Só dois países mantêm-se ativos na resistência contra a
hegemonia mundial de Washington: Rússia e China. Dos dois, a Rússia é vista
como maior obstáculo ao unilateralismo dos EUA.
A Europa depende da energia russa, e os sistemas de armas
nucleares russas são avançadíssimos.
O fato de que a soberania nacional russa dependa tanto da
liderança de Putin faz da Rússia o ponto mais frágil e mais vulnerável à
intriga construída e fomentada em Washington.
Putin pode ser removido por assassinato.
Diferente é o caso da China, cuja liderança é coletiva.
Claro que há democracia no partido político que governa a
China – e se governo democrático coletivo não servisse para mais nada, já seria
valiosíssimo só por isso: os bancos podem derrubar quantos governos queiram, e
ainda assim alguma força democrática pode resistir e insistir em governar a
favor dos cidadãos.
Para desqualificar todo o partido governante chinês,
Washington conta com o serviço de organizações financiadas pelos EUA, que
operam dentro da China para essa específica finalidade.
Washington está arrastando o mundo para um grande conflito.
A essa altura os governos russo e chinês já sabem que estão
sob a mira.
E Washington e Europa continuam a rejeitar cada tentativa
diplomática de russos e chineses.
Não falta muito para que se rendam à conclusão de que não
lhes resta outra saída que não seja guerra."
PAUL CRAIG ROBERTS, via Rodrigo Jardim Rombauer
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