sábado, 18 de maio de 2013


Renato Janine Ribeiro

A redenção, pelo riso, de homens tristes. Li isso em Nosso homem em Havana, o engraçado livro de Graham Greene que se passa logo antes da vitória de Fidel. Uma moça se apaixona por um sério vendedor inglês de aspiradores de pó, quando vê que ele quer dar um banho de champagne no chefe da polícia política. E lembrei The key to Rebecca, o melhor romance de Ken Follett, em que a moça descobre, no sério e viúvo major que luta contra os nazistas, possibilidades insuspeitas de alegria. Livros bem diferentes, que têm isso em comum. A alegria às vezes está tão escondida que a pessoa nem sabe que a tem.

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