da cultura que não seja, ao mesmo tempo, um documento da barbárie."

Walter Benjamin, tese VII de "As teses sobre o conceito de história".

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O amor é um cão dos diabos




(o pior e o melhor)

o pior e o melhor
nos hospitais e nas cadeias
está o pior
nos hospícios
está o pior
nas coberturas
está o pior
nas leituras de poesia
nos concertos de rock
nos shows beneficentes para os inválidos
está o pior
nos funerais
nos casamentos
está o pior
nas paradas
nos rinques de patinação
nas orgias sexuais
está o pior
à meia-noite
às 3 da manhã
às 5h45 da tarde
está o pior

pelotões de fuzilamento
rasgando o céu
isto é o melhor

pensar na Índia
olhando para as carrocinhas de pipoca
assistindo ao touro pegar o matador
isto é o melhor

lâmpadas encaixotadas
um velho cão se coçando
amendoins em um saquinho
isto é o melhor

jogar inseticida nas baratas
um par de meias limpas
coragem natural vencendo o talento natural
isto é o melhor

de frente para pelotões de fuzilamento
lançar pedaços de pão às gaivotas
fatiar tomates
isto é o melhor
tapetes com marcas de cigarro
fendas nas calçadas
garçonetes que mantém a sanidade
isto é o melhor

minhas mãos mortas
meu coração morto
silêncio
adágio de pedras
o mundo em chamas isto é o melhor
para mim.




A MULHER NA HISTÓRIA



“O DESTINO DA MULHER E DA MENINA NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA”
PERSPECTIVA HISTÓRICA & TRADIÇÃO, Ideologia & Geografia (TRECHOS)

O peso das tradições judaico-cristãs: Durante séculos, o direito religioso presidiu à vida social e familiar!

A BÍBLIA E O TALMUD
Na Bíblia, a mulher é a propriedade de um homem: o pai, o marido ou o tutor. E da família… Tem um valor comercial flutuante, não goza do valor moral intrínseco absoluto que atribuímos idealmente ao homem.
Um casamento é, por conseguinte, uma transação comercial e as meninas constituem um capital. Uma antiga tradição semítica situava a idade mínima para o casamento as meninas de três anos e um dia e Moisés Maimonide, um médico que viveu no século XII, reafirmou que uma criança de sexo feminino com a idade de três anos e um dia podia ser noiva por copulação desde que houvesse autorização do pai. Uma menina com mais de 12 anos era considerada muito idosa para se casar.
Durante séculos, a diferença entre compromisso e casamento não foi muito marcada: ambos eram tornados válidos pela copulação. “Já que as relações heterossexuais eram fundadas sobre uma transação comercial (…) a violação era um crime equivalente ao furto, e o pagamento de uma multa e o casamento podiam legitimar.” (Fl. Rush: 1983)
Um princípio bastante específico invalidava as atividades sexuais com crianças abaixo de certa idade, que se aplicava às crianças dos dois sexos: os meninos menores de 9 anos e as meninas com menos de 3 anos não eram considerados como pessoas no plano sexual. Copular com criancinhas não era ilegal, mas “inválido”. Legalmente, a menina permanecia virgem e, por conseguinte, o autor das sevícias não podia nem ser perseguido nem punido.

O PODER DO PAI
Na lei hebraica (herdeira dos códigos babilônicos e assírios) tão constrangedora na vida diária, o que parece surpreendente, é que o poder do pai seja tão grande. Não o poder do homem, mas o do pai! Em nenhum momento, a lei o constrangia: aconselha-o, ou até desaprova-o, mas nunca o submete a esta lei dado que a lei é ele… O poder do pai é total! Tem assim direito de vida e de morte sobre a mulher e seus filhos. Possui o direito de prostituir legitimamente a sua filha no âmbito de uma transação monetária legal. Se ela se prostituir por sua própria iniciativa, ela comete um crime capital que era punido de morte, queimada ou lapidada!… Se tivesse menos de doze anos, esperava-se o seu aniversário para proceder à execução!
“A Bíblia não comporta proibição à prostituição: o único crime que reconhece nesta matéria é o da criança que desafia a autoridade paterna.” (Fl. Rush - 1983, p. 39 à 112)
As leis e costumes fundamentais relativos às relações sexuais são as que duraram mais. Permanecerão inalteradas com a chegada ao poder da Igreja católica na Europa.

