quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Reflexões sobre o Romance-rio

"Todo mundo tem pressa. A vida se tornou tão múltipla, tão estonteamente tentacular, que o homem, no afan de tudo gozar, de tudo aprender, de tudo penetrar - procura a síntese, sofre da mania do comprimido, vive assombrado pelo relógio, a procurar o máximo de prazer e de experiência no mínimo de tempo. No meio de toda essa balbúrdia a que já nos vamos habituando, há um fenômeno muito curioso que desafia o nosso espírito de análise. É o que o século da pressa, da síntese, da falta de repouso para a leitura - o romance-rio, o romance caudaloso, o romance camalhaço ressurge a melhor maneira."


- Erico Verissimo, em “Reflexões sobre o Romance-rio”. Revista do Globo, 213, 1937. p 17.

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