A levíssima brisa
A levíssima brisa
Que sai da tarde morna
Na minha alma imprecisa —
Imprecisão entorna.
Nada conduz a nada,
Nada serve de ser
No sossego da estrada
Nada vejo viver.
Meu conhecer é triste
O que é que tem razão?
Nada, e o nada persiste
Na estrada e no verão.
- Fernando Pessoa, (escrito em 07.09.1927),
In
Poesia 1918-1930, Assírio e Alvim,
[ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria
Freitas, Madalena Dine], 2005.
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