A sociologia dos clubes mostra o mais antigo e tradicional
deles, o Curitibano, fundado em 1881 pelo empresário schumpeteriano Ildefonso
Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, o homem burguês metamorfoseado das
antigas famílias senhoriais e escravistas do litoral, no século XIX. O
Curitibano se tornou muito grande e frequentado, com elites e decadentes, de
modo que um grupo de novos ricos, de origem imigrante, principalmente de origem
alemã, juntos com alguns nomes tradicionais, alguns barrados no Curitibano,
criassem em 1927 o Graciosa Country Club como um espaço mais exclusivo. O
Castelo do Batel se relaciona com a Família Lupion, também novos ricos e novos
poderosos datados somente na metade do século XX, casados com troncos
paranaenses antigos, como a família Ferreira do Amaral da Lapa. o que é a norma
da classe dominante brasileira, o novo casando com o antigo-tradicional, o
moderno sempre junto do arcaico. A Sociedade Garibaldi foi criada no final do
século XIX pelos imigrantes italianos. Desapropriada durante a Segunda Guerra
Mundial, retornou depois para seus associados. A Vice-Governadora Cida
Borghetti, conselheira do Comitê dos Italianos no Exterior, possui conexões com
membros da Sociedade Garibaldi, como Walter Antonio Petruzzielo, pai do
Vereador Pierpaolo Petruzziello, também inseridos nessas políticas
ítalo-brasileiras. O casamento da Deputada Estadual Maria Victoria Borghetti
Barros, da mais importante oligarquia política familiar emergente de Maringá,
com extravagantes intervenções na Sociedade Garibaldi, casamento kitsch, é
explicado pelas conexões sociais, étnicas e políticas. Foi o espaço possível no
meio tradicional curitibano. Ainda hoje reaças apontam que se o sobrenome não
está, ou não descende na Genealogia Paranaense, não é CDT, classe dominante
tradicional. O casamento hoje será ovacionado por populares, ainda mais depois
que o associaram com os golpistas de plantão convidados. A ver.
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