A IGREJA CATÓLICA ROMANA
Durante a era cristã, cavaleiros cristãos, nobres, cruzados e os príncipes da Igreja seqüestravam regularmente mulheres e crianças e os casamentos de crianças serviam correntemente de base nas transações comerciais ou políticas. “O direito Canônico proibia em teoria os casamentos de crianças (12 anos para as meninas, 14 anos para os rapazes), mas as exceções possíveis ao impedimento eram tão freqüentes que a regra oficial perdia seu significado: os Pais da Igreja consideravam que extrema juventude era um estado passageiro, a pequena noiva terminaria por atingir a maioridade… (passagem à idade adulta aos 7 anos!)” (Fl. Rush - 1983, pp. 39 à 112)

CASAMENTO VÁLIDO
“O Judaísmo tinha determinado que se podia adquirir uma noiva legalmente quer por contrato, quer comprando-a, quer numa relação sexual com ela. Dado o despeito da Igreja por tudo o que era material, as relações sexuais tornaram-se o elemento determinante de validação. ” (Fl. Rush - 1983, p. 39 - 112)
A partir do século V, o papa Gregório decretou que “qualquer mulher que copulasse com um homem a ele pertencia, bem como à família” e mesmo se se tratasse de uma violação, após sequestro, por exemplo. No século XII, o papa Alexandre III declarou que a copulação dava ao casamento um caráter eterno e que este não podia ser dissolvido. Como na tradição hebraica (onde as relações sexuais com uma menina de três anos eram nulas e não existentes), a Igreja considerava que as atividades sexuais com menores de sete anos eram sem consequências. E “o impedimento por afinidade” (ou seja o incesto) não cabia no caso de uma menor de sete anos. “O que é impressionante, é que direito canônico cristão não se preocupa tanto pelo fato que um homem adulto copule com uma criança senão a partir do MOMENTO em que a coisa se produziu!” (Fl. Rush - 1983, p. 39 - 112)
No caso de incesto, o problema levantado não era a preocupação com o destino das crianças mas, simplesmente, para saber se “o impedimento de afinidade” era ou não violado.
NA INGLATERRA
O crime de violação evoluiu de um ponto de vista legal a partir do século XIII quando da separação do direito civil do direito religioso (Tratado de Westminster). Mas é necessário esperar o século XVI para que a violação de uma criança menor de 10 anos se torne um crime, o de uma menina entre o 10 e 12 anos permaneceu apenas um delito. A acusação podia ser retida apenas se se pudesse provar a idade da vítima, o que na época não existia nenhum procedimento oficial de registro. Esta acusação era fonte de tanto suspeita e embaraço para denunciante e se traduzia por uma punição tão leve que poucas vítimas utilizavam o procedimento legal. O direito canônico conservava ainda toda a sua potência no que se referia às relações sexuais com uma menor de sete anos: a violação destas crianças permanecia sempre sem objeto aos olhos da lei.

O PAI ESPIRITUAL
Grandes eram os privilégios dos quais gozavam os membros do clero…
A partir da idade de 16 anos, o destino de uma menina estava selado: o casamento ou o mosteiro implicavam a renúncia a todos os bens terrestres… Os pais ou os tutores legais pronunciavam os votos invés das crianças! No século XII, quis-se proibir esta prática tanto os conventos estavam lotados de noviças, mas esta diretiva foi ignorada. Contrariamente ao que se passa hoje, a carreira eclesiástica era mais raramente uma escolha espiritual e resultava frequentemente de uma decisão não pessoal de caráter econômico ou político. No início do século XVIII, a abadessa do convento de Santa Catherina di Pisola declarou abertamente que os monges e padres tratavam as religiosas e noviças como mulheres e que estas se calavam “pela ameaça de excomunhão que brandiam os seus pais espirituais.” (Fl. Rush - 1983, p. 39 - 112)
“Ainda no século XIX e ainda que os testemunhos conservados livravam apenas um mínimo de informação, a metade das acusações de sevícias sexuais relativas ao clero têm como origem as instituições educativas.” (Fl. Rush - 1983, p. 39 - 112)
A Igreja evitará todo escândalo e o enfraquecimento do seu poder, e passa a ser quase impossível de levar adiante uma acusação ou condenar um membro do clero… Os Pais da Igreja ainda precisaram, ”além disso, são as próprias mulheres, as sedutoras”. (Idem)
Esta ideia vai atingir o seu paroxismo entre os séculos XV e o XVI na Europa, na época da grande caça às bruxas…

