Há um discurso da pós verdade, estratégico, fácil de
implantar num país onde por uma geração escolar [de 64 a 83] se fez a
desconstrução da crítica nas escolas.
Há o mesmo discurso, mas de parte do povo, que por falta de
crítica, comprou o discurso importado e quer o fim da corrupção. Eles não estão
errados nisso.
Uma outra parcela do povo que comprou o discurso importado é
o que tem síndrome do sr. de engenho. Ou que, com a diminuição das diferenças
sociais não se sentiram capazes de se diferenciar e tiveram crise de
identidade. Ou aqueles que em busca de ascensão social foram humilhados na
dialética patrão/empregado e querem o direito de se vingarem humilhando também,
como um processo natural do sistema capitalista.
Há um segundo discurso que é o que vem com a memória
histórica clara e que agrega pequenos burgueses e aqueles que se confrontam com
uma realidade menos favorecida. Esse discurso é o que quer impedir que o
processo iniciado em 64 culmine com a entrega dos recursos nacionais às
empresas multinacionais.
Ao mesmo tempo, no processo histórico da politica, a maioria
dos caciques brancos desta República das Bananas foram sempre muito vulgares
que tornam-se comerciantes chinfrins de interesses. São os que regulamentam as
transações dos lobbys que representam em troca de muito dinheiro.
Mas não há dialética quando, por conta duma ignorância
mórbida, o sujeito acha que sabe tudo. Cujo saber ele, de tanta incerteza, não
questiona.
Ricardo A. Pozzo
Nenhum comentário:
Postar um comentário