“O que matou com disparos
na cabeça
O que eletrocutou o
estuprador
- fio puxado do bico de luz
da cela -
e pediu perdão a Deus
O que decepou um dos seus
O que trocava de nome & de sexo
a cada morte
O que ouvia vozes
O que estuprou a filha
(meses)
O que atraía garotos
com revistas de mulheres nuas
“Papillon” traficava cocaína
e crack
Narque espancou o cara
até abrir sua carne
(O Que. Outros Poemas, 1993)
Régis Bonvicino
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