A CAÇA ÀS BRUXAS
“Em 1484, o papa Inocente VIII publicou uma bula pontifical que dava poder à Inquisição (braço judicial da Igreja católica romana) de procurar, encarcerar, investigar, torturar e fazer executar as bruxas. (...) O Malleus Malificarum, documento que passou a ser o manual da caça às bruxas, podia fazer de qualquer mulher que preenchesse o seu papel tradicional, uma bruxa.” (Idem): nenhuma mulher, pela sua essência, tinha renunciado nem às piores abominações nem aos excessos mais terríveis, indo mesmo até a copular com o demônio… Acusava-se vinte mulheres para um homem. A bruxaria era, sobretudo um crime de caráter sexual cometido pelas mulheres. Os homens em geral eram preservados deste crime, as crianças não o eram,… sobretudo não as pequenas meninas!!!!
No entanto, “Jean Bodin, monge Carmel e professor de Direito canônico vivo, no século XVI, decretou que as medidas legais comuns mostravam-se insuficientes para desenraizar a heresia: as pequenas meninas de 6 anos (idade legal nessa época para consentir a uma atividade sexual na França) estavam em condições de copular com o diabo e, por conseguinte, bem grandes para sofrer um processo”!!! (Idem)… e os suplícios e punições reservados às crianças eram os mesmos que os praticados em adultos.
De acordo com “… a descrição feita “do demônio” pelas pequenas vítimas, pode-se ver que se assemelha a qualquer homem e que ele engravida, que transmite doenças venéreas e que as feridas provocadas pelo coito muitas vezes custaram a vida da denunciante. Mas a ideia aceita na época era que uma criança demasiado pequena para suportar um homem “adaptasse-se do demônio”. Idem”

A INGLATERRA E A EUROPA VICTORIENNE
CULTO DA PEQUENA MENINA E DESENVOLVIMENTO DA PROSTITUIÇÃO
No século XIX, assistimos ao desenvolvimento da ciência e da indústria. É também a época em que se manifesta sem retenção o gosto/culto da pequena menina, sob duas formas: por um lado, deificação e, por outro lado, as sevícias sexuais, a violação, a prostituição. A nova invenção da fotografia muito contribuirá para o desenvolvimento da pornografia infantil.
O século XIX é igualmente a época do desenvolvimento das novas escolas de psicologia e comportamento humano: ainda assim continua-se dizendo que, “… as mulheres eram desprovidas de impulsos sexuais e era ofensivo supor que os tivessem.” Do mesmo modo, as pequenas meninas, se fossem violadas, não sofreriam nenhum dano pois não compreendiam o que o seu agressor lhes fazia. Em contrapartida, os impulsos sexuais do homem eram a fonte do progresso e da civilização. Tratava-se de uma energia necessária, o instinto criativo do macho. E este instinto, pela sua essência, deve infligir sofrimento… Ideia do homem conquistando a natureza,… a mulher representando o papel da natureza!…
Os autores franceses não eram os últimos a defender este ponto de vista. De acordo com Honoré de Balzac: “A mulher é uma propriedade que se adquire por contrato; é móvel porque possessão vale título; e mais, a mulher, propriamente falando, é apenas um anexo do homem; ora, cortem, roam, elas lhes pertencem a todos os títulos. Não se preocupem em nada com os seus murmúrios, os seus gritos, as suas dores. A natureza as fez para o nosso uso e para carregar todos os fardos: crianças, tristezas, golpes e penalidades do homem.” (Fl.Rush - 1983, p. 119 - 120)
Como estes impulsos são impossíveis de dominar (sem os quais o homem não seria mais um homem), assiste-se a um desenvolvimento alarmante da prostituição.
“A literatura da época vitoriana pulula de histórias de gentlemen deflorando virgens,… sempre uma pequena menina!” (Idem)
Ver a série de histórias publicadas sob o título RELATOS DA MINHA AVÓ E O AMOR: onde se vê a jovem Kate, pré-adolecente, descrever “os esforços e os golpes de bastão até ocorrer a crise final em que o seu seio era invadido pelo dilúvio do esperma paterno”.
Seduzir as meninas do povo era considerado como um direito dos herdeiros da classe possuidora e cultivada. Os homens amadores de ninfetas estavam prontos a pagar um bom preço para obter o que desejavam: crianças tiradas dos pardieiros das grandes cidades com freqüência pelo sistema de seqüestro conhecido sob o nome de tráfico de brancos. Do comércio local, passaram ao tráfico nacional seguido pelo internacional.
“Uma estimativa feita em Londres no meio do século XIX chega à conclusão que cerca de 400 pessoas ganhavam a vida recrutando meninas entre 11 e 15 anos.” (Idem)
Foi necessária a intervenção da Sociedade das Nações Unidas e depois as Nações Unidas para a adoção de medidas contra o tráfico internacional de mulheres e crianças para que cessasse o tráfico de brancos.

