A teoria do nepotismo explica o "novo" Ministro
golpista da Justiça, Torquato Lorena Jardim, que é membro da mais antiga
família da oligarquia da classe dominante tradicional de Goiás. O Trisavô
Coronel José Rodrigues Jardim foi Presidente da Província de Goiás no Império,
o mesmo que o bisavô José Rodrigues Jardim Filho. O avô Ten.Cel. Eugenio
Rodrigues Jardim também foi Presidente de Goiás e Senador na República. O Pai
Coronel do Exército José Torquato Caiado Jardim foi instrutor na AMAN -
Academia Militar das Agulhas Negras (Resende - RJ). Família de grandes
latifundiários e fazendeiros desde o tempo da escravidão colonial no século
XVIII. Primo do Senador Ronaldo Caiado, um dos chefes da bancada ruralista de
Goiás e de outra importante oligarquia familiar da região. Como lembrou
Laurentino Gomes no livro 1889: “Vocês fizeram a República que não serviu para
nada. Aqui agora, como antes, continuam mandando os Caiado” – Capitão
Felicíssimo do Espírito Santo Cardoso, bisavô do presidente Fernando Henrique
Cardoso, em telegrama enviado de Goiás ao filho, Joaquim Inácio, que ajudara a
proclamar a República em 1889 ! Torquato Jardim foi Ministro do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) de 1988 a 1996 e deve servir para tentar limpar a
barra do golpista Temer na sua crise final.
Torquato Jardim foi genro do Ministro Leitão de Abreu e seu
alto assessor direto até 1985, além de ser descendente das principais
oligarquias políticas familiares de Goiás, como escrevi em mensagem anterior.
Eu sempre fico impressionado com a ignorância e desconhecimento da profunda
lógica familiar política que rege o Estado Brasileiro. Agora um dos nossos mais
experientes jornalistas, Jânio de Freitas, escreve: "Sabia-se pouco sobre
Torquato Jardim, o que justifica ignorar-se ser pessoa apressada. Genro do
professor Leitão de Abreu, que governou o país para encobrir a inabilitação
absoluta de Médici e, em substituição a Golbery, de Figueiredo, não consta que
tenha se aproveitado da relação familiar –uma raridade em Brasília daqueles e
de todos os tempos." Sabe de nada inocente Jânio de Freitas !
RCO
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