domingo, 17 de novembro de 2013

furacão na Botocúndia.

"O chamado progresso não passa de uma escravização cada vez mais apertada, que as massas consentem e aplaudem e, portanto, impõem à minoria individualista (...) Ignoro se é para o bem ou para o mal nosso que progredimos em corporatividade e diminuímos em indivíduo. Vamos tendendo para a vida da colméia, onde o indivíduo não conta. A marcha para a frente é dirigida, mais e mais, por fatores corporados, com rumo a um ideal coletivo. O motor e a eletricidade, como os temos agora, a imiscuírem-se em quase todos os atos da nossa vida diária, nos gregarizam mil vezes mais do que no tempo de Thoreau."


- Monteiro Lobato, em América, p. 265. Apud AZEVEDO, Carmen Lúcia de: Monteiro Lobato: furacão na Botocúndia. São Paulo, Ed. SENAC, 1997, p. 249.

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