SITUAÇÃO DE ESCRAVAS
A criança raptada ou vendida era levada para longe de casa e colocada em situação de dependência total. Ver “A casa da escravidão” (The House of Bondage, Kauffman, 1910 - EUA): Ela poderia pensar que era brutalizada pelos seus raptores, mas acabava depressa constatando que eram eles quem a mantinham em vida, é desta maneira que se torna escrava… Revoltar-se, como, o que fazer? Partir, para ir aonde? Quem vai cuidar de mim? Quem de mim gostará? Falar, quem vai acreditar? Submissão = silêncio. Este processo posto em evidência é completamente aplicável à situação de incesto pai-filha…

PROSTITUIÇÃO: JUSTIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL
“Definindo a prostituição como um mal necessário (80% das prostitutas são vítimas de incesto - nota acrescentada), a sociedade chegava a convencer-se que a exploração sexual era justificada pelo fato de que as mulheres perdidas ou decaídas, qualquer que fosse sua idade ou a causa, eram ninfomaníacas e pecadoras e que nada, nem ninguém as podia salvar. Não mereciam outra coisa senão realizar a existência que escolheram.” (Idem)
É sempre o mesmo discurso hoje: a mulher violada levanta suspeita na opinião pública. “Procurou-o, tem aquilo que merece!” - “Ela gosta, é ela que quer!” E o pai, que violou a sua filha, dirá: “Ela sabia o que ia lhe acontecer!… Era tão carinhosa, foi ela quem me seduziu!”
“Podemos pensar que estamos muito longe do universo dos nossos antepassados, mas a ideia de que as mulheres são propriedade sexual dos homens persiste, no entanto. Consideram ainda que um homem não pode violar a sua mulher pois não há abuso sexual contra algo que lhe pertence.” Esta ideia é muito difundida entre os pais abusadores em relação a sua filha!

A LUTA CONTRA OS ABUSOS SEXUAIS NO SÉCULO XIX
Mulheres como Joséphine BUTLER, nascida no Reino Unido, em 1828, revelaram e denunciaram as práticas sexuais do seu tempo. Prostitutas eram ameaçadas, insultadas de maneira obscena, incomodadas pela polícia e cafetões de casas fechadas que alugavam os serviços de vadios para as atacar.
O Exmo. Senhor James STANSFIELD, membro eminente do Parliament, juntou-se às suas filas. William STEAD, editor do Pall Mall Gazette, juntou-se também as filas dos que lutavam contra a exploração sexual. Fez a experiência de adquirir uma menina de 13 anos para provar aos seus leitores que era possível: o Parliament foi forçado a criar a idade do consentimento aos 16 anos para o Reino Unido. Graças a estes pioneiros, as Nações Unidas adotaram as medidas contra o tráfico internacional de mulheres e crianças.

