"as fábulas constituem um alimento espiritual
correspondente ao leite na primeira infância. Por intermédio delas a moral, que
não é outra coisa mais que a própria sabedoria da vida acumulada na consciência
da humanidade, penetra na alma infante, conduzida pela loquacidade inventiva da
imaginação. Esta boa fada mobiliza a natureza, dá fala aos animais, às árvores,
às águas e tece com esses elementos pequeninas tragédias donde ressurte a
‘moralidade’, isto é, a lição da vida. O maravilhoso é o açúcar que disfarça o
medicamento amargo e torna agradável a sua ingestão."
- Monteiro Lobato, em Fábulas, 1918.
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