sexta-feira, 14 de abril de 2017

O temido dia seguinte após a liberação do Listão da Odebrecht mostra que a montanha pariu o rato. A maior consequência imediata deveria ser o afastamento sob suspeição, até para que possam se defender, dos 8 ministros do governo golpista de Temer denunciados, o que inviabilizaria as reformas golpistas em crise no executivo. Eliseu Padilha, Moreira Franco, Kassab, Aloysio Nunes, Bruno Araújo, Blairo Maggi, Barbalho e Marcos Antonio Pereira deveriam sair se o protocolo mínimo democrático fosse aplicado, o que não é o caso de um governo golpista, impopular e ilegítimo. Para a manipulação da grande mídia oligárquico-familiar o ataque principal é contra Lula e depois Dilma. Um dos telejornais abriu com a "imensa" quantia de 15 mil Reais supostamente aplicados no tal sitiozinho popular, que nem está no nome ou pertence a Lula, o que mais uma vez torna ridículas as acusações sem provas e a notória e abjeta perseguição dos marajás do judiciário e mp contra o maior líder popular brasileiro. As denúncias no legislativo misturam propinas abertas, como a de Serra e muitos no PSDB, com outras doações legalizadas oficialmente em campanhas. O Presidente do Senado Eunício Índio e o da Câmara, Rodrigo Botafogo, membros de oligarquias familiares, também deveriam ser afastados das presidências pelo protocolo não cumprido. Para os parlamentares que não são petistas o caminho será a morosidade intencional do sistema judicial e a prescrição, como sempre acontece nesses casos. Somente quadros do PT são presos e o partido é o grande alvo da seletividade judicial, como praxe do partidarismo dessas operações. O impacto prático do listão tende a ser muito menor do que se imaginava e para os interesses de muitos na classe dominante, cada vez mais desmoralizada, os golpes dentro do golpe estão chegando nos seus limites finais já bastante confrontados pelas novas lutas populares, como a greve geral marcada no dia 28 de abril. As denúncias da Odebrecht apenas revelaram as entranhas do sistema político e a cultura da impunidade nas atuais instituições políticas. Sem eleições diretas a credibilidade, o crescimento e a legitimidade política não voltarão ao Brasil

RCO

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