HOJE
É certo que redes existem que fornecem “adolescentes às redes européias de prostituição, principalmente, meninas entre 14 à 17 anos, provenientes das Filipinas ou da Tailândia. Os países asiáticos são as principais vítimas da prostituição infantil. Recenseia-se, hoje, mais de cem mil prostituídas menores de 16 anos.”
No Iémen, Arábia Saudita, Etiópia, Sudão, a excisão de meninas ainda é prática; a operação é frequente na Jordânia, Síria, Costa de Marfim, Dogons da Nigéria e é obrigatória em numerosas tribos africanas. No Sudão, Somália, Namíbia, Jibuti, Etiópia, África Preta pratica-se muito, além disso, a dolorosa infibulação* (órgãos genitais costurados ou cauterizados).
Em julho de 1974, o professor Pierre Henry, especialista em erotismo africano, tentava justificar a excisão nestes termos: “A excisão é uma tentativa consequente para favorecer a integração sexual da mulher em função de critérios estritamente sociais. A vocação da mulher guineense é a maternidade. A excisão suprime o órgão do prazer estéril, por conseguinte, associal, para deixar subsistir apenas o órgão do prazer fértil, por conseguinte, social”…
O. Boissier Trabalho de graduação em CIÊNCIA SOCIAL do TRABALHO - 1984/88 (Le Louvière)
Tradução Mirian Giannella
*As práticas da mutilação feminina
As mutilações dos genitais femininos, chamadas também de circuncisão feminina, compreendem vários tipos de práticas.
• A abscisão consiste no corte parcial ou total do clitóris. A abscisão pode ser realizada logo após o nascimento da menina, depois de meses ou anos, ou na entrada da puberdade. É sempre praticada por mulheres anciãs com algo cortante que pode ser navalha, faca ou pedaço de vidro, sem preocupações com a assepsia.
• A labiotomia é a extirpação dos grandes e/ou pequenos lábios, muito praticada na Somália, onde se estima que 98% das mulheres foram submetidas a esse procedimento doloroso. Está difundida também na Eritréia, Etiópia, Serra Leoa, Sudão, Quênia, Mali e Burkina Faso. Embora sejam países de maioria islâmica, a prática não é ligada a preceitos corânicos que prescrevem somente a circuncisão masculina. Existem documentos que indicariam como essa tradição já era praticada há mais de 6 mil anos.
• A infibulação é o procedimento em que a vagina vem quase totalmente costurada, deixando somente uma apertura para o escoamento da urina e do sangue menstrual. Em algumas tribos, se introduz um pequeno canudinho – fíbula – para manter a abertura. Muitas vezes com a abscisão do clitóris, a infibulação é realizada na puberdade e pode ser efetuada outras vezes durante a vida da mulher. Antes do casamento, mulheres anciãs reabrem a sutura para propiciar o ato sexual e o parto.
A repetição da infibulação provoca distúrbios psíquicos além de hemorragias e infecções na região genital, que podem conduzir à esterilidade, infecção e morte da mulher.
Fonte: Feridas para sempre, Revista Mundo e Missão:
http://www.pime.org.br/mundoemissao/mulhersempre.htm

Stop-FGM. Stop às mutilações genitais femininas”, campanha lançada pela Associação italiana de mulheres para o desenvolvimento (Aidos), em colaboração com a Associação das mulheres da Tanzânia (Tamwa) e com a “Organização não há paz sem justiça”. Para acessar: www.stopfmg.org

***
É uma indecência imoral totalmente indigna como eles invertem as lógicas para culpabilizar crianças indefesas! É esta a transmissão que nos ocultam? Esta a violência selvagem a que, ainda, estamos submetidos? Os filhos não são propriedade do pai e a mulher não é propriedade dos homens. Até quando, conviveremos com esta barbárie? Morte ao pai onipotente!
Queremos nossos direitos!

Postado por Mirian Magia às 09:14



sexta-feira, 17 de agosto de 2018


Impressionante manifestação popular em Brasília acontecendo agora. Somente Lula, o PT, o MST, os partidos aliados, os movimentos sociais diversos, todos juntos, conseguem florir e colorir Brasília com as rubras cores da democracia e das lutas sociais em plena Esplanada ressequida de agosto, em plena Brasília seca com o golpe e com os arbítrios da ditadura judicial. O povo brasileiro sedento de justiça vencerá e reconquistará a sua democracia e confiança novamente !
RCO


