“Me
transformo,
outra janela–
outro
que se afasta e não se
reaproxima
nas desobjetivações e
reativações,
nas linhas e realinhamentos
outros
me atravessam
morto de ser
coisas perdem sentido
expressões figuradas como
ossos de borboleta
me transformo
na observação
de uma pétala
*
Me destransformo
a mesma janela –
outro
que não se afasta
Nas objetivações,
alinhamentos
e linhas inexistentes
iguais me repassam
Retrato desativado,
taxidermista de mim mesmo
Régis Bonvicino
(Me Transformo. Ossos de Borboleta, 1999)
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