segunda-feira, 24 de julho de 2017

Uma análise dos comentários de direita nas mídias informativas e redes sociais abertas revela uma “opinião pública” de direita produzida e ainda pré-iluminista no Brasil. Quem produz a opinião pública de direita ? Existe um exército de robôs e comissionados nos cargos legislativos, executivos, judiciários e nas empresas privadas em que a opinião política é cuidadosamente controlada e manipulada. O funcionário só ganha o emprego se demonstrar servilismo, subalternidade e submissão aos donos do poder. Milhares de cargos comissionados em Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, empresas, rádios, jornais e veículos dependentes das concessões e irrigados pelo dinheiro público o tempo todo. O jornalista deve sempre comprovar a sua opinião em respeito ao atestado ideológico baixado pelos editoriais reacionários de patrões, o jovem advogado perscrutado o tempo todo no espaço jurídico controlado por famílias jurídicas do poder nos escritórios de advocacia e no sistema judicial, o servidor público que só melhora um pouco o salário com a aceitação e subordinação de um cargo comissionado concedido pelos superiores de direita na estrutura das prefeituras, governos do estado e governo federal. Por isso a direita odeia tanto os concursos públicos que produzem estabilidade, carreiras próprias com luz própria e não dependência e servilismo. Daí o ódio da direita no Paraná e no Brasil contra os professores e contra educação. Para os poderosos a alta cultura, a cultura crítica deve ser reduzida ao senso comum de direita pré-moderno. Somente concursados e com currículos mais qualificados possuem independência e autonomia para produzirem uma opinião crítica. O quem indica ainda é mais forte do que o quem estuda, a provisoriedade de um cargo comissionado, terceirizado e precarizado vale mais para a direita poder explorar os trabalhadores do que investimentos em ciência, tecnologia, cultura e conhecimentos profundos. Ainda mais em épocas de dominação golpista o projeto da direita é a tentativa de destruição de carreiras estáveis e concursos públicos para tentarem destruir a autonomia do pensamento crítico. Por mais que tentem deter a modernidade, a direita sempre perderá porque a história não é carroça abandonada e sim um carro alegre, cheio de um povo contente.


RCO

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