O Brasil não tem um projeto de comunismo nos partidos de centro, centro esquerda e mesmo de esquerda, ler que o PT, o Lula, defensores da liberdade do ex presidente são ideólogos do comunismo é de dar dó! Em 14 anos de mandato consecutivo de Lula e Dilma, o Brasil permaneceu com a mesma constituição e uma República Democrática. No Governo Temer o desemprego aumentou 600%, esse é o mesmo projeto de tucanos, Bolsonaro, democratas, pmdebistas nacionais e a elite empresarial desse país, ao qual infelizmente também apoiada pelo bancada BBB (Bíblia, Bola e Bunda). Bolsonaro já declarou apoio a Ratinho Júnior no Estado do Paraná, não preciso falar muito sobre isso, pois Bolsonaro e aliados são farinha do mesmo saco, recheados de um vazio operacional impressionante. Tem gente babando ovo de Juiz, isso mesmo, Juiz, como Sérgio Moro, que de justiça não conhece nada, não julga com lisura, parcimônia e principalmente com provas, muito pelo contrário, é partidário da escória Tucana que assombra junto com Temer e Bolsonaro esse país. Para além disso, 92% da população brasileira ganha menos que o auxílio moradia de um Juiz e curiosamente não ouvi mais panelas batendo. Um país que promove cortes de pesquisa, fomento de conhecimento, mas perdoa dívida de bancos, isso mesmo meu nobre, Bancos, recorre a uma prática de suicídio do desenvolvimento e da reprodução da mesma corja que apodrece os três poderes dessa nação. Por fim, num país imposto é palavra de ordem, políticas sociais populares também deveriam ser, viva as bolsas, vales, e tudo que é direito da dignidade do povo! Não a Alckmin, não a Bolsonaro, não a Temer, não a Moro, não a MBL, não a Tucanos e sim a prosperidade do Brasil, longe do câncer que vem nos consumindo.
Demétrio Janz Labida

Debate de clichês no Paraná. Falam que poucas famílias políticas dominam o Estado e sabem que as maiores candidaturas são das mesmas famílias. A pior e mais grave ofensa no debate para governador é associar Ratinho e Cida Borghetti ao Beto Richa, pânico geral, o que repetiu o mesmo pavor anterior de ser associado ao governo impopular de direita de Lerner. Muita midia training para robotizar respostas pasteurizadas e um idílico Paraná, terra moderna do futuro, o que repete ideologias e mitos presentes desde o século XIX e início do XX, sem apontarem as contradições sociais (trabalhadores pobres, negros, índios, mulheres subalternas) do presente. João Arruda, golpista convicto e apoiador hardcore de Eduardo Cunha e de Temer, sobrinho do Senador Requião e genro do megaempresário e suplente de Senador de Álvaro Dias, Joel Malucelli, tentando dar uma de "requiãozinho" sem sucesso. Puxou os defeitos e não as qualidades do clã. Ogier Buchi teve bom desempenho como experiente apresentador de TV, mais um típico político brasileiro que é liberal de direita e amante do Estado, sempre procurando estar dentro de cargos estatais porque não existem privilégios no mercado sem forte blindagem estatal garantindo a riqueza de poucos adeptos da livre iniciativa. Ogier se destacou como refúgio para perguntas das maiores candidaturas e como pode ser excluído da campanha teve bastante tempo nas perguntas. Rosinha representou bem e defendeu o PT e Lula, político experiente e que sonha em repetir desempenhos anteriores associados à grande popularidade de Lula nas pesquisas de opinião. Piva também teve atuação bastante crítica aos donos do poder locais e sonha em poder contribuir na eleição dos primeiros parlamentares regionais do PSOL, sonho ainda distante. Seria uma eleição muito favorável para Osmar Dias, mas como sabemos que quem decide a política paranaense são as famílias e não os partidos políticos, Osmar foi sabotado pelo irmão Álvaro Dias em seu projeto nacional pelo Phodemos. Fez falta o candidato Jorge Bernardi, impedido de comparecer. Só cochilei um pouquinho no penúltimo bloco
RCO


O Ministério Público é o maior fracasso democrático da Constituição de 1988 porque não adianta instituição nova com mentalidades autoritárias velhas. Podem observar o número de atuais procuradores, ativistas políticos de direita, com vínculos familiares da época da ditadura por lá. É o caso da procuradora-geral Raquel Elias Ferreira Dodge, filha do subprocurador-geral José Rodrigues Ferreira. Ganhou o cargo para defender o golpista Temer e o establishment golpista. República hereditária do golpismo e da antidemocracia, antipopular e antimodernidade, ideologias que ainda dominam o sistema judicial brasileiro.
RCO

