“Quantas vezes
esfregou
os dedos nas unhas
o sol caindo atrás
das paredes
quantas vezes revezou-se
consigo mesmo em silêncio
quantas vezes esteve
no justo oriente de qualquer limo
quantas vezes quis
ser Rimbaud e traficou
aspirina
os dias passaram, severos,
como o vazio
hoje?, ontem?, quantas vezes
as grimpas não giraram
o amor era das palavras, entre elas
fria estrela que irrompe
(Canção 4. De Remorso do Cosmos, 2003)
ATÉ AGORA
Autor: Régis Bonvicino. Editora: Imprensa Oficial
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