Sérgio Braga___________De te Fabula narratur. Lembrai-vos da
República de Weimar: todos achavam que Hitler não chegaria ao poder porque seus
argumentos eram muito primários e ele não passava de um austríaco provinciano e
de poucas luzes, incompatível com a democracia de um país culto e de tradições
cívicas e intelectuais como a Alemanha.... isto posto, considero que argumentos
excessivamente intelectualizados e citações eruditas para mostrar que um
procurador da República não sabe exatamente do que está falando quando cita
Maquiavel, podem ter um efeito exatamente inverso ao pretendido, no atual
contexto brasileiro. Chucro ou não, provinciano ou não, o fato é que o
procurador tocou num problema que cala fundo na imensa maioria da opinião
pública brasileira: a corrupção. Se o sistema político e os partidos de
esquerda não derem respostam imediatas e contundentes a este problema, a crise
persistirá. Sugiro que sigam o exemplo do Magnífico Reitor da UFPR: perante
acusações de corrupção, conduções coercitivas e todo o circo armado pela
autoridades investigativas, imediatamente convocou uma entrevista coletiva e
mandou investigar e punir os responsáveis, além de anunciar uma série de
medidas moralizantes para a instituição. Mutatis mutandis, penso que mais do
que discutir Maquiavel e efetuar exibições desnecessárias de erudição, nossos
políticos deveriam anunciar um pacote de medidas moralizantes para melhorar a
qualidade da democracia brasileira e garantir eleições gerais limpas o mais
breve possível... Certamente não faltarão cientistas políticos eruditos e
honestos para colaborar com as autoridades competentes neste quesito
específico.
Dennison de Oliveira_______________Lembrai-vos da República
de Weimar: todos achavam que Hitler não chegaria ao poder mas no parlamentarismo
imperial deles Hindenburg topou convidar
um cara que tinha menos de um terço dos votos na ultima eleição e muito menos
votos que teve na eleição anterior para formar um desgoverno de colisão desde
que o sujeito de bigodinho ridículo topasse mandar os deputados dele obstruir a
CPI do crédito agrícola onde o próprio presidente-imperator e seus amiguinhos
latifundiários do agronegócio prussiano estavam envolvidos com desvio de verbas
públicas e, neste caso, vale a pena notar o caráter criminal da crise (de
Weimar e nossa)
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