Uma análise dos comentários de direita nas mídias
informativas e redes sociais abertas revela uma “opinião pública” de direita
produzida e ainda pré-iluminista no Brasil. Quem produz a opinião pública de
direita ? Existe um exército de robôs e comissionados nos cargos legislativos,
executivos, judiciários e nas empresas privadas em que a opinião política é
cuidadosamente controlada e manipulada. O funcionário só ganha o emprego se
demonstrar servilismo, subalternidade e submissão aos donos do poder. Milhares
de cargos comissionados em Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas,
empresas, rádios, jornais e veículos dependentes das concessões e irrigados
pelo dinheiro público o tempo todo. O jornalista deve sempre comprovar a sua
opinião em respeito ao atestado ideológico baixado pelos editoriais
reacionários de patrões, o jovem advogado perscrutado o tempo todo no espaço
jurídico controlado por famílias jurídicas do poder nos escritórios de
advocacia e no sistema judicial, o servidor público que só melhora um pouco o
salário com a aceitação e subordinação de um cargo comissionado concedido pelos
superiores de direita na estrutura das prefeituras, governos do estado e
governo federal. Por isso a direita odeia tanto os concursos públicos que
produzem estabilidade, carreiras próprias com luz própria e não dependência e
servilismo. Daí o ódio da direita no Paraná e no Brasil contra os professores e
contra educação. Para os poderosos a alta cultura, a cultura crítica deve ser
reduzida ao senso comum de direita pré-moderno. Somente concursados e com
currículos mais qualificados possuem independência e autonomia para produzirem
uma opinião crítica. O quem indica ainda é mais forte do que o quem estuda, a
provisoriedade de um cargo comissionado, terceirizado e precarizado vale mais
para a direita poder explorar os trabalhadores do que investimentos em ciência,
tecnologia, cultura e conhecimentos profundos. Ainda mais em épocas de
dominação golpista o projeto da direita é a tentativa de destruição de
carreiras estáveis e concursos públicos para tentarem destruir a autonomia do
pensamento crítico. Por mais que tentem deter a modernidade, a direita sempre
perderá porque a história não é carroça abandonada e sim um carro alegre, cheio
de um povo contente.
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