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Juíza da Casa


Quando falamos que as teias do nepotismo são iguais e semelhantes no Brasil inteiro. Fato social. A magistratura à vontade na grande mídia e casada com filhos de funcionários das mais atrasadas oligarquias familiares políticas da região. Pensou no Paraná ? Mesma realidade do Maranhão. ["A juíza Anelise Reginato, que determinou a inelegibilidade do governador Flávio Dino, apagou há pouco sua conta no Facebook após o Blog ter publicado o print de uma publicação em que a magistrada em 2012 estava no sistema Mirante de Comunicação e disse que estava em casa na TV de Sarney. No dia 7 de setembro de 2012, a juíza fez check in na rede social após passagem na TV. “Nada como se sentir em casa, bem à vontade, sem chinelo… ah…”, diz a juíza na postagem. Anelise Reginato é casada com Márcio Fontenele, filho do radialista Herbert Fontenele, falecido em 2015, e ex-funcionário por muitos anos do Sistema Mirante.Tal como no poema de Carlos Drummond de Andrade, as relações entre os personagens por trás da decisão da juíza Anelise Reginato são evidentes e revelam um ciclo vicioso: A juíza de Coroatá é casada com o filho do ex-funcionário da Mirante, sistema de comunicação de propriedade da família Sarney, que tenta eleger Roseana Sarney, ex-governadora que tinha como principal secretário Ricardo Murad, casado com a ex-prefeita de Coroatá Teresa Murad, que perdeu as eleições em 2016 e moveu ação contra Flávio Dino que foi acolhida por quem? Pela juíza eleitoral de Coroatá!"]
RCO




- Cabo Daciolo é o produto dos últimos 5 anos da política carioca e das ultrajornadas de 2013, a síntese da construção partidária do PSOL, o neopentecostalismo negocial de direita e a falência das forças de segurança. O antipetismo e antilulismo radicais podem produzir monstros assim.
- Bolsonaro mostrou suas fragilidades em debates e foi abotoado pelo Cabo Daciolo como o candidato-destaque mais aloprado da direita.
- Alvaro Dias é a cara artificial, hipócrita e ridícula da direita paranaense e do descarado aparelhamento político e partidário da farsa a jato. Espancador de professores.
- Marina é uma tartaruga sem casca e sem rede. Saiu do PV para se coligar com o mesmo PV em mais uma fracassada aliança oportunista.
- Alckmin só acertou quando em ato falho falou pertencer a outra linhagem, a do nepotismo do PSDB, revelando o seu elitismo e tucanismo como candidato enrustido do governo e do bloco golpista de temer.
- Meirelles entrou como espantalho e saiu como saco de pancadas com um nome a zerar.
- Ciro Gomes foi razoável e continua querendo se equilibrar entre esquerda e direita, sempre corre o risco de acabar desagradando os dois campos, o que fez nos últimos 40 anos.
- Boulos foi o melhor do debate e passou a imagem de ser um Lula dos anos 80, o que para ele é um tremendo elogio.
- Lula venceu porque desmascarou a censura, a prisão política e como candidato muito na frente das pesquisas de opinião não pode e não precisou se expor ao pinga-fogo das críticas no debate sem ter tempo para responder lá.
RCO


O culto aa personalidade


Uma das piores coisas que o culto aa personalidade de Lula (qualquer que seja nosso grau de simpatia por ele e pelo que ele simboliza e representa) causou foi essa ilusão de ótica de que o Brasil tende ao bipartidarismo e aa polarização entre PSDB e PT. Além da analise ser superficial, essa eh a principal causa pela qual o sistema partidário brasileiro esta cada vez pior, cada vez mais fragmentado e com cada vez mais parlamentares de partidos fisiológicos e de centro direita nos diferentes níveis de representação. Personalidades (e anti-personalidades) fortes e partidos fracos, estes são os motivos pelos quais nossos índices de confiança mas instituições se assemelham ao do Haiti, e nossos custos de gestão da coalizão estão entre os maiores do planeta. E o pior e que tende a piorar cada vez mais...E pensar que a solução do problema eh tão simples.
Sérgio Soares Braga

Mais uma vez a direita paranaense vira motivo de chacota nacional. Cobrar masculinidade em concurso policial é um "atributo social" que quem tem não precisa provar, nem haverá dúvida ou questionamento tão ridículo neste sentido. Uma sociedade moderna deve respeitar a todos comportamentos. Da mesma maneira a popularidade é para quem tem, como Lula, que mesmo preso político pela ditadura judicial, não precisa provar que tem muita popularidade e que as mentiras e farsas locais nunca afetaram a grande popularidade de Lula. E adivinhem em que estado aparentemente inventaram primeiro o besteirol da tal Ursal, senão no pensamento de direita do Paraná

RCO