O que me deixa mais perplexo é entender a fúria de boa parte
de uma geração com menos de 30 anos nas jornadas de junho de 2013, na crítica
destrutiva ao PT em 2014, nos coxinhaços de 2015 e saber que no dia de hoje,
apenas um grupo de Senadoras com mais de 50 anos foi a única força social e
política na defesa dos direitos trabalhistas das mais jovens e dos mais jovens,
que ainda teriam pela frente muitos anos de direitos trabalhistas em suas vidas
e trajetórias. Cadê todas aquelas gentes urbanas raivosas de 2013, cadê aquelas
jovens mulheres líderes do MPL, tão badaladas e discutidas em 2013, tão
energizadas contra os 0,20 centavos do Haddad, cadê a turma da Sininho nos
protestos do Rio de Janeiro, cadê as mulheres e jovens dos coxinhaços quando
souberem que nem o direito de ficarem gestantes em ambientes salubres terão,
suas filhas e netas ficarão na insalubridade, precarização e terceirização, que
sina para ess(e)as jovens. Cadê os manifestantes que cercaram o Congresso e o
Itamaraty em tempos idos ? Cadê Marina e Luciana Genro hoje ? Alô feministas.
Tudo isso também mostra a diferença imensa entre uma velha senhora como Dilma e
o golpista Temer, seus ministros, seus congressistas tão misóginos e tão
dispostos a roubarem o que podem dessas jovens massas trabalhadoras com menos
de 30 anos de idade. Agora saberão que Dilma não era mesmo igual a Temer e o
inverno do assalto, congelamento e desmonte dos serviços públicos só vai
arrebentar mesmo no final desse ano.
RCO
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