sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

“Me


transformo,

outra janela–

outro

que se afasta e não se

reaproxima

nas desobjetivações e

reativações,

nas linhas e realinhamentos

outros

me atravessam

morto de ser

coisas perdem sentido

expressões figuradas como

ossos de borboleta

me transformo

na observação

de uma pétala

*

Me destransformo

a mesma janela –

outro

que não se afasta

Nas objetivações,

alinhamentos

e linhas inexistentes

iguais me repassam

Retrato desativado,

taxidermista de mim mesmo

Régis Bonvicino

(Me Transformo. Ossos de Borboleta, 1999)

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